Capítulo 8

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No caminho acabei por conversar com umas colegas minhas que cursavam arquitetura comigo, foi até legal ver elas. Uma ficou super interessada no Bernardo e eu só rindo, também não gosto de prender ninguém, falei pra ela que ela podia ir chegar lá nele e se apresentar como minha amiga.

- Tô falando, pode ir lá. Ai é bom que tu avisa pra ele que eu to indo pegar a cerveja dele.

- Tem certeza?

- Absoluta. Vai lá. - Eu falei saindo e rindo. Fui atrás dessas cerveja e não encontrava de jeito nenhum, bem que era pra ter aceitado a ajuda do Pedro, porque meu Deus.. parece que socaram até a cerveja no cu. - Ei - gritei chamando uma menina que tava passando. - Tu sabe onde é que estão as bebidas?

- Sei sim, bora lá. - Ela foi andando na frente e eu fui atrás dela, até que a gente chegou num canto que tinha uma caixa d'agua das grandes e aquilo tava cheio de bebida dentro. - Entregue.

- Pô, valeu mesmo. - Falei pegando um cerveja pro Bernardo e duas ices pra mim.

- Tu é o que do Peu?

- Eu? Nada.. a gente fazia faculdade juntos. Porque?

- Ah nada não.. - Eu ri

- Tu ta pegando ele né? - Ela ficou logo vermelha. - Pô, fica tranquila... quero nada com o Peu não. Deixa eu ir entregar essa cerveja pro dono, beijo.

- Sai de lá e fui em direção a onde tinha deixado o Bernardo, quando eu já tava próxima eu simplesmente congelei, subiu uma raiva que eu nunca tinha sentido em toda minha vida e eu precisava matar alguém e ia ser hoje. Não tava acreditando que eu tava vendo aquilo, eu não tava acreditando que isso tava acontecendo...

Fui me aproximando de onde o Bernardo tava e a menina que disse que tava interessada nele ainda tava lá, eu ficava piscando pra ver se eu tava vendo certo mesmo, caralho... esse filho da puta vai me pagar.

- Toma aqui tua cerveja. - Falei entregando pro Bernardo.

- Aconteceu alguma alguma coisa? - Eu não sabia se eu chorava de ódio ou se eu gritava de raiva, mas eu ia fazer alguma coisa.

- Olha praquilo ali e me diz que eu to doida e que eu não to vendo isso. - Eu falei virando a cabeça do Bernardo. -
- Puta que pariu.

- É seu namorado?

- Meu não, é da minha irmã... e é bom ele rezar pra continuar pelo menos vivo. - Eu falei saindo dali e indo em direção a onde o Alexandre tava beijando outra garota, esse menino é uma comedia.

- Valentina, espera cara. - Ele disse puxando meu braço.

- ME SOLTA AGORA BERNARDO! - Eu falei puxando meu braço, acho que em menos de dois passos eu já estava atrás dele o puxando pelo ombro, não pensei em nada, do jeito que eu tava fechei a mão e taquei um soco na cara dele.

- TA MALUCA? - A menina que tava com ele gritou e só depois que ele conseguiu me ver. - Valentina?!

- Eu vou te matar seu filho da puta. - Comecei a esmurrar o peito dele e ele tentava me tirar. - Como você pode ser tão fodido, minha irmã ta em casa chorando por sua causa seu merda.

- Ta doida! Para de bater, você tem problemas.

- EU VOU É MATAR VOCÊ. - Eu arranhei a cara dele toda e por mim eu podia passar a noite toda batendo nele, mas o Bernardo me puxou.

- Alexandre sai daqui cara. - Eu ficava me batendo mas o Bernardo não me soltava, até que o Pedro apareceu.

- Que é que ta acontecendo aqui? Tu ta bem? - Eu não conseguia responder eu só queria me soltar e matar aquele garoto... a minha irmã não, ela ele não ia fazer de idiota nunca mais. Vi o Alexandre sair da minha frente e eu queria surtar.
- EU VOU ACABAR COM SUA VIDA SEU FILHO DA PUTA.

- Vem Valentina, vamo embora daqui, vem.

- Ele me segurava pela cintura e foi me tirando de lá. Abriu rápido a porta do carro e meio que me jogou ali dentro. Bernardo entrou no carro e respirava ofegante o coitado... ali eu não me aguentei, comecei a chorar... era foda, eu só pensava no quanto ela ia sofrer e pra mim, minha irmã sofrendo é a mesma coisa que ta me matando mané.

Quando o Bernardo viu que eu tava chorando ele saiu do carro, abriu a porta do passageiro e ficou ali agachado me abraçando.

- Calma... bota essa raiva pra fora. - Ele disse enquanto apertava meu ombro.

- Eu não to acreditando Bernardo... minha irmã não merece. - Eu falei enquanto limpava as lagrimas que caiam.

- Eu sei... é foda, mas pensa que pelo menos agora finalmente ela vai ta livre dele.

- Ai eu queria que ele tivesse aqui na minha frente pra eu passar com o carro por cima dele. - Eu disse e o Bernardo riu me encarando.

- Você é doida, você sabe disso né? - Eu assenti - Achei que você ia matar ele de porrada.

- Essa era a minha vontade.

- Isso serviu pra eu pelo menos aprender não te deixar com raiva, não to preparado pra apanhar daquele jeito. - Eu sorri - Olha que lindinha sorrindo, vem cá... vai da tudo certo. - Ele disse me abraçando de novo e me apertando..

- Obrigada Bê. - Ele me deu um selinho. - Agora vamos sair daqui, por favor.

- Sim senhora. - Ele se levantou fechando a porta e entrou de novo no carro dessa vez dando partida. Já eram 02 horas da manhã e eu não queria ir pra casa. - Você quer dormir lá em casa hoje?

- Quero.

- Beleza, não ronca que nem da ultima vez.

- Bernardo você quer mesmo que eu bata em você né?

- Que isso garota, não ta mais aqui quem falou. - Ele riu e ligou o som do carro, a gente foi cantando até chegar na casa dele, ele abriu o portão da garagem e guardou o carro.

- Sobe lá, que eu vou só tomar água. - Eu assenti e subi pro quarto dele, abri a porta do quarta roupa e tinha uma foto dele com a Iasmin colada lá, bufei. Peguei uma camisa dele e fui tomar banho. No meio do banho eu só conseguia pensar em como seria minha conversa com a Mari amanhã, minha bichinha... Terminei de tomar banho e sai do banheiro enrolada na toalha, Bernardo tava deitado na cama só com a calça que ele tinha ido.

- Peguei uma camisa sua. - Falei mostrando a camisa pra ele.

- Não sei pra que.

- Deve ser pra socar no seu cu né... claro que é pra vestir. - Ele riu e veio pra mais perto de mim.
- Deixa eu secar você. - Ele disse e eu arrepiei dos pés a cabeça, ele mantinha aquele sorriso no rosto. Chegou perto de mim e desenrolou a toalha do meu corpo, começando a secar ele, o toque dele era forte e gostoso, eu não conseguia falar nada e nem me mexer direito eu tava me mexendo, só mantinha minha boca aberta enquanto respirava forte e ofegante... Bernardo tava sentado na cama e pegou na minha mão me puxando mais pra perto e continuou me secando.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora