Capítulo 28

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Maratona 1/10

MATHEUS.

Dai tu tira, uns dizem que o esforço é sempre recompensado no final, eu te pergunto: quando é que o final chega?

Porque a gente rala que nem corno pra receber patada atrás de patada, tem horas que chega e tu se liga que ta perdendo tempo. E eu não queria que a sensação de ta perdendo tempo chegasse, não com a Mariah. Já tinha chegado na festa de novo e ela ainda tava rolando o negocio lotado e eu só queria cachaça na minha boca e na minha cabeça, avistei os meninos e tava o Kaio e o André.

- Saiu da coleira irmão? – André disse passando a mão pelo meu ombro e me entregando um copão de cerveja. Kaio estava na nossa frente agarrado com uma menina.

- A coleira que saiu de mim, meu parceiro. – Eu disse bebericando a cerveja.

- Ih... mas me fala, Valzinha se resolveu com o pela saco?

- Respeita meu irmão ein.

- Eu sei, eu sei... gosto de zoar o moleque.

- Se resolveram pô, maior mal entendido. Caô ficar falando disso, bora beber que isso aqui ta lixo. – Eu falei virando meu copo de bebida, ficamos curtindo e zoando lá, o Kaio desenrolou com a menina e veio pra perto da gente. – Ou, vou no banheiro e de la vou cair pra casa. – Avisei aos moleques e sai. Fui no banheiro mas na volta no lugar de ir pra casa eu fui sentar no bar da festa.

- Vai querer o que? – Perguntou a menina que tava servindo lá, não vou mentir, a cabeça de baixo apitou na hora. Ela era muito gata e muito gostosa, fiquei uns segundos olhando pra ela e se fosse outro tempo eu já tava bolando algo na minha cabeça pra cair matando.

- Vou querer whisky. – Ela assentiu e preparou uma dose no copo e me entregou. Eu virei de uma vez.

- Como é o nome dela?

- Oi?

- É, o nome da menina que fez alguma coisa com você.

- Não to te entendendo... ta falando isso por que?

- Porque eu trabalho em bar e a gente acaba conhecendo as pessoas e o porque delas tomarem algumas atitudes.

A sua é cara e eu vou te dar três opções. 1. Você terminou o namoro e só depois de terminar percebeu que gostava dela mas agora ela não te quer mais. 2. Você gosta dela mas ela aparentemente não quer nada com você e me desculpe te falar, mas você aparenta ser bem galinha. 3. É a opção dois só que com o acrescimento de que: você sabe que o que sente por ela nunca sentiu por ninguém. – Eu sorri.

- A três.

- Sabia. Então, como é o nome dela?

- Mariah!

- Bonito nome. E o seu?

- Matheus. E vem cá, que julgamento é esse de que eu sou galinha?

- Ah... a primeira coisa que você fez quando me viu foi olhar pros meus peitos e inclinar o corpo pra ver se conseguia ver minha bunda. – Acho que devo ter ficado vermelho e dei uma gargalhada.

- Fui pegue. – Falei levantando as mãos em redenção. A gente ficou muito tempo conversando sobre varias coisas e ela era muito legal e engraçada, direta também. Me disse que se chamava Isadora, falou que trabalhava e que fazia faculdade de Medicina Veterinária, ela nem acreditou quando eu disse que já era formado, a gente acabou trocando telefone e o resto da minha noite foi conversando com ela.

- Tchau Matheus, agora vem a parte chata do meu trabalho. – Ela disse apontando pras coisas que ela tinha que ajeitar.

- Até amanhã, Isadora. – Eu falei acenando pra ela e saindo dali. Fui direto pra casa, quando cheguei lá o Kaio ainda não tinha chegue e provalvemente nem fosse dormir aqui. Passei pelo quarto das meninas e a Valentina tava dormindo lá com o Bernardo e fui pro meu. Assim que abrir a porta vi a Mari deitada na minha cama agarrada no travesseiro. Respirei fundo e segui pro banheiro, tomei um banho e vesti uma cueca e me deitei do lado dela, assim que eu deitei ela se virou e se agarrou em mim. Depois de um tempo eu consegui dormir.

MARIAH.

- Não achou ele? – A Valentina perguntou enquanto saia da cozinha com uma garrafa de água e um copo.

- Não.

- Desmancha esse bico então, eu te avisei quantas vezes que você ta dando mole? – Ela disse e eu já revirei os olhos. – Não adianta ficar nisso, Mariah. Se você não quer você tem que falar pra ele.

- Mas eu quero, Valentina.

- Então fala pra ele também, porque o garoto nunca sabe quando você quer, quando você não quer. Tô te dando o papo reto, você fica achando que ele ta na sua, mas do mesmo jeito que ele ta na sua ele pode sair. Não vai achando que não existe mais nenhuma mulher no mundo porque existe, ainda mais pro Matheus que é lindo, pô ele ta mó se esforçando, não fica com ninguém além de ti e tu só sabe dar bola fora no garoto. Depois aparece uma tão boa quanto você e você quem vai ficar chupando dedo. – Ela disse e foi pro quarto, eu fiquei absorvendo tudo aquilo que ela falou e fui em direção ao quarto do Matheus, fiquei ali na cama dele esperando, esperando, esperando e nada dele chegar, já imaginei mil e uma coisa... acabou que peguei no sono.
...
Acordei no outro dia agarrada com ele que ainda dormia, tão lindo... acho que os dois momentos que o Matheus ficava mais lindo que o normal era quando ele dormia e quando sorria. Fiquei ali encarando ele por uns minutinhos e depois me levantei, peguei um blusa dele e fui no banheiro tomar banho, sai vestida com a camisa dele e fui preparar as coisas do café da manhã que era recebido no apartamento do hotel, arrumei tudo certinho numa bandeja e fui acordar o Matheus.

- Psiu. – Falei cheirando o seu pescoço – Matheus, acorda lindo. – Disse enquanto cheirava o pescoço dele. Matheus tinha alguma coisa com o pescoço, era sua parte mais sensível eu acho, ele sempre acordava assim.

- Oi. – Ele disse esfregando os olhos e abrindo devagar. – Bom dia.

- Bom dia. Trouxe seu café. – Eu disse puxando a bandeja pra perto da gente. – Desculpa por ontem? Eu sei que vacilei com você, mas juro que tinha falado aquilo brincando, até sai pra encontrar você... mas não te achei e vim te esperar aqui, não quero que você fique bravo, você sabe que eu gosto de você.

- Na verdade eu não sei não, Mari... você é inconstante, tem dias que eu sei que você gosta e tem dias que não. Mas eu te desculpo sim, porque EU gosto de você. – Ele me deu um selinho. – Agora vamo comer isso dai..

- Ta tudo bem? De verdade?

- Ta sim. Vou brigar mais vezes até pra você me trazer café na cama. – Ele disse sorrindo e eu dei um beijo nele e a gente ficou ali tomando o café juntos.

Isadora Delaroque, 19 anos.

Isadora Delaroque, 19 anos

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