- O que foi, Bernardo?
- Eu não aguento mais de saudade, Valentina. Tô falando sério, eu faço qualquer coisa... aliás, eu já fiz tanta coisa. — Falei me levantando e puxando ela pra mim, ela não recuou e me deixou ficar abraçado com ela por um bom tempo, aliás, ela estava me abraçando de volta e até daquilo eu sentia saudade.
- Bernardo...
- Eu não fiz aquilo!
- Eu sei... — sem nem entender o que ela tinha falado a interrompi.
- É sério, eu não fiz. Eu fiz os exames, no meu sangue tinha algumas alterações, Valentina. Eu trouxe o exame aqui pra te mostrar, pra te provar que eu to falando a verdade. Eu tô processando essa menina e pedindo ordem judicial pra manter ela longe de mim porque eu to falando a verdade, porque eu quero ela longe da gente, da nossa vida. Ela já atrapalhou demais, eu... eu... eu perdi você por causa dela ou pelo menos achei que tinha te perdido. Eu to falando a verdade... — Valentina só me olhava e finalmente o que ela tinha me falado fez sentido na minha cabeça. Pera aí, ela sabia? — Você disse o que? Que sabia?
- Aham. A Renata desconfiou de tudo, contou pra mim e pra todas as meninas. Mas a gente não tinha provas, mas, mesmo sem provas... eu acreditei em você. — Dei um abraço apertado nela, fazendo ela sair do chão.
- Isso significa tanto pra mim.
- Eu não te conheceria se não acreditasse que você não é capaz de me trair ou trair qualquer pessoa, Bernardo. — meu sorriso foi involuntário. — Eu não te procurei ou fui falar o quanto tô com saudade de você, porque pra mim, você precisa aprender, sabe? Eu acho que a coisa boa disso e de a gente ter terminado é você ver que nem todo mundo é igual a você, que nem todo mundo só quer ajudar o outro. As pessoas são ruins, Bernardo. Elas podem está longe de você ou podem está dentro da tua casa, mas elas são ruins.
- Eu sei. Desculpa não ter te ouvido.
- Poderia ser alguém que realmente soubesse como fazer isso e aí você nunca teria como provar que não fez nada, que foi manipulado. E aí? Você me perderia pra sempre. Porque eu acredito em você, mas o meu orgulho ferido iria fazer a gente se afastar. Você precisou me perder... me perder pra ver o que tava em baixo do seu nariz o tempo todo.
- Não fala assim... não joga na minha cara que eu te perdi.
- Bernardo. — Segurei o seu rosto fazendo com que ela olhasse nos meus olhos, tinha força ali, porque eu não a deixaria desviar o olhar.
- Eu te amo, Valentina A-Fleker Vilela. Como eu nunca amei ninguém e como eu nunca mais vou amar porque tudo na minha vida se resume a você agora. Eu sou burro, lento, fácil de enganar, mas eu te amo. Eu não quero perder você e eu não vou deixar isso acontecer, a menos, que você olhando nos meus olhos agora fale que eu perdi você. Mas, você vai falar olhando pra mim, porque se você vacilar, Valentina... eu vou te jogar nessa cama e te comer, forte e duro.
Valentina olhou pra mim e sua boca abria e fechava algumas vezes, mas nada saia. E por um segundo ela vacilou e desviou o olhar do meu. Foi minha deixa, ela o que eu precisava, mas ela voltou os olhos aos meus antes mesmo deu conseguir fazer algo.
- Bernardo, você não me perdeu. Eu te amo ainda, eu te amo muito, tudo em mim ama você. Eu te amo, te venero. — aquilo era tudo que eu precisava ouvir... — Mas...
- Não tem mas, Valentina. Eu te amo, você me ama. Simples.
- Mas eu to muito magoada, Bernardo. Tô magoada com o que você me fez passar por simplesmente ser tão cabeça dura. Por não entender o que eu sempre te alertei, eu nunca quis que você fosse diferente, que parasse de ajudar os outros, eu só queria que você prestasse atenção em tudo que está ao seu redor. Não era pedir muito, Bernardo. Você não faz ideia de como eu me senti, como meu coração se partiu diversas e diversas vezes. Isso me dói, provavelmente vá continuar doendo.
- Então me deixa cuidar de você? Deixa eu cuidar do seu coração.
- Bernardo...
- Valentina, eu não vou conseguir tá bom?! — Pela primeira vez eu soltei ela. Me levantei e fiquei andando ali pelo quarto todo, eu queria gritar, mas eu não podia. — Eu não vou conseguir te olhar sem saber que você é minha, que só eu posso tocar em você e que só eu tenho poder de te fazer feliz. Por tudo que é mais sagrado, não faz isso comigo. Sou eu, o cara que te ama... eu sou louco por você.
- E eu sou sua, Bernardo. — Não demorou muito e eu já estava beijando ela outra vez, tirando sua blusa, Valentina não tava usando sutiã e aquilo até me deu raiva por um segundo. Onde ela tinha ido sem sutiã? Mas esqueci esse pensamento logo quando puxei ela pro meu colo.
— Bernar... Bernardo... não faz assim.
- Me deixa amar você.
- Bernardo eu não vou conseguir voltar agora.
- Porque? Você não me ama mais? — ela segurou meu rosto.
- É claro que eu te amo. Mas eu não vou conseguir agora. Eu preciso tirar todo essa mágoa que tá aqui dentro, eu quero um relacionamento lindo, sem ressentimentos, como o nosso namoro sempre foi.
- Onde você quer chegar com isso?
- Eu to dizendo que eu estou aqui, que eu serei sempre sua, mas que eu não consigo voltar aqui. Agora não dá.
- Faz isso comigo não...
- Lembra quando você me falou que ia esperar eu ficar pronta pra você? Eu sei que tô te pedindo muito... — ela disse pegando a blusa e vestindo, mas não saiu do meu colo. — Se você quiser me deixar, se você não quiser esperar, você vai tá no seu direito. Só quero que você saiba que agora eu não estou pronta pra você, mas eu to trabalhando pra tá o mais rápido possível.
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Vai namorar comigo sim!
Teen Fiction"Eu vim acabar com essa sua vidinha de balada e dar outro gosto pra essa sua boca de ressaca. Vai namorar comigo SIM, vai por mim... igual nos dois não tem. Se reclamar cê vai casar também com comunhão de bens. Seu coração é meu e o meu é seu também...