Capítulo 119

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DIOGO.

Pior coisa que eu fiz foi ter aceitado vir pra essa festa com o Felipe. Porra de lugar lotado, um calor do caralho, tô desimpaciente... parece que tá tudo ruim, única coisa que não reclamei ainda foi da bebida, que por sinal, hoje eu vim pra isso: beber.

- Cara, namoral, tira a porra dessa cara de cu. — O Felipe falou.

- Faz o teu que eu faço o meu. — Falei virando o copo de wisky.

Uma hora depois eu já tava como se tivesse bebido duas garrafas de wisky sozinho e várias cervejas, não que não seja verdade, mas porra... fui cair logo na hora que o Ferrugem entrou no palco, aí é sacanagem.

"Se eu te oferecer o mundo a gente fica junto, meu bem... meu bem. Juro que depois de tudo a gente segue o rumo, bem mais além..."

Minha vontade era de ir na casa daquela filha da puta esfregar na cara dela tudo que ela fez comigo, sofri e sofro pra caralho e ela foi embora de novo, me largou de novo... e eu sou mesmo um idiota, depois de todo esse tempo tô sofrendo o que eu já tinha sofrido antes, de novo, tudo porque ela não quer ficar comigo. Qual foi, Diogo... reage!

"Minha paixão era pra valer, todos os meus sonhos eram com você... Quando eu coloquei o caminhão de açúcar no seu mel, você bateu asas e voou, voou, pra um novo amor..."

Era ele cantando e a bebida entrando, já tava até com vontade de chorar no bagulho.

- Cara, ela me deixou... me deixou de novo. Como tu é largado duas vezes pela mesma mulher, parceiro?! Como?

- Aooooo Diogo, vai chorar não filha da puta. — Ele disse e parece que só me deu mais vontade ainda de colocar pra fora.

- Vou ligar pra essa garota, vou mandar o papo reto. Foda-se.

- Não, para de k-o. Liga não. — Mostrei o dedo do meio e peguei o celular, mas antes fui no whatsapp e até sorri por ela não ter me bloqueado.

"Nem o tempo pode apagar tudo aquilo que a gente viveu, você e eu, você e eu. Deixa quem quiser falar o meu coração ainda é seu, você e eu... você e eu." mandei como áudio.
"Não era pra ser assim, você longe de mim... você longe de mim... Não era pra ser assim Marcela, porra! Não era, caralho." outro áudio.

E aí eu liguei, não deveria, não era o certo. Mas tudo já tava errado mesmo nessa merda. Na primeira ela não atendeu, na segunda também não e quando eu já tava me sentindo uma idiota por tá ligando (não que eu não fosse) ela atendeu.

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- Alô?! — A voz era total de sono e na minha cabeça só via as várias vezes que ela acordou cheia de sono do meu lado. Porra. Essa parada de gostar de alguém é a coisa mais filha da puta que tem. Tinha tanta coisa pra falar pra ela e quando ela me atende parece que não tenho nada. — Quem é?!

- Abre aí... só tô querendo conversar contigo, meu peito sempre foi o teu abrigo e o teu abrigo não quer mais brigar!!!! ABRE AÍ SE A GENTE DISCUTIU JÁ NÃO IMPORTA, QUEM TÁ DO OUTRO LADO DESSA PORTA, TE AMA E NUNCA VAI TE ABANDONAR! — Eu cantava, hora eu, hora Ferrugem e acho que ela reconheceu minha voz.

- Diogo? Você tá bem?!

- Como é que tu acha que eu to bem, Marcela? Isso quem tinha que responder era você. Você quem foi embora.

- Diogo você tá bebado... — Deu pra ouvir ela respirando fundo.

- Foda-se, FODA SE! Eu sou um idiota, né? Olha o que eu to fazendo... gastando tempo com quem não quer nada comigo.

- Diogo não faz isso, sério. Não fala essas coisas, você não sabe o que você tá dizendo e você tá bebado... Diogo você tá chorando?

- Pra que tu quer saber?! Esquece que eu te liguei. Faz o que você sabe fazer de melhor que é me esquecer. — Falei e desliguei o telefone.
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Meu celular ainda vibrou algumas vezes no meu bolso mas decidi que ia ignorar a porra toda.

- Vamo da PT nesse caralho. — Falei dando umas batidinhas no ombro do Felipe que riu, ele tava agarrado com uma ruivinha la, muito linda, mas de mulher eu tô passando reto.

Não sei como terminou a noite ou como eu cheguei em casa, só sei que acordei no outro dia, umas 12:30 da manhã, com uma máquina tacando martelo na minha cabeça provavelmente, de cueca e na minha cama. Porra, deixei de ir pro trabalho, nego vai comer meu cu. Conseguia nem abrir os olhos direito, quando consegui foi só pra ligar pra Valentina e falar que eu tava ruinzão.

RAFAELA.
Toda quarta feira eu não tenho aula na faculdade a tarde e desde que conheci o André, toda quarta feira à tarde ele me leva pra sair em algum lugar pelo Rio de Janeiro, é muito bom tá com o André, eu nunca achei que fosse viver algo do tipo e acho que tá sendo bom pra ele também... pelo menos ele demonstra que sim.

- Vamos pra onde hoje?

- Vou te levar em um restaurante que eu gosto.

- Eu já sei qual é. — Eu disse rindo.

- Ah é? E qual é?

- Madero.

- Como você sabia? — Ele disse mordendo meu queixo.

- Eu te stalkeio. — Eu disse rindo e ele me deu um beijinho.

- Mas você trouxe o biquíni que nem a gente combinou?

- Trouxe... ainda não entendi, mas tá aqui.

- Relaxa loirinha, você vai amar.

- Tenho certeza que vou.

Ele estacionou o carro em frente do Madero, a gente desceu e ele não me deixou nem escolher o cardápio porque diz ele que já sabia de tudo e escolheu pra nós dois e eu deixei né. Era tão bom ficar com o André porque ele era muito fofo, sabe? Ele cuidava de tudo e pensava em tudo sempre, nada parecia mais um dia normal do lado dele, era sempre algo novo. A gente ficou conversando algumas besteiras do dia a dia e se beijando porque eu viciei no beijo desse garoto.

- Você não vai mesmo me contar pra onde a gente vai?

- Não. E eu sei que você ainda não foi lá porque eu também te stalkeio. — Ele disse e piscou e eu mordi sua bochecha.

- Chatinho!

Nossos pedidos chegaram e a gente comeu tudo e nossa, a comida mais deliciosa, sério. Tava tudo muito bom, muito mesmo. A gente terminou e o André pagou.

- Vamos?

A gente foi se levantou pra ir embora e entramos no carro.

- Neném, pega seu biquíni e vai trocar de roupa lá no banheiro do restaurante mesmo. — Ele disse e eu peguei a minha bolsa e fui até o banheiro, troquei rapidinho e coloquei a roupa por cima e voltei. A gente finalmente saiu de lá indo pro tal canto.

Assim que chegamos e o André estacionou pra gente descer eu já sabia e tava muito feliz de ir com ele pra lá.

- Não acredito que vamos pra cachoeira. Aí que delicia, Dé.

- Delicia é você! Anda, sobe na cacunda do pai. — Ele disse e bateu no ombro e eu subi, ele foi me levando assim até chegar lá.

- Aqui é lindo. — Falei olhando em volta. — Não acredito que nunca tinha vindo antes.

- É porque tinha que ser comigo

O André tirou a roupa e eu também, ficando com roupas de banho, nos rimos um pro outro e entramos na água que por sinal tava uma delicia.

Vai namorar comigo sim!Onde histórias criam vida. Descubra agora