- ...A Mari ela...
- Tu tá de caô comigo. - Eu falei querendo me levantar, vai tomar no cu pra lá... notícia mais importante da minha vida e o moleques quer ficar gaguejando? Não fode. Mas parei assim que eu ouvi.
- Amor... - aquele riso contido, aquela voz... podia passar mil anos que eu ainda reconheceria aquela voz. Quando eu olhei pro lado, que a Mari tava deitada na cama do hospital, dando de mamar pro Gui eu só conseguia chorar e ser muito agradecido a Deus por tudo, por tudo. Fui rápido até ela e dei um beijo.
- Tu é muito afobado cara. - Bernardo disse rindo e mostrei o dedo do meio. - Vou sair aqui pra vocês ficarem a sós. - Ele disse saindo do quarto.
- Nunca mais na sua vida, nunca mais mesmo, tipo nunca no mundo, nem se você morrer e nascer de novo... faça isso comigo. Ouviu?
- Amor eu nem lembro direito o que aconteceu, só sei que o Guigo nasceu às 06 horas da manhã e que agora já são 14 horas da tarde.
- Eu fiquei com muito medo, Mari. Muito mesmo! Não gosto nem de lembrar.
- Então não lembra, esquece isso amor. - Dei um beijo nela e o Gui fez uma manha.
- Ei garoto, vai ter que aprender a dividir a mamãe. Tá maluco?! - Mari riu. - Vocês são a minha vida, Deus me livre perder vocês.
- Não vai... nunca mais.
- Eu posso? - Falei me referindo ao Gui.
- Claro, pega aqui. - Ela me entregou ele e eu fiquei olhando, meu filho era o bebê mais lindo desse mundo inteiro, as vezes nem dava pra acreditar que eu estava com ele nos meus braços, meu moleque. Eu iria fazer de tudo pra ser o melhor pai do mundo pra esse bebê, fazer de tudo mesmo. Ele merecia, minha mulher merecia. Eu sempre ficava olhando pra ele e pra ela, eles estavam aqui, os dois... e comigo. Comigo. Íamos voltar pra casa juntos como a família que o destino quis que fossemos é assim seria.
A médica foi lá no quarto ver como era que tava a Mari e o bebê, ela explicou que a complicação da Mari no pós parto foi por causa da pressão e passou uma série de remédios que a Mari tem que ver com a ginecologista dela, que é pra começar um tratamento, caso ela queira engravidar de novo. A médica explicou que como o parto foi normal, amanhã mesmo a Mari já seria liberada ou hoje de noite dependendo de como ficasse o quadro dela, como o problema do pós parto tinha sido estabilizado, a médica garantiu que ela não teria nenhuma outra parada nem nada, porque a pressão já estava controlada.
- Muito obrigada, Doutora. A senhora salvou a minha vida. - falei agradecendo a ela.
- Que isso! Aproveitem o neném, agora, deixa eu sair porque tem um batalhão lá do lado de fora querendo entrar. - ela sorriu e saiu da sala, assim que ela saiu entrou todo mundo. Valentina, Isadora, Kaio, Bernardo, Rafaela, Felipe, Marcela, Renata, André, Diogo, Alice e Bruno. Não sai do lado da Mari nem por um segundo, quando o Gui chorou ela foi dar peito a ele. O pessoal ficou ali até o horário da visita acabar e se eles não fizessem tanto barulho, podia até ser que eles pudessem ficar mais, mas eles alopravam na zuada.
Toda hora que a Mari dormia eu ficava de olho nela, sabe quando você fica vigiando o sono? Era eu. Ficava muito atento e qualquer movimento eu achava que era alguma coisa, eu não sabia se eu olhava mais pra ela ou pro Guilherme. Sempre que as enfermeiras chegavam pra fazer alguma coisa nele, tipo dar banho, essas coisas, eu ficava coladão em cima do moleque, ficava vigiando mesmo, eu ein. Quando chegou o horário da visita da noite, a Valentina foi com o Bernardo.
- Cadê o neném da Dinda? - ela disse pegando o Gui no colo. - Como é que tá? Tá doendo?
- Um pouco, mas da pra aguentar. Com a felicidade que eu to aqui, eu aguento tudo. - Mari disse e elas sorriram uma pra outra.
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Vai namorar comigo sim!
Teen Fiction"Eu vim acabar com essa sua vidinha de balada e dar outro gosto pra essa sua boca de ressaca. Vai namorar comigo SIM, vai por mim... igual nos dois não tem. Se reclamar cê vai casar também com comunhão de bens. Seu coração é meu e o meu é seu também...