- Porque, Bernardo? Eu to até agora tentando entender... porque? Sério, o que foi que te faltou? Amor? Carinho? Atenção? Me diz... mas me diz mesmo porque não faz sentido nenhum pra mim.
- Me desculpa.
- Me responde.
- Nunca faltou amor, nunca faltou nada, Valentina. Hoje é o dia que eu to sentindo mais vergonha de toda a minha vida, isso... isso não sou eu. Eu não sei o que aconteceu, eu não consigo lembrar, mas eu... me desculpa por favor. — o choro ficou mais intenso.
- Eu te amava tanto...
- Eu te amo, te amo muito.
- Como é que você me ama desse jeito, Bernardo? Como é que você me ama assim? Olha pra mim, mas olha só o que você pode ver, esse exterior, olha como eu to... é esse o seu tipo de amor? Amor que destrói? Porque eu me sinto assim, Bernardo.
- Me perdoa. Eu não tenho cara pra olhar pra você, Valentina. Você me conhece...
- Não. Eu achava que te conhecia, eu idealizei você.
- Não... — eu disse me aproximando dela. — Não, olha pra mim. Olha dentro dos meus olhos e me diz se você não vê que eu te amo. Por favor, não me olha assim. — eu falei segurando o rosto dela. — Não me olha com essa cara de quem tem nojo de mim. Diz, diz se você não ver amor aqui. Tá doendo tanto...
- Tá doendo em você? Você me trai com uma vagabunda qualquer e tá doendo EM VOCÊ?
- Me perdoa.
- Eu acho que você sabia o que ia acontecer quando a gente conversasse né? Eu to terminando, pra mim acabou.
- Não faz assim...
- Você fez assim, você!
- Por favor.
- Eu não vou conseguir, Bernardo. Eu não vou conseguir te olhar sem lembrar daquela maldita foto, eu não vou conseguir te olhar e não imaginar o que pode ter acontecido. Eu não quero isso pra mim, eu não consigo, eu não vou conseguir perdoar você. Não ao ponto de te aceitar de volta. Eu sei que você não vai sumir da minha vida, até porque não tem como, espero que um dia a gente consiga ser colegas, porque o Bernardo... aquele que era meu amigo, bem antes de ser meu namorado, o que me conquistou como amiga, morreu hoje pra mim. O Bernardo que eu conheci e me apaixonei, jamais faria isso com mulher nenhuma, muito menos com a mulher que diz amar. Acabou. — as palavras dela era como socos vindo direto na minha cara. — Acabou!
- Eu vou embora. Só deixa eu fazer uma última coisa... — antes dela responder puxei seu rosto e lhe dei um beijo, no começo não tava encaixando porque ela não queria dar passagem, mas depois... depois foi como se fosse a primeira vez, só que com uma dor muito maior por ser a última... por ser um adeus. — promete que não vai esquecer pelo menos dos momentos bons. Nada do que a gente viveu foi mentira pra mim, tudo foi real, muito real. Eu to te deixando ir, porque eu não posso ser egoista e te prender em mim, eu sei que eu errei, eu sei que eu nunca vou me perdoar por isso que eu fiz, o que eu fiz pra você... o que eu fiz pra nós. Mas eu te amo, Valentina. Eu realmente te amo de uma forma que acho que nunca mais vou amar ninguém nessa vida. Por favor, tenta lembrar dos momentos bons. Você vai ser sempre minha pipa.
Sai dali do quarto dela limpando algumas lágrimas, passei rápido pela sala e entrei no carro arrancando pra sair logo dali. Eu tinha perdido, dessa vez me perdi também. Pra sempre.
Cheguei em casa e tudo que eu não queria era pensar, só queria dormir e nunca mais ter que acordar pra não ter que lidar comigo mesmo. Coloquei uma playlist no computador pra tocar e fiquei mexendo no meu celular. Tava cheio de mensagem da Iasmin.
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Vai namorar comigo sim!
Teen Fiction"Eu vim acabar com essa sua vidinha de balada e dar outro gosto pra essa sua boca de ressaca. Vai namorar comigo SIM, vai por mim... igual nos dois não tem. Se reclamar cê vai casar também com comunhão de bens. Seu coração é meu e o meu é seu também...