A Ilha

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POV Lauren

A pele bronzeada e macia de Camila contrastava com a minha palidez . Estávamos entrelaçadas no tapete vermelho da sala de estar.

Tentei sair do abraço sem acordá-la,contudo ao mover a perna bruscamente, os olhos brilhantes  da garota me sondaram e com uma voz manhosa ela falou:

--Bom dia, amor!

--Ótimo dia!Um domingo ensolarado e nada pra fazer.Pensei em irmos para a casa de praia.O que acha Camz?

Eu sou daquelas pessoas que acorda ligada no 220volts.Enquanto a Camila gosta de curtir a função soneca, do despertador.

--Adorei a ideia.Mas antes eu quero café da manhã.

 --O que quer comer ?-Perguntei de modo carinhoso.

--Não sei...Me surpreenda!

Fui para a cozinha,vesti um avental bem justo ao corpo.Liguei a cafeteira e peguei uma frigideira.

O bom de estar só eu e a Camila em casa é poder andar nua tranquilamente, ou quase sem nada.
Já que o Dudu foi passar o final de semana com os avós.

Fiz omelete com bacon e panquecas americanas, passei um café forte e coloquei  em uma bandeja, então levei até a sala para o meu amor.

Ao vê-la no sofá vestindo apenas um sorriso, me deu vontade de agarrar aquela mulher maravilhosa.Me contive, pois ela precisa recuperar a energia.
  
Após a refeição, nos preparamos para a viagem.Por termos apenas um dia livre, optei por ir à Ilha do Mel, a mais bela praia do Paraná.

 Camila nunca havia andado de barco então enjoou um pouco. Ao chegar à pousada me encantei com a simplicidade do lugar.

 Nos aconchegamos em uma rede, enquanto aguardávamos o almoço ficar pronto.
 
Tinham passeios para conhecer o forte, trilhas, entre outras atrações, porém não nos atraiu o suficiente.

--Vamos para o mar?-Disse empolgada, olhando para Camila .

--Eu não sei nadar.Você cuida de mim?

--É claro, meu bebê!

E assim tive a brilhante ideia de alugar uma prancha de surf.Assim eu sabia que ela não ia se afogar.
 
A garota deitou sobre o objeto, esperando as ondas a arrastarem novamente para a areia,vendo a cena, achei graça.

Fui até ela, segurei a borda da prancha e a conduzi até uma parte mais funda.

Aquele corpo molhado, com biquíni pequeno e  um bumbum pra cima estava chamando muita atenção.

Nos divertimos jogando água uma no rosto da outra, até que de repente Camila caiu do material flutuante, afundando em seguida.

Me desesperei, eu mergulhei tentando encontrá -la, no entanto as ondas a arrastaram.

Não consegui achar a garota, meu coração estava quase gritando . Até que encontrei a parte de cima do biquíni preto que ela vestia.

 Salva vidas vieram até mim e me tiraram da água,um segurou em um braço e o segundo no outro, ambos eram altos e fortes e mesmo eu resistindo e falando que precisava encontrar a minha namorada, eles não me ouviam.

 Ao chegar a areia vi de longe alguém deitada com um pano jogado até a altura do pescoço, estava desacordada e um salva vidas fazendo respiração boca a boca.

Era ela. Corri ao encontro e o bombeiro disse que não conseguiu reanimá - la.

Ao ouvir essas palavras me senti sem chão, minhas pernas amolecerem e não parecia real.

Ajoelhei ao lado de Camila, deitei a cabeça em seu corpo gelado e comecei a chorar desconsolada.

--Eu matei a mulher que eu amo!-Sussurrava em prantos...

Segredos obscuros (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora