Segredos obscuros (Em revisão)

Vilã ou mocinha?

(Camila)

Quando a Karla chegou em casa, corri para abraçá-la, apertando-a em meus braços, agradeci mentalmente por ela ter retornado em segurança.

--Conseguimos recuperar a bebê.Mas preciso te contar uma coisa...

--O que aconteceu  filha?

--A Ally pode estar morta.Nós vimos o carro dela pegando fogo, mas não temos certeza de que ela estava dentro dele.

Lembrei automaticamente da Dinah sem vida, com a boca roxa, a dor invadiu meu peito em resposta.
Não poderia perder mais uma pessoa tão querida, uma amiga forte e corajosa.

Lauren ouviu a noticia com pesar, então se aproximou de nós, passou a mão em meus cabelos, olhou ternamente em meus olhos.

--Ela está viva, não fique assim.Minha intuição não falha.-Lauren sussurou em meu ouvido, beijando o topo da minha cabeça logo após.

Nem tive tempo de processar as informações, sendo arrastada para as obrigações maternais.Passei o dia calada, tentando manter pensamentos positivos.

Lauren e Karla foram até o apartamento, escoltadas pela polícia, além de ser o esconderijo da Villanelle e ela ter chance retornar, poderiam ter pistas que levassem até ela.

***

(Ally)

Villanelle me disse que
eu estava livre para ir embora, no entanto estudar aquela mente me encantava.Passei dois dias com ela, nesse tempo a entrevistei.

--Por que você pegou a Alex?

--Eu já disse , um dos enfermeiros do hospital era um assassino enviado  para pegar a criança.Eu fugi com a bebê para mantê-la em segurança.

--E por que iam querer  uma menina de menos de um ano?

--Ele ia usar a criança para chegar a Karla; pelo menos é o que eu faria .

--E por que tanto interesse na Karla?

-Eu fui contrada para matar a jovem, no entanto percebi que não quero fazer isso. Sabe o que acontece se alguém desobedece uma ordem?? Eles mandam outro para fazer o serviço.

--Não consigo acreditar em você.

Ela sorria com as minhas indagações.
Ouvindo cada pergunta atentamente, respondendo em seguida com confiança.

Disse ter salvo a minha vida, a de Laura e da Karla, pois viu alguém colocando explosivos no carro.Esse mesmo cara estava atrás dela por sua desobediência.

--Quando enviei o garoto para te tirar do automóvel eu apenas queria garantir que você não morresse. Fui eu quem atirou no dispositivo explodindo o seu carro, caso contrário suas amigas estariam mortas.

--Villanelle a heroína.Acha mesmo que eu acredito em suas palavras?Quem me garante que não foi você quem colocou a bomba?

-Shhhh!--Ela disse em sinal com o indicador.

Ouvimos  som de passos no corredor, então ela se posicionou ao lado da fechadura, esperando o sujeito entrar.Quando ele empurrou a porta, levou uma coronhada caindo desmaiado.

--Esse foi o homem enviado para fazer o meu trabalho, o nome dele é Konstantin.

Algemamos o senhor de cabelos e barba branca, ainda desacordado, para interrogá-lo posteriormente.

A loira jogou um balde de água gelada no rosto do velho, o acordando imediatamente.Algumas torturas depois, acabamos descobrindo o nome do mandante do crime : Manuel Mendes.

--Pare, você vai matar esse homem!Ele já nos deu a informação.

Ela batia no rosto dele com muita força, fazendo os punhos incharam e ficaram vermelhos.

--Esse homem era como um pai pra mim, até matar a única mulher que eu fui capaz de matar, Eve Polastri.

Ao terminar a frase sacou a arma da cintura, disparou entre os olhos dele, esfacelando seu cérebro.

--Agora vamos encontrar o maldito pai do Shawn!-Villanelle falou determinada.

Eu realmente estava envolvida, não era uma vitima de rapto, e sim uma testemunha de assassinato.Mesmo assim topei ir em busca do crápula.

Mas antes liguei para a Camila, avisando que estava com a Villanelle e por vontade própria.Também disse para ter cuidado com a Karla, principalmente com desconhecidos.
Além disso contei quem estava querendo matar a filha dela.

***
(Camila)

Ela está viva!Graças a Deus!

--Mãe?Você recebeu uma ligação da Ally?-Karla perguntou do quarto.

Expliquei tudo o que havia escutado.
Deixando a minha filha perplexa.

--Como assim?Eu não tive culpa da morte do Shawn, ele foi um monstro e acabou sendo levado por um acidente.
Contratar assassinanos para acabar comigo é muita insanidade.

--Villanelle e Allyson estão à caça do covarde.

Eu só esperava o desfecho de toda aquela confusão, sem derramamento de sangue de preferência.Mas se dependesse da loira com certeza o homem que mandou assassinar Karla teria o fio da vida cortado.

***
(Villanelle)

Não foi difícil conseguir o endereço do filho da puta.Em poucos segundos tive acesso aos sites preferidos, as compras realizadas e lugares frequentados.Afinal ter um aplicativo capaz de rastrear dados de usuários da internet tem suas vantagens.

--É incrivel sua tecnologia.-A detetive disse abismada.-Olhando meu smartphone.

Allyson era baixinha e invocada, ao mesmo tempo carregava uma ternura no olhar, algo que eu invejava.Gostaria de ser assim, a jovem cativava as pessoas com sua alma honrosa.

Quem sabe em outra vida eu seja a mocinha e não a vilã?!

--Você fica no carro!Eu já volto.-Falei com a policial como se ela fosse uma criança.

Disfarçada de dançarina entrei no hotel onde o Manuel estava hospedado.Conversei com o porteiro, o convencendo de que fui enviada por um amigo do seu hóspede para satisfazê-lo em suas necessidades.Não demorou muito para me deixar subir até o quarto.

Usando uma peruca na cor preta em um corte Chanel, um vestido colado na cor carmim e saltos incríveis, bati na porta do demônio.

--Uau!Quem é você?

--Eu vim pela Karla!-Falei o empurrando para dentro do apartamento.

Encostei uma faca em sua garganta, precisamente em sua carótida.Lentamente pressionei vendo o sangue jorrar, que delícia!