Quando estava saindo do Câmpus, caminhando pela calçada, distraída mexendo no celular, senti uma dolorida picada de agulha e os sentidos deixarem de reagir.
Ao acordar em um local estranho, vi paredes de tijolos, o teto baixo,a ausência de janelas e de móveis , o que me fez desconfiar de que era um porão.
Eu estava nua, em um colchão velho, com apenas uma fina manta, cobrindo meu corpo.A umidade do chão e o cheiro de mofo me atacaram um crise de tosse.
Havia apenas uma garrafa de água e um saco com alguns biscoitos.
A sede era tão intensa que bebi a metade do líquido, gritando por socorro em seguida.
Um balde ao lado da escada, levaram a pensar em como aquilo era humilhante.Será que ele achava que eu era algum animal para ser tratada daquela forma.
-SOCORRO!SOCORRO!-Gritei por horas.Na verdade cheguei a perder a voz e a noção do tempo.
Eu sabia que o meu ex namorado estava por trás daquele rapto.Ninguém mais tinha razão para cometer tal atrocidade.
Senti fraqueza, então resolvi deitar, eu havia comido e bebido todo o meu suprimento e os pensamentos me corroiam.
Ouvi um barulho na porta, logo ela se abriu e o rapaz veio até mim.Eu segurava o balde com a mão que estava livre, na intenção de me proteger.
-Olá meu amor!É uma pena que tenha sido dessa maneira.Mas você não me deu outra escolha.
-O que você vai fazer comigo?-Perguntei assustada.
-Eu quero que vista isso!-Falou me jogando a roupa que havia me presenteado anteriormente.
-Shawn, ainda dá tempo de desistir.Se você me soltar eu juro que não vou dar queixa.
-Você acha que vai sair daqui com vida?!Ah...Karlinha não sabe realmente o que eu quero?Vista logo esse baby doll.
-Eu não consigo!Estou algemada nesse corrimão de escada!
Em poucos segundos ele vestiu a peça em mim, sem prendê-lo em um dos braços.
Fiquei rezando para que alguém o tivesse seguido e me salvasse.
-Agora vire de costas!
O psicopata me tocou com aquelas mãos frias.Senti um arrepio na espinha, minhas pernas amoleceram.
-Eu não entendo como você pode ser tão gostosa?!-Falou tirando o membro para fora e colocando entre as minhas nádegas.
Chorei toda a minha alma.Ele estava me estuprando.Comecei a gritar para que ele parasse, mas isso parecia o excitar ainda mais.Senti a sua respiração ofegante em meu ouvido, a mão enforcando o meu pescoço.
Cada forçada em meu sexo me causava dor física e emocional.O peso daquele enorme homem sobre mim, me pressionava os pulmões.
-Você gosta assim né? Sua puta!
Sentia-me suja, pequena, impotente.
Meu rosto foi esfregado no piso, quando ele finalmente terminou.Ele não era quem fingiu ser, aquele rapaz que conhecera no trabalho, que levava flores, presentes, que puxava a cadeira para eu sentar, que abria a porta do carro, falava macio, escrevia cartas, recitava poemas.O verdadeiro Shawn era um sádico.
-Sabe, Karla?Você não é tão boa como eu imaginava.Mas até que eu gostei...É uma pena que eu tenha que te matar.
-Por favor Shawn, eu imploro.-Falei ajoelhando.
-Ohhh, que tal se você continuasse nessa posição...e me fizesse um agrado?Eu te dou uma recompensa...uma refeição quando terminar.
Ao colocar aquele troço mole na boca, senti vontade de vomitar.Pensei em arrancar fora com uma mordida, mas eu nem sabia onde estava a chave e com certeza ele não me entregaria, ainda que perdesse o pau.
Não demorou para que ele gozasse, me fazendo engolir seu sêmen.Que nojo!
-Boa garota.Nem precisei utilizar minha arma.-Mostrou a pistola tirando da mochila que trazia nas costas.
-Aqui está seu sanduíche e um galão de água .Nos vemos amanhã, vadia!
O enfermeiro subiu as escadas, sorrindo diabolicamente.Me deixando em pedaços.
-Eu vou morrer de frio aqui.
-Tem uma coberta na mochila e outras lingiries bem sexys.-Ele avisou fechando a porta.
-Shawn, por favor!Eu não quero morrer!
Fiquei pensando nas nojeiras que fui obrigada a cometer.Talvez morrer fosse melhor do que ficar sendo usada.Mas eu deseja sobreviver, eu queria sair daquele lugar e ter mais uma chance naquela porra de vida.
Alguém deve estar procurando por mim.A Lauren e a Camila com certeza desconfiariam dele e logo a polícia o enquadraria.Essa era a minha esperança.
Eu estava sangrando e não tinha nada para me limpar.Se eu usasse aquela água, ficaria desidratada.
Por alguns instantes pensei naqueles lindos olhos verdes, tentando buscar um pouco de paz.Demorei a pegar no sono, eu não sabia se era dia ou noite, porque onde estava não entrava luz, uma lâmpada sempre acesa me confundia.A algema feria o meu pulso esquerdo e era quase impossível não pensar em desistir.
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Segredos obscuros (Em revisão)
FanfictionA professora universitária Lauren, se apaixona por sua aluna Camila, de apenas 17 anos. O que ela nem imagina é que a estudante guarda um segredo terrível. *Não leia essa história se não tiver um emocional forte, há descrições de abuso, estupro e su...