Segredos obscuros (Em revisão)

Uma noite especial

(Karla)

Algumas horas atrás eu estava enfurecida com a Laura por ter escolhido a Avril, mas agora sentia pena; porque com certeza a megera inventou alguma doença para que a coitada ficasse com ela, e encenou o teatro muito bem por sinal.

Para deixar as coisas mais fáceis pra ela, resolvi dar uma chance a Villanelle.Chamei a mulher em um canto, sussurei no ouvido se ela gostaria de ser minha namorada.

--Tem certeza disso?Eu não estou acreditando.

Beijei os lábios da encantadora loira, me certificando de que a Laura visse.

Meu pai chegou bem na hora, cerrando as sobrancelhas em dúvida se era realmente o que tinha visto.

--Karla?Quem é essa aí?

--É a Villanelle, minha namorada.

--E o que houve com a Laura?

--Ela está alí ocupada com as crianças; Ah e respondendo sua pergunta, -não estamos mais juntas.

--Prazer!-Ele falou estendendo a mão para cumprimentar Villanelle.

Sinuhe estava sentada no sofá, segurando um dos netos.E a atenção do sr.Estrabao foi direto pra ela.

--Com licença, tenho que conversar com uma amiga que não vejo há muito tempo.

Os dois realmente gostavam um do outro, porque ao vê-lo se aproximar, o rosto da senhora se iluminou.

Ally não tirava os olhos da minha namorada.Então fomos até ela para conversar; a baixinha parecia uma fã, estava contando sobre alguns criminosos assassinados por Villanelle.E Normani arregalava os olhos com os detalhes, além de abrir a boca, chocada.

Quando a Clara chegou, acompanhada do filho, os olhares tanto da Mani, quanto da Ally se direcionaram a ele, o que me fez rir, porque ele nem era tão bonito.

A música foi trocada por uma mais animada, pela Sofia.Em poucos minutos o clima começou a melhorar, ou talvez a bebida tivesse começado a fazer efeito.

Longe dos olhares das pessoas mais velhas, começamos a dançar.Eu realmente estava adorando a companhia da irmã da minha mãe.

--Eu preciso ir, tenho um compromisso.--Minha nova namorada sussurrou em meu ouvido, causando um pouco de estranheza, mas apenas assenti com um sorriso sem graça.

"Que tipo de obrigação alguém pode ter na véspera do natal?"

--É por isso que eu não quero saber de namorar!--Sofi debochou.

Laura não parava de me encarar, então me aproximei dela, na tentativa de saber o motivo.

--O que foi?Por que fica me olhando com essa cara de cachorrinho sem dono?

--Precisava começar um namoro com aquela mulher, justo hoje?

--Eu não entendo você, Laura.Não quer ficar comigo e também não quer que eu fique com ninguém.

--Eu sinto algo muito forte por você, e odeio quando outra pessoa toca sua pele, sente o sabor da sua boca, desfruta dos seus sorrisos.Você nem imagina o quanto eu gostaria de estar contigo.

--E o que está te impedindo?

--É mais difícil do que parece, a Avril precisa de mim, ela não tem mais ninguém.Se soubesse as lutas que ela tem passado...

--Ok.Eu entendo.Você fez a sua escolha, não pode me impedir de seguir em frente, aliás eu não posso estar sempre disponível, esperando por você.