Adeus

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(Taylor)

-Posso levar o estuprador até a prisão?Eu preciso ter uma conversa com ele.

-Nós não podemos permitir...infelizmente, porque é dever da polícia levar o acusado.Mas posso te deixar ir junto no carro.-A detetive Brooke respondeu.

Mas por favor...Taylor...ele precisa chegar vivo ao destino.-Complementou o seu parceiro.

-Olá...enfermeiro...você gosta de estuprar meninas??Eu vou te dar uma lição!-Falei o arrastando pelo saco até o banco traseiro da viatura.

-Eiii.Eu conheço os meus direitos!Você não pode fazer isso comigo!AAAAIIII QUE DOR!!

O joguei de barriga para cima, com os braços algemados nas costas.Peguei um pedaço de vidro ,caído no chão e encostei em sua região íntima, pressionando até sangrar.

-Socorro!Ela quer me matar.-Ele falou aos policias que estavam no banco da frente.Mas eles fizeram vista grossa, ligando o som em volume máximo.

Ele se debatia, tentando se proteger com as pernas.Eu forçava o caco até sentir o membro se retrair.

-Aaaaiii sua maldita!

Dei uma cabeçada em seu nariz, quebrando-o em apenas um segundo.

-Eu estou fazendo isso pela Karla.Ela é como uma irmã pra mim.Mas faria com qualquer estuprador que encontrasse.A sua sorte é que está nas mãos da polícia cívil...porque se eu pudesse torturá-lo...você desejaria a morte.

-Eu vou falar com meu advogado.Você está fodida, sua puta metida!

Segurei a língua daquele verme, cortando com uma faca super afiada que carregava no bolso.O sangue jorrava.

-Pronto!Não vai falar mais nada!

-Puta que pariu , Taylor!Que sujeira no meu carro!-A detetive Allyson falou.

-Pode parar por favor!Preciso cortar mais uma coisa...

-Não!Isso vai complicar para você!Melhor levar ele para ser julgado e preso.-O policial Troy avisou.

-Pare!-Falei, cortando a cueca do psicopata.Então passei a faca lentamente, fazendo um corte profundo e certeiro.
Os gritos foram ensurdecedores.

-Taylor você é louca.Temos que levar o acusado para o hospital.E você terá que responder por isso.-O policial falou.

O jovem civil se distraiu ao olhar a cena, jogando a viatura em uma ribanceira.

-Vocês estão vivos?-Perguntei.

O carro estava de ponta cabeça, o casal desacordado...o corpo do verme havia  partido ao meio, parte dele estava dentro do carro e a outra fora lançada pela janela...E eu, estava com ferragens entre as minhas costelas.

-Que droga!Se eu morrer...pelo menos eu...fiz duas  boas ações, na minha vida...criei a Laura.E capei esse demônio.

-Taylor...eu estou tentando soltar o cinto...mas não alcanço...você consegue?-Ally perguntou com a voz fraca.

Eu forçava o corpo para frente ,para tentar salvar a detetive, mas a dor era insuportável.Então me inclinei com toda a força, rasgando minha pele.

-Pronto!Tente sair e buscar por ajuda!-Falei com a voz agonizante, tentando estancar o sangramento com a mão.

-Troy.Por favor...acorde meu amor!Eu não posso te perder!Não agora ...acabamos de perder o nosso bebê!E agora você...-A mulher falou chorando desconsolada.

-Vá !O carro vai explodir!-Foi a última frase que eu disse.

(Laura)

Eu acompanhava Karla no hospital, quando recebi o pior telefonema da minha vida.

-O que foi Laura?Sua boca está pálida.
-Karla perguntou.

-A Tay sofreu um acidente...ela faleceu.O marido da Ally, o Troy morreu na hora, o Shawn foi partido ao meio, só a detetive sobreviveu, graças a minha irmã.

-Eu sinto muito!Nem sei o que dizer!

Nada que alguém falasse faria diferença.Eu só desejava que o mundo acabasse naquele instante.A minha irmã era a minha família, a pessoa que cuidou de mim a vida toda.Não!Aquilo era um pesadelo, eu precisava acordar...

-Laura...obrigada por estar aqui.Eu te amo muito.

-Eu te amo...Eu sempre te amei.Você me perdoa?

-Pelo quê?
-Por ter sido uma egoísta.Se eu estivesse ao seu lado, não teria acontecido nada de ruim.Eu te protegeria.

-Você não tem culpa, meu amor!-Karla falou olhando profundamente em meus olhos.

Eu me sentia uma orfã.Ainda não conseguia acreditar que a minha mana não estaria ao meu lado.
Tentei disfarçar toda a tristeza, para dar força a Karla.A última coisa que ela precisava, era de alguém choramingando.Guardei a minha dor e fui cuidar da minha gatinha.

-E como você está.Ainda sente dor?O medicamento está fazendo efeito?Precisa de água ?Está com fome?

-Calma...eu estou melhor.Acabei de ser examinada, estou com dor...mas nada comparado ao que sentia antes.
Tomei pílulas para evitar uma gravidez.

-Eu senti tanto a sua falta.Tive medo de que nunca mais pudesse olhar nesses olhos castanhos tão lindos...

-Eu pensei em você, quando sentia que não aguentava mais, me deu esperança te reencontrar...Mesmo longe você me salvou...de enlouquecer, de desistir...

Abracei o meu amor, tentando aliviar o sofrimento...tanto o meu quanto o dela...

Lauren e Camila adentraram o quarto, falando palavras de conforto.Mas eu não consegui prestar a atenção no conteúdo das frases, era como se apenas movimentassem a boca.

-Você está bem?Laura??

-Oii!Estou.

-A Karla precisa descansar...e você também!Deixe que eu passo a noite aqui com ela.-Lauren ofereceu seus cuidados.

-Não!Eu não vou sair daqui.-Respondi.

-Filha...eu não acredito que você está viva!-Camila, expressou, abraçando Karla, derramando lágrimas de emoção.

Allyson entrou no quarto, caminhando com dificuldade.
Então Camila a envolveu nos braços.Oferendo suas condolências.

-Eu só estou viva graças a Taylor...ela morreu como uma heroína.Mas antes disso ela...arrancou a língua e o pênis do Shawn.-Ally contou.

-Que horror!-Camila disse, abrindo a boca, assustada.

-Amanhã é o velório do Troy, mas acho que vocês vão estar velando a Taylor...

-Sim...mas podemos no guardamento do seu esposo, também.-Camz falou, segurando a mão da Lauren.

-E vocês meninas, fiquem bem!-Ally falou, se despedindo.

***



Segredos obscuros (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora