6- A morte reinvidica a vida

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dedicado a ronaldoreis20

                           

                              Dora

Digo um oi abobalhado. Minha esperança de receber um cumprimento a altura se desvanece no instante em que Rick me olha de cima a baixo.

— Dora, você está bem? O que aconteceu? — pergunta afogueado. — O que te deu para sair sem conhecer o lugar?! — Sua preocupação é visível, mas sua voz e olhar me censuram. Ele fica fofo agindo assim.

Raphay sai do carro e bate à porta, e nem assim Rick desvia o olhar de mim.

— Não aconteceu nada comigo, foi só uma torção, e Raphay me ajudou. — Ele me mede e arqueia a sobrancelha.

— Então o que significa esse sangue nas suas pernas? — inquiri escancarando a porta do carro.

— São arranhões. É só limpar que logo sara. — digo para acalmá-lo.

Tenho dúvidas se o que aconteceu comigo, foi real ou não.

— Eu a ajudei, Richard. Amanhã ela não sentirá mais nada. — Raphay me auxilia repetindo o mesmo que me disse lá na floresta.

— Obrigado por cuidar dela e trazê-la até em casa. — Rick agradece impassível.

Agradeço a preocupação, porém, diante do extremo cuidado dele não sei como agir.

— De nada, você pode contar comigo sempre que precisar! Agora, tenho de ir. — diz o moreno como se tivesse cumprido uma tarefa com êxito.

— Obrigada pela ajuda, Raphay. — agradeço e saio do carro apoiando-me em um pé só. O rapaz presunçoso dá a volta e para na minha frente.

— Disponha princesa. Quando precisar estarei às ordens. — Faz uma reverência e beija minha mão. — Não esqueça seu sapatinho de cristal.

Sorrio prazerosamente quando me entrega o tênis que tirei na floresta. Ele é um galã conquistador.

— Vamos entrar para limpar seus machucados. — Rick entra na frente de Raphay me pega no colo e sai andando sem se despedir.

— Tchau! Dora. A gente se vê! — se despede sorrindo alegremente. — Gatinha, você conquistou meu coração! — declara batendo o punho fechado no peito.

Rick suspira. Eu sorrio e aceno para Raphay, que entra no carro após piscar para mim.

Lembro que a chave de casa está no meu bolso e a pego, estendo o objeto para Rick, mas ele balança a cabeça.

— Não precisa, a porta está aberta, falei com Jules e ela me disse onde guarda a chave reserva.

— Jules já sabe que me feri?

— Seu salvador, mandou mensagem para mim, eu a informei, e garanti que cuidaria de você. — diz com secura.

— Rick, você não gosta de Raphay? — Ele empurra a porta entra e me coloca no banco da janela, antes de responder.

— Não tenho nada contra. Só não gosto da conversa mole dele. — fala erguendo os ombros.

— Raphay, não é tudo isso que demonstra, ele é sincero, profundo e um amigo que faria tudo por você. — digo como se o conhecesse intimamente.

— Você descobriu tudo isso em meia hora que esteve com ele?

— O quê?! — Franzo a testa não entendendo a pergunta.

ENTRE A VIDA E A MORTE - LIVRO 1 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora