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A festa estava acontecendo do lado de fora da casa, então as portas de acesso estavam todas trancadas. Ela usou a chave que pegou com o cara e abriu a porta da cozinha. Quando entramos e fechamos a porta, o ruído do som diminuiu totalmente e só ouvíamos as batidas.

— Léo, eu tô vendo umas coisas nada a ver.
— É o efeito do doce - Ri - Cê tá feliz?
— Pra caralho - Sai andando pela casa.
— Onde cê vai louca?
— No banheiro - Ri - Os lá de fora devem estar mais sujos que os da rodoviária.
— Real - Ri.

Ela entrou em uma das portas, dando em uma suíte. Ela foi no banheiro e eu deitei na cama. Então tudo rodou e bad trip bateu.

— Que foi? - Me olha.
— Bad trip - Digo.
— Que horror - Ela ri.
— Mas tô suave, pra mim já é normal.
— Quero deitar também, mas tô com medo de bater e não ser das boas.
— Vem aqui.

Ela sentou no meu colo e inclinou o corpo pra deitar em cima de mim.

— Pensa em coisa boa e deita devagar - Digo.
— Tô pensando em safadeza - Ri.
— Que safadeza, fala pra mim - Ajudo ela a deitar por cima de mim.
— No que você fez aquele dia na tua casa, tava bom demais - Diz - Queria continuar, pra ver até onde ia dar.
— A gente ia foder - Digo.
— Então vamos agora - Beija meu pescoço.
— Ah não Maridu, cê tomou doce e bebeu.
— Você também ué - Ri.
— Mas eu sou acostumado, né? Vai ser sua primeira vez, cê tá chapada, depois cê arrepende e eu não quero isso.
— Espera - Me olha - Cê não quer transar comigo?
— Lógico que eu quero - Ergo o corpo e a ajeito no meu colo - Quero pra caralho, mas esse não é o momento.
— Ah, então tá - Suspira.
— Relaxa que vai rolar quando cê menos esperar e quando a gente não estiver tão chapados assim.
— Então não vai ser nunca - Ri - Cê vive chapado.
— É verdade - Rimos - Mas relaxa que vai rolar.

Nós nos pegamos ali por alguns minutos, algumas mãos bobas mais nada exagerado porque eu tava me segurando muito pra não transar com ela ali. Estava evidente que ela tava muito chapada, na cara dela que era a primeira vez.

— Vamos voltar? - Chamo.
— Aham - Se levanta.

Seguimos pra fora da casa e então fomos devolver a chave pro cara.

— Já? Foi rápido - Ele diz.
— Só queria ir num banheiro digno - Ela ri.
— Eai... Leozin, né? - Concordo - Tá curtindo a festa?
— Pô, tá boa pra caralho - Digo.
— Então tá bom - Ri - Eu falo umas coisas meio assim com a Maria, mas relaxa que nós somos só amigos.
— Ta de boa - Ri - Confio nela.
— Pode confiar mesmo, ela é firmeza.
— Vamos lá com a galera, vai ficar com a gente um pouco - Ela diz pra ele.
— Já eu vou lá - Sorri.

Voltamos pra onde estávamos antes e acho que todo mundo estava viajando, porque ninguém percebeu que nós tínhamos saído.
Fael e Carol estavam se pegando desde antes de nós sairmos.
O Krawk já estava rondando a Suzy e era só questão de tempo até eles ficarem também.
Thiago estava num assunto aleatório com Nathan por horas e ninguém entendia nada, a não ser eles.

— Dá mais uma ai - Peço pro Krawk.
— Já? - Ri.
— Deitei ali e a bad trip bateu - Ri - Agora eu quero foder, mas tô pegando uma onda ruim.
— Sai dessa louco - Me entrega a bala.

•••

Já estava amanhecendo. Krawk e Suzy estavam indo embora. Iriam levar o Thiago e provavelmente iam fazer alguma coisa depois, já que eles estavam quase transando ali mesmo.

— Acho que eu quero ir também - Maridu me abraça - Tô ficando meio mole.
— Efeito passando - Ri - Quer outra?
— Não, quero tomar um banho e deitar.
— Então vamos - Ri - Cê vai dormir lá em casa, né?
— Vou - Sorri.

Ela foi conversar alguma coisa com a irmã enquanto eu fui chamar o Fael pra irmos.

— A gente vai com o Nathan - Carol diz.
— Cê não acha ruim não, né? - Fael me olha.
— Não - Ri - Vou direto pra casa então.
— Duda vai dormir lá? - Carol pergunta.
— Vai.
— Cuida dela - Pede - Ela não tem o mesmo pique que a gente - Ri.
— Eu cuido.
— Ê Léo - Me olha - Me desculpa pelo jeito que eu te tratei, só quero o bem da Maria, mais nada.
— Eu tô ligado que cê tinha uma idéia errada de mim, mais fica suave, cê quer o bem dela e eu quero mais ainda.
- Valeu - Sorri.

Nós nos despedimos de todo mundo e fomos embora. Mais uma hora pra voltar, então sempre que dava eu acelerava um pouco mais e talvez por estar um pouco chapada, ela não reclamou.

— Onde o Victor foi, hein? - Pergunto.
— Vi ele com uma galera da faculdade, ele, minha irmã e o irmão do João fazem o mesmo curso - Diz.
— E porque ele fica atrás de você? Porque não arruma uma mais velha, da faculdade, sei lá - Acelero - O cara sabendo que cê tá comigo e fazendo graça, posso ser tranquilo, mas não tenho sangue de barata não.
— Se a questão for eu ser menor, cê também tá errado - Ela ri - Eu fiz dezessete duas semanas antes de você.
— Ah, mas eu sou um ano mais velho que você né? Ele é três - Digo.
— Ai, sei lá, mas esquece isso.
— Tá bom - Olho rapidamente pra ela - Gostou mais da maconha ou do doce?
— Maconha - Ri - Parece que esse efeito não passa nunca.
— É bem isso mesmo - Ri - Mas eu curto mais a maconha também, bem mais suave, doce é mais pra esses rolê assim.

•••

Chegamos em casa fomos pra cozinha. Ela preparou sanduíches pra gente e nós comemos enquanto assistíamos um jornal no primeiro horário da manhã. Depois subimos e foi aquela mesma rotina, ela foi tomar banho no meu banheiro e eu fui pro do corredor. Quando estava saindo, dei de cara com o meu pai.

— Seu chuveiro tá com problema?
— Não, é que a Maridu tá tomando banho lá.
— Chegaram agora?
— Aham - Bocejo - Tô quebrado.
— Tô vendo - Ri - Tudo certo?
— Tá - Abro a porta do quarto - Porque cê levantou agora?
— Tomar um remédio - Responde - Vai lá filhão, até mais tarde.
— Até.

Entrei no quarto e fechei a porta. Liguei o ar, fechei as cortinas porque o sol já estava aparecendo e apaguei as luzes.

— Eu amo o clima desse quarto - Ela diz saindo do banheiro.
— É bom mesmo - Respondo.
— Tava falando com quem? - Se deita.
— Meu pai - Abraço ela - Você fica cheirosa até sem perfume, parece que cê tem um cheiro seu.
— Eu hein - Ri - Vamos dormir? Tô cansada.
— Vamos - Beijo o pescoço dela - Dorme bem.
— Você também.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora