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POINT OF VIEW LEOZIN

— Cêis tem certeza que não quer ficar pra dormir? Não ligo de vocês transarem aqui não - Chris diz rindo.
— Não mano, valeu - Respondo - Vou dar um jet por aí com ela e depois vamo embora.
— Toma cuidado então irmão, é perigoso.
— Eu sou o perigo - Brinco - Mais uma valeu mano, por colar e me ajudar.
— Cê sabe que é nóis, quando precisar só chamar que a gente vai - Aperta minha mão - E me chamem pra ser o padrinho.
— Daqui uns anos, a gente chama - Maria e ele se abraçam - Obrigada Chris, foi um prazer te conhecer.
— Prazer foi meu - Diz - E venham passar um fim de semana com a gente, quando der.
— Cê não vai colar pro show dos cara lá não? - Pergunto.
— Vou não, tenho umas coisas pra fazer lá em BH, vocês vão no show?
— Maria quer ir, acho que vou levar ela.
— Leva mesmo - Diz - Cê tem o número dos cara? Já fala com eles.
— Eu tenho o do Knust e o do Pelé, vou ver certinho - Digo - Vamos?
— Vamos - Maria responde.
— Vão com Deus e cuidado mano, avisa quando vocês chegarem lá.
— Pode crer.

Entramos no carro e sai cantando pneu.

— Louco - Maria diz rindo - Tem gente dormindo, Leonardo.
— Só pra avisar que o Leozin passou aqui.
— Besta - Ri.
— Quer ir onde?
— Sei lá - Ela ri - Não conheço nada daqui.
— Cê nunca tinha vindo pro Rio? - Olho pra ela.
— Não - Ri.
— Então a gente não pode ir embora agora.
— Porque não? - Me olha.
— Você precisa conhecer o Rio, ué.
— E precisa ser hoje?
— Óbvio - Dou risada - Ou quer vir pra cá no fim de semana?
— Meus pais voltam no sábado, lembra?
— Verdade - Continuo dirigindo - Vamo passar na praia pelo menos?
— Pode ser - Mexe no som - Você não escuta suas músicas não?
— Não - Dou risada.
— Aí é foda né? Eu gosto de ouvir você quando tô no carro - Pega o celular - Uma música de cada, pode ser?
— Pode - Sorri.

Ela mexeu no celular, provavelmente procurando alguma música e então começa a tocar Consequência.

Meu tênis vermelho blood - Começa a cantar gritando - Air ou yeezy boost, ice pra minha gang, young Jack Frost. Ficar rico é consequência, eu quero o mundo.
— Meu Deus - Ri.
— Vai Thiago, canta pra mim - Ela fala enquanto eu só ria - Eu tô voando, cêis ainda tão correndo, minha banca lucrando, enquanto isso cês só vendo...

•••

Parei o carro e então nós fomos caminhando até mais perto do mar.

— É lindo aqui - Ela diz.
— Prefiro esses lugares a noite - Digo - Bem mais calmo.
— Aham - Ela senta na areia - Mas eu não gosto muito de praia, tenho medo.
— Porque? - Pergunto me sentando.
— Você não sabe? - Me olha - Ah, o dia que fomos você e eu não estávamos conversando - Ri - Mas enfim, quando eu tinha uns quatorze anos, minha irmã e eu estávamos na água e ela fingiu que estava se afogando e eu fui tentar ajudar ela e no fim quem afogou foi eu, fiquei tão agoniada, parecia que eu ia morrer a qualquer segundo - Ela diz meio agoniada - Sei lá, foi horrível.
— Mas já passou amor, foi uma vez só, não significa que vai acontecer de novo.
— Eu sei, mais não consigo - Encara as ondas quebrarem na areia - Só de olhar assim meu coração já acelera.
— Eu acho que temos que mudar esse seu conceito - Abraço ela - Quer ter uma lembrança boa aqui?
— Como? - Ri.
— Assim.

Seguro no queixo dela e a puxo pra um beijo. Pouco a pouco ela foi deitando na areia e eu fiquei por cima dela. Continuamos nos beijando por um tempo até que nenhum de nós tivesse mais ar.

— A gente vai fazer isso aqui mesmo? - Ri.
— Se você quiser, vamos.
— Eu acho que esse beijo já vai ser uma boa lembrança - Ela ri - E se chegar alguém?
— Então vem - Me levanto e estendi a mão pra ela.
— Onde?
— No carro.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora