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— Vocês queriam sair sozinhos? - Krawk pergunta.
— Não - Digo.
— Queria sim - Léo diz rindo. 
— Não queria não, a gente até chamou a sua mãe amor - Digo - Para de falar assim se não ele fica triste.
— Maria sempre pensa em todo mundo, que linda - Krawk diz - Mó nada a ver vocês dois.
— Igual você e a Suzy - Léo rebate - Ela é mó legal.
— E eu mais legal ainda - Ri.
— Com licença - O garçom traz nossos pratos.
— Obrigada - Disse quando ele colocou todos na mesa e então sai.
— Nossa Maria, sua comida tá bem mais bonita - Krawk olha pro meu prato.
— Quer experimentar? - Pergunto.
— Lógico - Ri.
— Eu vou...

Somos interrompidos pelo celular do Léo que começa a tocar. Ele olhou quem era e então atendeu.

Oi mano... Tô ... Trouxe a Maria pra jantar ...
— E eu - Krawk diz rindo.
É, tá aqui também ... Uhum ... Ah mano, não sei ... Quem vai colar? ... Ah, tá suave então ... Vou ver com a Maria, se ela quiser, a gente vai ... Ué, aí não ... Tá, mas se ela não quiser a gente se tromba depois ... Uhum, eu falo pra ele... Beleza então ... Firmão ... É nóis cachorro.
— Quem era? - pergunto quando ele desliga.
— O Knust, chamando a gente pra ir na casa de um dos manos - Diz - Vão fazer churrasco lá.
— Não acho uma boa não - Digo - Vocês não podem ficar no mesmo lugar que o Bavi, só de se olharem já querem brigar.
— Hum, Bavi - Léo diz sério.
— Amor, foi só jeito de falar.
— Eu tô suave - Krawk diz - É uma vez de cada, Léo bateu primeiro, depois foi eu, então agora é a vez do Léo de novo - Ri.
— Ele não vai estar lá não - Léo explica - Saiu pra uma boate.
— Ah, se for assim, não vejo porque não irmos - Digo.
— Então vou avisar que nós vamos.

•••

Depois que jantamos, chamamos um Uber e seguimos pra onde estava acontecendo o churrasco. Algum tempo chegamos na tal casa e tocamos a campainha, porém o som estava muito alto e ninguém ouviu.

— Vamo entrar - Krawk diz abrindo o portão.
— Tá doido? - Digo - Não entra não, liga pra ele.
— Relaxa, a gente é de casa - Entra.

Nós seguimos ele pra dentro da casa e fomos até os fundos, de onde vinha as conversas e a música.

— Olha quem chegou - Pelé diz quando nos vê.
— Achei que não iam vir mais - Knust caminha até nós - Tudo bem?
— Tudo - Nos abraçamos.
— Tá com fome? Quer beber alguma coisa?
— Não, tô de boa - Sorri.
— Então tá, se quiser alguma coisa me fala.
— Tá bom, obrigada.
— Ué, não vai perguntar pra gente não? - Krawk pergunta.
— Eu não - Ri - Se virem.
— Normal - CT chega perto - Ele é baba ovo da Maria, tem medo de que ela faça ele passar vergonha igual aquele dia do Lounge.
— Credo véi - Olho pro Knust - É sério?
— Lógico que não - Me abraça de novo - Cê é firmeza, minha amigona.
— Cai fora - Krawk me puxa - Ela é minha amigona, eu que namorava com a amiga dela, tudo em família aqui.
— Pois então se prepara que o Chris vai entrar pra família em breve - Knust diz.
— Porra Fofokito - CT diz - Tu não consegue segurar a porra da língua na boca?
— O que eu perdi? - Krawk pergunta me olhando.
— Nem eu sei - Ri.
— Eu tô só brincando - Knust diz - É só porque eles estão conversando.
— Ah - Krawk fecha a cara.
— Tá com ciúme - Léo diz e nós rimos.
— Tô nada não, agora me diz onde tem alguma coisa pra beber.
— Torneira - Knust diz fazendo todo mundo rir.

Nós cumprimentamos as pessoas que estavam lá e na verdade eu só conhecia cinco deles. Krawk e Léo começaram bebendo hennessy, mas logo pularam pro lean, enquanto eu bebi vodka com suco.

— Ô Maria - Knust se aproxima - Essa aqui é a Anna, minha namorada.
— Oi - Me levantei pra cumprimentar a galeria.
— Oi, tudo bem?
— Tudo e você?
— Tô bem - Ri - Você quer ir sentar comigo e com as meninas ali?
— Ela quer - Knust diz - Tá mó solitária aí.
— É, eu tô - Ri.

Léo e Krawk estavam jogando sinuca com uns cara e eu fiquei sentada olhando, então não tinha porque não ir com a garota. Segui ela até o outro lado da área e chegamos onde estavam mais três meninas. Anna me apresentou as meninas e então logo começamos a conversar.

•••

Já faziam algumas horas que estávamos ali, eu ainda com meninas e Léo conversando com os caras. Estava conversando com elas quando meu celular toca: Suzzy 💛
Pedi licença as meninas e fui atender.

— Oi amiga.
— Não tava dormindo não, né?
— Não, tô num churrasco - Ri.
— Que? Churrasco?
— É, com os meninos da 1Kilo.
— Ah - Ela ri .
— E que história é essa do Chris, em?
— Quem falou?
— Knust.
— Eu ia te falar quando cê voltasse, mas nem é nada, só estamos conversando.
— Aham, tá, mas porque cê me ligou? Aconteceu alguma coisa?
— Na verdade sim - Sinto a voz dela ficar empolgada.
— O que?
— A nossa viagem das férias de julho...
— O que tem?
— Deu certo amiga - Ela basicamente grita.
— Mentira mano.
— Sério amiga, nós vamos pra Disney.
— Teu cú Suzy, para
— Amiga, eu tô falando sério, te mando as fotos dos documentos se você quiser.
— Eu vou chorar, na moral.
— Pode chorar então - Ela ri.
— Deu tudo certo? Todos os papéis? Liberou pra todo mundo?
— Sim amiga, tudo certo, a gente só precisa ir - Diz rindo.
— Mano do céu, eu ainda não acredito.
— Pode acreditar - Ri - Agora deixa eu desligar que tenho que avisar a Carol.
— Tá bom, eu chego na segunda de manhã, depois do almoço eu vou ver vocês.
— Tá bom, beijo.
— Beijo, tchau.

Desliguei a chamada e quando estava voltando pra onde as meninas estavam, Léo me parou.

— Oi moça - Diz rindo.
— Oi - Sorri.
— Vem sempre aqui?
— Não - Rimos.
— Tá solteira?
— Não, não tô.
— Nem pra mim?
— Nem pra você - Rimos.
— Com quem cê tava falando?
— Com a Suzy.
— Tá tudo bem lá? - Me abraça.
— Tá, ela só ligou pra falar daquela viagem, lembra? Te falei quando nós ainda estávamos ficando, antes de ... Enfim.
— Tô ligado, a que cê disse que não sabia se ia dar certo, por causa da documentação, né?
— Aham - Olho pra ele - Mas deu certo, eu vou pra Disney.
— Sério mesmo?
— Sério amor - Sorri.
— Que legal vida, quando vai ser?
— Em julho.
— Ah, daqui dois meses.
— Uhum, tem tempo ainda.
— E vai ficar quanto tempo? Uma semana?
— Não, o mês inteiro.
— Como assim o mês inteiro Maria?
— É uai, fechamos pacote de um mês.
— Mas vida, eu vou viajar o mês que vem inteiro e quando eu voltar, você vai.
— Nossa, é mesmo.
— Ah não mano - Ele se solta.
— Que foi amor?
— Sem condições isso aí Maria, dois meses longe é muita coisa.
— Eu sei amor, mas acontece ué.
— Não, não dá mesmo.

Ele simplesmente vira as costas e me deixou ali sozinha.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora