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• POINT OF VIEW MARIA

— Minha vez de escolher a música - Digo.
— Só escolhe uma que eu não esteja nela, por favor - Ele diz rindo.
— Meio difícil achar uma sem você aqui na minha playlist - Olho minhas músicas - Tudo bem pra você ouvir o Krawk? - Ri.
— Pelo amor de Deus Maridu - Ele ri - É sério?
— Lógico, é o tipo de música que eu gosto, não tenho culpa se é você e seus amigos.
— Enjoa demais.
— Enjoa nada - Coloco uma música - Nessa não tem você.
— Qual é?
Hey, eu fiquei meio sem direção, sem neurose, o rebolado dela é pura hipnose - Começo a cantar.
— Hey, hey, não quero meter o sete, prefiro um meia-nove - Leonardo canta - Sei que uma hora cê me nota, logo menos tenho que ir embora. Porque a vida anda tão corrida por aqui, mais uma viagem me espera, tudo que eu queria agora era um momento para ti, poder dividir, poder te sentir - Me olha rápido - Porque cê tá me olhando assim.
— Você cantando Radin mano, que viagem é essa? - Ri.
— Eu prefiro outro tipo de música, mas essa é muito boa - Olha pra estrada - Deixa que eu tiro sua roupa, o corpo dessa Deusa é sensação, a vibe que te deixa louca, 1Kilo tocando, aumenta o som.
— Meu Deus - Ri - Nasci pra ver isso.
— Mas cê tá me tirando mesmo em Maridu? - Ri.
— Desculpa amor, mas isso é novidade pra mim, será que no show você vai cantar todas as músicas?
— Provavelmente não - Ri - Mas uma boa parte delas.
APAGA A LUZ, AQUI TEM LUZ DEMAIS, ME SEDUZ, SABE O JEITO QUE ME SATISFAZ - Canto gritando.
— Seu negócio é gritar, né? - Ri.
— Basicamente - Respondo - Nossa, essa parte do Knust ficou perfeita.
Então vai - Ele canta - Brinco de decifrar suas intenções, o tempo traz, verdades que sempre existiram em sonhos. Me diz quais tem me tirado a paz, saudade gerando canções, saudade do que eu não vivi com você.
Vontade só de tempos bons, cantar junto até perder a voz - Continuo - Embolado sobre os lençóis, corpo dá nó, entre nós, ó que dó, que hoje só restam lembranças de nós, a sós contando as vontades de futuros sonhos que infelizmente ficaram apenas nos sonhos.
— Já pode cantar no meu próximo show.
— Claro, super vou - Ri.
— Acho que você pode dar certo em outra profissão.
— Não precisa jogar na cara - Digo - Quanto mais você reclamar, mais alto eu vou cantar.
— Não me incomoda nenhum pouco, até cantando mal você fica linda.
— Mais gosta de puxar meu saco, em?
— Puxar o seu não, mais eu gosto quando você chupa o meu - Diz rindo.
— Cala a boca Leonardo - Sinto minhas bochechas ficarem vermelhas.
— Não falei nenhuma mentira - Ri - Nossa, minhas costas estão doendo.
— Eu falei pra ficarmos por lá mesmo.
— Ah não - Ri - Cê podia dirigir pra mim, né?
— Cê deixa? - Olho pra ele.
— Você sabe? - Ri.
— Sei ué, Nathan me ensinou.
— Então vem - Ele diz.
— É sério?
— É, acho que cabe você aqui no meu colo.
— Com certeza, com esse tamanho de perna, cê usa ele quase encostado no banco de trás - Ri.
— Então, vem aqui - Abre um pouco as pernas.
— Leonardo...
— Tô falando sério Maridu.
— Você confia mesmo?
— Não muito - Ri - Por isso você vai no meu colo e não sozinha, agora é sério, vem.

Soltei meu cinto e cuidadosamente passei pro colo dele. Coloquei as mãos no volante e me ajeitei, então ele soltou.

— O carro é automático - Diz.
— Eu sei - Ri.
— Sabe o que tava pensando?
— O que? - Encaro a estrada.
— Sei lá - Se mexe embaixo de mim - Em transar assim, que tal?
— Não, nem pensar - Ri - Tá louco?
— Ué, porque? Cê só precisa prestar atenção na estrada e o resto eu faço.
— Você é louco, nem fodendo.
— Foder? Quero - Ri alto - Vamos, é uma coisa diferente.
— Diferente, arriscada, maluca, suicida, louca... Tem muitas definições pra isso e nenhuma é boa - Digo - E tem mais, você tava reclamando de dor nas costas agora pouco.
— É as costas, não meu pau - Ri - Que aliás, já tá adorando a idéia só de imaginar.
— Eu sei, tô sentindo - Ri - Mas sério Léo, não.
— Outro dia então? Só pra gente vê se dá certo - Ri.
— Tá, outro dia.

•••

Não demorou muito e nós chegamos em São Paulo. Voltei pro meu banco e Léo seguiu dirigindo pra minha casa. Eram aproximadamente seis da manhã quando paramos lá em frente e vi o carro do Nathan pouco mais a frente.

— Acho que ele dormiu aqui - Digo.
— Provavelmente - Ri - Não quer ir dormir lá em casa?
— Não, já estamos aqui - Desço - Tô muito cansada, mais dez minutos dentro do carro eu ia surtar.
— Sua cara mesmo - Trava o carro.

Entramos em casa e a porta da sala estava aberta e o Nathan no sofá.

— Oi - Digo entrando.
— Ué, cê não tava no Rio? - Ri.
— Tava - Abraço ele - Foi rápido.
— Percebi - Ri - Eai Léo.
— Eai - Responde.
— Cadê minha irmã? - Pergunto.
— Pegando a mochila, vou levar ela pra faculdade.
— Nossa, fui pra escola só um dia nessa semana - Digo.
— Dá tempo de ir ainda - Nathan diz.
— Vou bosta - Ri - Vou é dormir, bye.
— Tchau - Diz - Falou Léo.
— Falou mano.

Fomos pro corredor o Léo entrou no meu quarto, enquanto eu fui pro da minha irmã.

— Cheguei, tá? - Digo.
— Como foi? - Ri.
— Rápido - Digo - Vou dormir.
— Tá bom, mas vê se vai pelo menos um dia na aula.
— Eu vou amanhã - Sorri - A mãe ligou?
— Ligou - Ri - Falei que você só saiu do quarto pra comer.
— Ótimo - Ri - Beijo.
— Beijo.

Voltei até o meu quarto e quando entrei as janelas já estavam fechadas, o ar ligado e o Léo deitado.

— Você é muito rápido - Digo.
— Tô quebrado - Ri - Vem deitar.
— Vou só tomar um banho rápido.
— Ah, não vou tomar não - Diz - Quero só dormir.
— Você é um porco - Ri.
— E você é apaixonada no porco.
— Sou mesmo - Ri - Já volto.

Entrei no banheiro e segundos depois estava no banho. Não lavei o cabelo, então foi um banho mais rápido. Me sequei, vesti o pijama e voltei pro quarto. Me aproximei devagar da cama e pude ouvir a respiração dele pesando. Deitei e então sinto ele me puxar pra deitar mais perto dele.

— Boa noite - Diz baixinho.
— Boa noite - Ri.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora