Depois do almoço, nós lavamos a louça e arrumamos tudo, então cada um foi pra sua casa e os meninos voltaram pro hotel. Leonardo ainda estava com fome, então resolvemos fazer cachorro quente americano e assistir filme.
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— Que horas cê tem que buscar sua prima? - Pergunto. — Seis horas - Morde o cachorro quente. — Tem como me deixar em casa antes? — Ué, cê não vai comigo? - Me olha. — Não, amanhã eu tenho aula e tenho uns deveres pra fazer. — Seus pais vão trabalhar? — Aham. — Então eu durmo lá com você hoje. — E sua prima? — Ela fica aqui, ué - Diz. — Tá doido? A menina vai chegar e ficar sozinha Leonardo? — Meus pais chegam hoje também - Ele diz - Só que um pouco mais tarde. — Entendi - Olho pra Tv - Você que sabe, mas cê vai me levar pra escola amanhã? — Levo - Coloca os pratos no movél. — Então tá bom. — Vamo comigo lá buscar ela, a gente deixa ela aqui, vai no BK e depois pra sua casa - Deita - Saudade de ir no BK com você. — Também tô - Ri - Horrível comer só um lanche, mas não aguento comer dois. — Né? - Me puxa pra deitar no peito dele. — Você vai na minha formatura? - Pergunto. — Óbvio - Diz - Mas eu preciso me resolver com o seu pai antes, né? — Verdade - Rimos - Você tem quatro meses pra fazer isso. — Acho que dá tempo - Faz carinho na minha cabeça. — Isso se nós ainda estivermos juntos até lá. — Credo Maridu, nem fala uma coisa dessas, nós não vamos terminar nunca mais. — Vai saber.
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Nós "assistimos" uns dois filmes e na metade do terceiro o celular do Léo desperta, indicando que tínhamos que ir buscar a prima dele. Levamos tudo pra cozinha e então saímos. Cerca de quarenta minutos depois entramos no aeroporto. Caminhamos de mãos dadas até o portão de desembarque e paramos em frente ao mesmo.
— Não ri do sotaque dela não, viu? - Léo fala rindo. — E porque eu riria? - Olho pra ele. — Sei lá, é engraçado - Diz - Sempre rio dela. — Você é escroto. — Sou não, eu tô escroto - Me dá um selinho - Olha ela ai.
Olhei pro portão e vi uma garota baixinha, provavelmente um ou dois anos mais nova que eu, de cabelo preto até o meio das costas e das bochechas grandes. Ela não parava de sorrir um segundo se quer e assim que chegou perto, os dois se abraçaram.
— Toco de amarrar jegue - Ele diz. — Cala a boca Léo - Ela diz e então ouço o sotaque, era de algum lugar do Nordeste. — Bom - Ele se solta - Essa aqui é a Maria Eduarda, minha namorada - Fala - Amor, essa aqui é a Maria Eduarda, minha prima. — Oi - A garota me abraça. — Oi - Digo simpática. — Eu acho que vocês vão se dar bem, as duas adoram me mandar calar a boca - Leonardo fala e nós rimos. — Ninguém tem culpa se só sai merda da sua boca - A prima dele fala. — Bobona - Ele bagunça o cabelo dela - Bora lá, vou te deixar lá em casa e vou sair, tá? Meus pais chegam daqui uma hora mais ou menos. — Tá bom - Ela diz - Quero tomar um banho e dormir, só isso. — Tá precisando mesmo, fedorenta - Ele fala. — Cala a boca Léo - Diz e nós rimos - Não sei como você aguenta ele - Fala comigo - Sério, ele é insuportável. — Ah, ele é na maioria do tempo - Digo concordando e Leonardo nos olha. — Na moral, vão ficar contra mim? Agora pronto - Diz - Na moral, se for pra deixar minha mina contra mim, vou te mandar de volta. — Cala a boca Léo - Ela e eu falamos juntas e rimos. — Meu Deus - Ele revira o olho. — Eu vou pegar um refrigerante naquela máquina - Ela diz - Vocês querem? — Não, obrigada - Digo. — Quero não.
Ela vai até a máquina e nós paramos pra esperar.
— Já acabou o ciúme? - Passa o braço pelo meu pescoço. — Eu não tava com ciúme - Digo rindo - Mas ela parece ser legal. — Ela é - Ele diz - Vocês vão se dar bem, tenho certeza - Beija minha testa. — Acho que sim - Sorri. — Vamos? - Ela volta. — Bora - Léo diz.
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O tempo de voltamos pra casa dele, foi suficiente para que os pais dele chegassem também. Descemos do carro e entramos na casa dele.
— Chegaram - A mãe dele diz - Oi Maria. — Oi - Ela e eu falamos juntas e rimos. — Nossa, agora vai ser confuso - O pai dele diz. — Lógico que não - Léo fala - Essa aqui é a Maridu e ela a Duda. — Leonardo, as pessoas não podem ficar me chamando de Maridu - Digo. — Verdade - Ele ri - Só eu posso, então a Maria é Maria e a Duda é a Duda. — Trocaram você pelo Goude, filho? - Liliane pergunta e nós rimos. — Em, vou sair - Ele diz - E vou dormir fora também, amanhã de manhã eu volto. — Vai dormir onde? — Na Maria - Passa o braço no meu pescoço. — Então vocês voltaram? - Meu pai pergunta. — É, voltamos - Diz. — Pior coisa que tu fez - Duda fala - Namorar com esse aí? Tu é louca. — Na moral, manda a Duda de volta pros pais dela. — Nem eles me aguentam - Ela fala - Sobrou pra você. — Se isso for castigo pelo que eu fiz com a Maria, Deus com certeza ficou bolado. — Leonardo - O repreendo - Não fala assim. — Desculpa - Beija minha testa - Mais bora? — Vamos.
Nós nos despedimos de todos, voltamos pro carro e então logo estávamos a caminho do BK.