𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mc

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— Mãe - Digo ao aparecer na sala.
— Oi meu amor - Me olha - Vai sair?
— Vou, vamos no Thiaguinho.
— Não vai - Meu pai diz vindo da cozinha.
— Como não? - Olho pra ele.
— Sou seu pai, não seus amiguinhos, se você quer fazer esse joguinho, então vamos vem quem vence - Se senta no sofá - Não vai sair.

Voltei pro quarto e ouvi passos atrás de mim. Quando deitei na cama, minha mãe entrou.

— Calma, dá um tempo pra ele.
— Ele não pode me proibir de viver minha vida mãe - Digo - Eu amo o Léo e não vou desistir por que meu pai acha que sabe o que é melhor pra mim.
— Na verdade, ele pensou em considerar a idéia - Me olha - Mas depois do jeito que você falou com ele no almoço, acho que desistiu.

Ela me deu um sorriso e saiu do quarto. Peguei meu celular e mandei mensagem pro Léo e pras meninas, avisando que não iria pra casa do Thiago.

•••

Estava deitada assistindo filme no meu quarto quando ouço uma coisa incomum.

— Ei, ei, ei... Testando - Era a voz do Léo... em um microfone.

Sai do quarto e corri pra fora, passando pelos meus pais e minha irmã que estavam na sala. Quando abri o portão quase caí dura no chão. Léo estava ali com uma caixa de som e dois microfone e com ele estavam Dudu, Fael, Carol, Noventa, Krawk, Suzy, Trunks, Goude e Thiago.

— O que tá acontecendo aqui? - Meu pai pergunta atrás de mim.
— Ué, já que a Maria não pode sair, a gente faz o rolê aqui mesmo - Léo responde.
— Maria Eduarda, pra dentro - Diz.
— Eu não tô do lado de fora - Olho pra chão indicando que eu estava pro lado de dentro da casa.

— Assim ó, vem comigo - Thiago diz no microfone - Ou, ou, ou ... E aí sangue bom, tô mandando aqui no improvisado, eu sei que da sua filha o Léo quer ser o namorado, mais puta que pariu, cê é um imbecil, não tá vendo que tá só colocando fogo no pavio?

— É isso mesmo Thiaguinho, agora é o Fael quem vai falar, escuta aí meu tio o papo que eu vou mandar: Não adianta tentar proibir, o lance entre os dois vai sempre existir, não importa o que cê faça, eles vão continuar lutando e com muita raça.

— Com todo respeito, deixa eu te dizer - Krawk continua bem no jeitinho debochado - Você não tem mesmo o que fazer? Não tão matando, não tão roubando e mesmo assim cê tá empacando? Ah, pelo amor de Deus, deixa relacionamento dos outros e vê cuida mais do seu.

— Fala aí meu fi, eu sou o Goude e agora eu vou improvisando nesse Free, sua cara não esconde que cê tá odiando, mais foda-se, a gente nem tá ligando - Diz e nós todos rimos - Vamos continuar mando as rimas bem bonita, porque a nossa mente é muito mais evoluída, a sua mente é de mané, com esse seu tipo pensamentos, parece até um ... Chipanzé.

— Pra mim já deu - Meu pai diz - Eu vou...

— Ah, cê vai fazer o que? - Léo pega o microfone daquele jeito bem agressivo de bate e volta e começa o speed flow - Espera aí que o meu free eu vou fazer, cê tá ligado que nóis não é aliado, mais da sua filha eu sou o namorado e não adianta vir com esses seus papo de ogro porque agora você é meu sogro, então pode se acostumar meu camarada, que dá minha cara a Maria vai até ficar enjoada, do tanto que vai me ver e quer saber? - Faz uma pausa - Não tem muito o que cê fazer, tô te mandando a real bem assim no instrumental, eu sei que cê é policial mais na rima eu que sou general, então presta atenção nessa improvisação que eu tô lançando agora nesse som - Ele se aproxima do portão - Aí, eu falo a verdade, meu papo é firmeza e com muita sinceridade, aqui não tem nenhuma criança, pra sua filha eu já dei até aliança - Mostra minha mão pro meu pai - Pra provar que o que eu falo não é caô e cuidado em... Logo você vai ser vovô.

O beat para e todos ficam em silêncio olhando pro meu pai. Ele me olhou, olhou a aliança na minha mão, olhou pro Léo e então suspirou.

— Pai, por favor - Me aproximo dele.
— Isso só me deu mais certeza de que eu não aceito - Diz - Minha resposta continua sendo não, agora vamos pra dentro - Segura firme no meu braço.
— Tá me machucando - Digo.
— Pra dentro Maria Eduarda.
— Você não tá vendo que tá machucando ela? - Leonardo me puxa pra me soltar dele.
— Você abaixa sua bola, a filha é minha e eu sei o que tô fazendo.
— Não, você não sabe - Rebate - Você acha que porque eu não faço uma faculdade ou não tenho um emprego que você considera comum, acha que eu não posso dar um futuro pra ela, mas te garanto que o dinheiro que eu tenho posso manter sua casa inteira se eu quiser.
— Léo...
— Tá vendo? - Meu pai diz - É isso que você quer pra sua vida? Olha o jeito que esse moleque tá falando com o seu pai Maria Eduarda, olha como eles falaram de mim, me colocando como vilão da história.
— E você não tá conseguindo provar que não é - Olho a marca da mão no meu punho - Você nunca fez isso.
— Me desculpa filha - Se aproxima - Eu só tô nervoso, eu não consigo...
— Aceitar a minha felicidade?
— Não é isso, mas olha pra ele, olha o jeito que ele fala, o jeito que age, as roupas, os ...
— Ai, os kit que eu tenho não foram com seu salário - Léo diz e todo mundo ri.
— Filha, me escuta...
— Não, quem vai me escutar é você. Você tá com raiva, tá confuso e eu sei que não é isso que você quer pra mim, mas é o que eu quero, ele quem me faz feliz e não adianta você tentar bater de frente, sabe que não vai dar certo pai, a gente vai continuar juntos você goste ou não, então é melhor você aceitar porque goste ou não, é o que vai acontecer.

Meu pai nos encara por alguns segundos e então vira as costas, indo em direção a porta da sala.

— Leonardo, vem comigo - Diz antes de entrar.