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POINT OF VIEW LEOZIN

Estávamos voltando pra casa dela cantando e conversando sobre coisas aleatórias, até começar a tocar Se tiver aqui do Chris.

— PARA - Ela disse e eu parei o carro.
— O que? - Olhei pra ela.
— Não era o carro - Ri - Mano, você não tem noção de como eu amo essa música.
— É foda mesmo - Volto a dirigir.
— Você podia me apresentar pro Chris, né?
— Cê quer conhecer ele?
— Óbvio Leonardo - Ri - Suzy, Carol e eu somos apaixonadas nele.
— Então não vou apresentar não.
— Ué - Me olha - Porque não?
— Ainda pergunta? Cê acabou de falar que é apaixonada no cara.
— Ai besta - Ri - Como fã.
— Comigo também era assim, lembra?
— Mas é diferente - Ri.
— Sei.
Cê aguardando minha volta, eu nem sei se eu devo, lembra quando eu era um dos seus grandes segredos? Que contávamos as horas pra se ver nos dedos. Será que você ainda, cantarola meus medos? Eu preferi assim, os tempos são outros, ainda somos jovens mas não somos tão loucos, um dia ainda vamo rir disso tudo ou só rir disso tudo que a gente foi - Ela canta empolgada.
— Realmente, você gosta pra caralho - Digo e ela ri - As minhas você não canta animada desse jeito.
— É porque com você o negócio é beat lerdão, beat lerdão - Faz referência a minha batalha contra o RV.
— Você realmente via minhas batalhas?
— Qual a parte de "eu sou sua fã" você não entendeu? - Ri - Já deixei de sair pra ver batalha sua em live do Instagram.
— Para Maridu, é sério?
— É - Ri - Tava falando disso com a Carol e o João hoje.
— Deixou de sair com ele pra me ver batalhar?
— Aham - Ri.
— Que louca, se eu fosse batalhar contra ele, com certeza ia jogar isso na cara dele.
— Você é horrível - Ri.
— Lógico que não, se vale tudo eu vou falar sem dó.
— Você bem que podia ir batalhar terça, em?
— Faz tempo que não colo lá, tô sem tempo - Digo - Tô no estúdio ou tô com você.
— Eu não quero atrapalhar sua vida.
— Você nunca me atrapalhou - Olho rapidamente pra ela - Quer ir lá terça? Pelo menos pra gente ver.
— Quero - Se anima.
— Beleza então, vou falar com moleques pra gente colar lá.

•••

Estávamos chegando em frente a casa dela e quando eu parei o carro, o portão que era eletrônico foi aberto.

— Puta que pariu - Olha o carro que se aproxima de nós - Meus pais.
— Para, nem brinca - Digo.
— É sério - Ela ri.

O pai dela passou nos encarando enquanto manobra pra entrar na garagem.

— Desce que eu vou vazar - Digo e ela me olha.
— É sério?
— Não - Ri - Mas queria, e agora?
— Agora a gente sai do carro e vamos lá pra dentro.

E assim fizemos. Passamos pelo portão grande que estava se fechando e entramos na casa dela.

— Oi, oi - Ela disse.
— Oi, oi Leonardo - A mãe dela diz simpática.
— Opa - Sorri.
— Oi minha boneca - O pai abraça ela - Tava onde mesmo?
— Na Suzy - Ri.
— Ah - Me olha e estende a mão - E aí.
— E aí - Pego na mão dele.
— Vocês estavam na Suzy mesmo?
— Tava pai.
— E você trouxe ela? - Me olha.
— É, perigoso até Uber hoje em dia e como eu já ia passar por aqui, aí trouxe ela.
— E você é amigo da Suzy também?
— Sou e meu amigo namora com a Carol também - Explico.
— E esse carro é seu?
— É.
— E qual filme vocês viram?
— Invocação do mal e a freira - Falamos juntos.
— E de lá já vieram pra cá?
— Sim, deixamos a Carol e o namorado na casa dela e aí eu trouxe a Maria.
— Mas vocês estão namorando?
— Não pai - Maria diz - Para com isso.
— Só quero saber Maria Eduarda, esses meninos de hoje em dia não querem nada com nada.
— Mas cê pode ficar tranquilo, quando nós começarmos a namorar você vai ser o primeiro a saber - Digo e os dois me olham.
— Então existe a possibilidade de vocês namorarem?
— Com certeza - Digo.
— Maria...
— Eu não falei nada - Ela ri.
— Mas vocês estão ou não juntos?
— Sim - Digo.
— Não - Ela diz no mesmo instante.
— Sim ou não, Maria Eduarda?
— A gente tá ficando pai, meu Deus.
— Ficando? Dando beijinhos?
— É pai, só beijando, mais nada.
— Mas é sério isso?
— É - Digo - Só fico com ela e ela comigo.
— Então é namoro - Diz.
— Meu bem, deixa os dois em paz - A mãe dela sai da cozinha rindo - Janta com a gente, Léo?
— Não, obrigada.
— A gente já comeu - Maria diz.
— Comeu o que? - O pai dela pergunta.
— Lanche - Diz - Vou lá fora um pouco com o Léo, tá?
— Ué, pra que?
— Conversar.
— Conversa aqui.
— Pai, para - Ri - Já eu entro.
— Não entra tarde, você tem aula amanhã.
— Tá bom, tá bom - Abre a porta - Vamos Léo.
— Tchau gente - Digo pra eles.
— Tchau Léo, volta mais aí - A mãe dela diz.
— Pode deixar - Sorri.
— Tchau - O pai me olha sério.

Saímos da casa e entramos no carro.

— Mano do céu - Digo.
— Ele é assim mesmo - Ri - Mais com você tá um pouco pior, acho que por que ele sabe que eu sou sua fã e que você é famoso e tal, acha que é só pra foder.
Gata, eu quero mais do que isso com você - Canto.
— Eu amo essa música - Ri.
- Já esperava que você dissesse isso - Puxo ela e dou um selinho - É tudo uma questão de visão, sua roupa fica linda no chão.
— Para - As bochechas dela ficam vermelhas.
— Tá vermelhinha - Ri.
— Nem tô - Fica mais vermelha.
— Se eu disser mais alguma coisa assim você explode - Rimos.
— Cê para de graça, tá? Mas em, já que minha mãe chamou, porque você não aparece aqui amanhã a noite, pra jantar?
— Amanhã? Mas eles vão estar trabalhando.
— Exatamente - Ri.
— Eita safada, tá viciada em sexo.
— Eu não disse que era pra isso - Ri - Vou cozinhar pra gente.
— Vai, é?
— Vou, o que você quer comer?
— O que eu quero comer não precisa cozinhar não - Digo.
— Sushi? - Ri.
— Besta - Dou outro selinho nela - Pode fazer qualquer coisa, eu como.
— Então tá - Sorri - Vou entrar.
— Vai não - Beijo o pescoço dela.
— Vou sim.

Puxei ela pra um beijo e aquele negócio de que "casal só pode dar selinho, porque se der beijo de língua já quer transar" tava sendo bem real. Desci minha mão até a buceta dela e massageei por cima do short.

— Para Léo - Ri - Tá doido?
— Doido pra transar - Beijo o pescoço dela.
— Amanhã - Me olha.
— Vou cobrar.
— Pode cobrar - Me dá um selinho - Tchau.
— Tchau gostosa.

Ela desceu do carro e jogou um beijo no ar antes de entrar, então eu liguei o carro e fui pra casa.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora