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POINT OF VIEW LEOZIN

— Não - Se afasta.
— Só um bei ...
— Você entendeu o que eu disse? Não Leonardo, eu não quero te beijar, não quero você perto de mim, não quero te ver mais, nem te ouvir mais - Ela se levanta rápido - Fica longe de ...

Antes que ela terminasse a frase, os olhos dela fecharam e ela desmaiou. Quando percebi que o corpo dela estava caindo me estiquei pra pegá-la.

— Thiago - Grito - Krawk... alguém.

Pego ela no colo e saio pra fora da casa, enquanto eles estavam vindo de encontro a nós.

— O que foi? - Suzy pergunta.
— Ela levantou rápido demais do sofá, acho que ficou tonta e desmaiou - Explico - A gente precisa levar ela pro hospital.
— Tá louco? - Goude diz - Ela tomou lean cara, se fizerem exames nela... A Maria é menor de idade.
— É verdade, vão chamar os pais dela e vai dar b.o pra gente - Krawk completa.
— Eu não tô nem aí, assumo a responsabilidade por ela, isso é o de menos - Vou com ela pra rua.
— Léo, eles tem razão - Suzy se aproxima de mim - Ela tá com raiva de você, mas não significa que queira o seu mal, ela jamais ia deixar você fazer uma coisa dessas.
— Mas Suzy...
— Já sei - Carol diz - Coloca ela no carro e vamos.
— Pra onde? - Pergunto.
Pra casa do Victor.

•••

Fui dirigindo até lá. Fael estava na frente comigo e Carol atrás cuidando dela. Ora ou outra Maria soltava um gemido fraco, talvez de dor, não estava mais desacordada. Paramos na frente da casa dele e rapidamente Victor correu até o carro, Carol já tinha avisado que estávamos indo.

— O que aconteceu exatamente? - Tira ela do carro.
— Ela tomou lean, passou mal e sei lá, parece que levantou muito rápido e desmaiou - Carol explica.

Victor, assim como a Bruna, eram estudantes de medicina. Achamos melhor pedir ajuda pro Victor do que pra irmã dela, pra não correr o risco de que os pais dela descobrissem.

— A pressão deve ter baixado - A deita no sofá - Era com codeína pura ou derivado?
— Codeína pura - Explico.
— Meu Deus - Mede a pressão dela - Maria, conversa comigo.
— O que? - Ela diz baixinho.
— Não dorme não, por favor - Pede - Eu vou fazer um soro caseiro pra você tomar, tá? Alguém senta aqui pra apoiar a cabeça dela.

Carol sentou no sofá e fez o que ele foi, então ele entrou em outro cômodo da casa que eu julguei sendo a cozinha.

— Puta merda - Fael diz - Porque ela tomou se sabia que passava mal?
— Pra deixar o Leonardo irritado - Carol diz.
— Mano, olha como ela tá, pra que fazer isso? Meu Deus - Ele diz.
— Essa é terceira vez que ela toma, das outras duas vezes ela ficou a noite toda passando mal, mas não desmaiou nem nada - Digo - Só que desde a primeira vez eu pedi pra ela não beber, na primeira vez ela quis experimentar, na segunda vez foi porque achou que não ia dar nada e agora... Minha culpa mano.
— Não foi sua culpa cara - Fael diz - Relaxa.
— É, não foi sua culpa - Carol diz - Não totalmente.
— Amor...
— Não Rafael, ela tomou sim pra deixar o Léo nervoso, mas nada disso teria acontecido se você não tivesse feito o que você fez.
— Carol, eu não fiz por maldade, jamais faria qualquer coisa pra magoar ela.
— Tem certeza? Porque quando você tava com a boca na daquela garota, eu acho que não pensou na Maria.
— Amor, já chega - Fael pede - Por favor, a gente tá aqui pra ajudar a Maria, mais nada.
— Você tá protegendo porque é seu amigo Rafael e eu só quero defender a minha amiga, a Maria não merece nada disso.
— Eu sei, mas...
— Deixa ela falar Fael, tá com raiva de mim e eu não tiro a razão dela.
— E não tem que tirar, eu não tô errada e além do mais ...
— Carol - Maria diz -  Para, por favor.
— Mas amiga...
— Por favor, ele já sabe tudo o que eu penso e tudo o que eu queria falar pra ele, já falei - Tenta se levantar - Minha cabeça tá doendo muito.
— Fica deitada - Carol diz.
— Se eu ficar deitada vou dormir - Ri fraco.
— Aqui, bebe - Victor entrega o copo pra ela.

Ela dá um gole no soro e faz uma careta.

— É horrível - Diz.
— Melhor que do que ficar passando mal.
— É, isso é verdade - Sorri.

•••

— Obrigada - Ela abraça o Victor.
— Não foi nada, agora tenta descansar, tá bom?
— Mas é sério, a gente não tava mais se falando e ...
- Maria, esquece - Sorri - Depois a gente fala sobre isso.

Ela o abraçou e então entrou no carro. Carol e Fael se despediram dele e entraram também.

— Eu sei que a gente não se dá muito bem, mas valeu por ajudar ela cara.
— Eu fiz por ela, não por você.
— Eu sei que não, mas ...
— Eu só não vou quebrar a sua cara em consideração a Maria, mas escuta o que eu tô de falando - Me olha - Se afasta dela, ela não merece sofrer, ainda mais por causa de um babaca feito você.

Não disse mais nada, entrei no carro e logo estávamos indo pra casa do Fael, eu iria deixar a Carol e ele lá e depois levar a Maria.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora