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• POINT OF VIEW LEOZIN •

Cantamos a última música e saimos do palco. Vi minha mãe conversando com um dos organizadores, mas a Maria não estava com ela. 

— Mãe, cadê a Maria? - Pergunto.
— Saiu com um menino pra lá, disse que ia no banheiro - Aponta em uma direção.
— Que menino?
— Não lembro o nome dele, é da 1Kilo.
— Será que era o ... - Krawk começa a dizer mais não completa a frase.
— Ela não é nem louca de ter feito isso.

Caminhei na direção em que minha mãe indicou e Krawk me seguia. Durante o caminho parei pra tirar foto com algumas pessoas, mas ainda sim olhando pra todo lado procurando ela.
Andamos mais um pouco, até sair da estrutura e darmos de cara com os fundos do local. Era uma área aberta onde haviam vários grupos de pessoas espalhados, alguns rimando, bebendo, conversando. Peguei o celular e liguei pra ela. Chamou por três vezes e então alguém atendeu.

— Eai Leozin, os kit que eu tenho não foram com o seu salário - Era homem.
— Quem tá falando e cadê a Maria?
— Te falo se você adivinhar - Ri.
— Mas se eu adivinhar, cê não vai precisar falar, né idiota? - Digo - Pela burrice já até sei quem é - Ri - Cadê vocês?
— Olha pra trás.

Olhei na direção indicada e avistei eles. Desliguei a chamada e fui até lá.

— Tu me chamou de burro ou eu que não entendi? - Knust pergunta me cumprimentando.
— Fica no ar - Ri - Amor, podia ter me esperado.
— Desculpa - Me abraça - Mas acabamos de vir aqui pra fora, queria fazer xixi - Ri.
— Fez?
— Não, não achamos banheiro - Ri - Parabéns, cê foi incrível lá.
— É porque você ta aqui, me motiva mais.
— Awn, que nojo - Knust diz.
— Cadê o resto dos caras? - Pergunto.
— Camarim - Diz - Tava um saco, fui lá ver vocês no bate e volta e encontrei essa coisinha lá do lado do palco.
— Melhores amigos agora, é? - Krawk pergunta.
— Sim - Ela estende a mão pro Knust.
— Não gostei disso não - Krawk diz - Pode sair fora que você era minha amiga antes dele.
— É porque é fácil espancar ele, consigo fazer isso rindo e me sinto foda - Ela diz.
— É verdade - Knust concorda - Ué, tá me ofendendo?
— Fica no ar - Diz rindo.
— Ô arrombado, tava te caçando - CT aparece do nada.
— Tava com a Maria - Diz
— E aí gente - Cumprimenta o Krawk e em seguida a mim.
— Oi zoiudinho - Maria diz e eles se abraçam.
— Pode parar - Krawk diz - Me trocando pelos cara que fala biscoito - Tenta imitar o sotaque deles.
— Vamo lá pra dentro, já a gente vai subir no palco - CT diz - Vamo com a gente pro camarim, ficar de boa lá.

Entramos novamente no espaço do evento e caminhamos conversando pelo corredor.

— Olha, é o Leozin playboy mais polêmico que fala da mãe dos cara - Um cara diz com tom debochado e o amigo dele ri.
— Coé, cê tá ... - Começo a dizer mais a Maria entra na minha frente.
— Playboy mais polêmico, mais maduro, mais inteligente, menos clichê, o melhor da nova geração e cuidado que LK tá chorando até hoje, viu? - Diz encarando o cara - Isso aí tudo é inveja só porque um vai tomar no cú que ele diz, faz mais sucesso que qualquer A que sai da tua boca? Ou é pelo fato de o que ele tem de rima boa, ele tem de dinheiro?

Os caras se olharam e então saíram. Maria voltou a andar e nós quatro ficamos parados tentando digerir o que tinha acontecido.

— Vocês vão ficar aí? - Ela olha pra trás.
— Caralho Maria - CT diz rindo - Essa porra doeu até em mim.
— Ué, não disse nada de mais - Ri.
— Mano - Vou até ela - Eu te amo pra caralho.
— Também te amo - Sorri - Agora vamos que se não eu vou fazer xixi na roupa.

Voltamos a caminhar pelo corredor até chegar na área dos camarins. Knust passou na frente, sendo seguido pelo CT, depois a Maria e então Krawk e eu entramos. Cumprimentamos todos os caras e então a Maria ficou parada em frente a porta do banheiro, esperando pra entrar. Sentei em uma das poltronas que estavam ali e comecei a conversar com o Pablo. A porta do banheiro foi aberta e então Baviera saiu de lá, parando de frente pra Maria e ficou encarando ela. Me levantei e senti alguém segurar meu braço, mas puxei com força e fui até lá.

— Tá com algum problema? - Pergunto.
— Nenhum - Ele me olha.
— Então sai do meio que ela quer passar, não tá vendo?
— É, tô vendo - Ele olha pra ela de novo.
— Você realmente não aprende né mano? O que rolou lá em São Paulo não foi o suficiente?
— Eu tenho um show pra fazer cara, me deixa em paz - Diz.
— Então deixa a minha namorada em paz, para de comentar as fotos dela e de ficar olhando desse jeito pra ela.
— Eu não tenho culpa se ela é gostosa pra car...

Ele não precisou terminar a frase, o soco que ele levou na boca o interrompeu, mas não tinha sido eu.

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora