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• ALGUNS DIAS DEPOIS: RETORNO AO BRASIL / VIAGEM AO URUGUAI •
• POINT OF VIEW MARIA •

— Finalmente - Digo - Posso reclamar o quanto for, eu ainda amo esse país.
— Né? - Suzy ri - Tava sentindo falta.
— Eu não - Carol diz - Só tava com saudade mesmo do...

Ela para de empurrar o carrinho com as malas dela e corre, então olhei pra onde ela foi e vi o Fael. Eles se beijaram e se abraçaram por um tempo enquanto nós nos aproximamos.

— Que lindos - Digo rindo.
— Oi Maria - Ele me abraça - Oi Suzy - Faz o mesmo com ela - Tem gente aqui pra ver vocês também - Ri.
— Quem? - Pergunto.

Ele vira de costas e indica com o dedo um grupo de pessoas mais a frente. Lá estavam meus pais e os dos meus amigos e ao lado tinha um outro grupo que conforme cheguei mais perto pude ver quem era.

— Mentira - Solto a minha bolsa de mão e abraço Krawk e o Thiago juntos.
— Eu disse que viria - Krawk diz.
— Mano, que saudade Maria, vai tomar no cu - É a vez do Thiago falar.
— Eu também tava - Continuamos abraçados.
— Oi crush - Reconheci aquela voz fina e comecei a rir.
— Oi crush - Me solto dos meninos e abraço o Noventa - Mentira que cê veio, não acredito mano.
— Eu disse que ia vir também - Me ergue do chão - Mó saudade, tá louco.
— Né? - Me solto.
— Será que você pode me dar um abraço? - Era minha mãe.

Me soltei do Noventa e abracei ela e meu pai ao mesmo tempo. Ficamos ali juntos e então alguém abraça a gente, senti o perfume e percebi que era minha irmã.

— Que saudade de vocês - Digo.
— E a gente também tava - Minha mãe diz.
— Foi tudo certo? Vocês estão bem? - Meu pai pergunta.
— Tudo ótimo - Digo rindo.
— É, foi bom mesmo - Minha irmã concorda.

Falei com os pais das meninas e dos meninos também, então nos despedimos pouco a pouco até que só ficou a minha família e meus amigos.

— Então vamos, né? - Meu pai diz.
— Maria, vamos com a gente? - Thiago pede.
— Eu posso? - Olho pro meu pai.
— Ah - Ele encara os meninos por alguns segundos e depois me encara.
— Por favor.
— Vão deixar ela em casa? - Pergunta.
— Vamos bem atrás de você - Krawk diz.
— Então tudo bem  - Sorri.

Minha irmã e meus pais sairam na frente e nós ainda ficamos parados ali.

— Vamos? - Pergunto.
— Tem que esperar o Goude - Noventa diz.
— O Goude tá aqui? - Ri.
— Tá no banheiro - Thiago diz revirando os olhos.
— Vamos sentar ali - Krawk aponta pras cadeiras.

Caminhamos até lá e começamos a conversar sobre a minha viagem e sobre a vinda do Noventa pra cá. Cerca de dez minutos depois o Goude aparece.

— Oi Maria - Diz rindo.
— Oi meu Gordinho - Abraço ele.
— Mó saudade.
— Também tava - Ri.
— Agora a gente pode ir, cagão? - Krawk pergunta.
— Então - Começa a dizer - O Léo disse que tá aqui no aeroporto já, que só ia despachar a mala e vinha falar com a gente.
— Ele vai viajar agora? - Thiago pergunta.
— É ué - Ri - Cê não sabia?
— Não que seria hoje - Diz - A gente nem tá trocando idéia direito.
— Porque não? - Pergunto.
— Porque... - Ele começa mas Krawk o interrompe.
— Por causa daquilo ali - Indica.

Olhei pra onde os quatro estavam olhando e então eu o vi e ele estava com alguém, uma garota. Era a Rafaella. Os dois se aproximaram devagar e eu tentei ao máximo parecer simpática apesar de estar assustada.

— Eai gente - Ele diz.
— Eai - Falamos juntos.
— Oi gente - É a vez dela falar.
— Oi - Falamos juntos também.
— E aí Maria, como foi a viagem? - Pergunta.
— Legal - Digo olhando pra mão dos dois entrelaçadas e depois pra ele.
— Ué Noventa, quando cê chegou? - Pergunta.
— Hoje - Ri - Sete da manhã, aí o Krawk foi me buscar e a gente veio pra cá.
— Ah, mas cê veio pra fazer alguma coisa? Algum projeto?
— Não, só pra ver a Maria mesmo - Me abraça - Mó saudade.
— Eu também tava - Digo rindo.
— Aliás - Thiago diz - O que a gente vai fazer hoje?
— Eu só quero dormir, tô exausta.
— Ah não Maria, vamos fazer alguma coisa, na moral - Diz.
— A gente podia sair pra comer e depois ir pra sua casa, em? - Krawk diz pro Thiago.
— Cêis nem sabe o que eu tô com vontade de comer - Digo rindo.
— O que? - Goude pergunta.
—  Um hambúrguer e meio com...
— Cala a boca Krawk - Digo e eles começam a rir, exceto pelo Léo e a Rafaella que apenas observam - Pão de queijo daquela padaria lá perto da casa do Trunks.
— Nossa, bem específica a sua vontade - Thiago diz rindo - Tá grávida.
— Teu cú - Digo.
— A gente tomou café lá ontem - Rafaella tenta entrar no assunto.
— Muito bom lá, né? - Falo com ela.
— Aham - Concorda.
— Ué Maria, mas como cê sabe dessa padaria? O bagulho é longe da sua casa e ... Ah, entendi - Krawk fala e começa a rir.
— Vamos gente? Quero tirar essa roupa.
— Vamos que eu vou te ajudar - Noventa diz rindo.
— Você e o Trunks estão com muita gracinha pro meu lado, em? - Digo.
— Eu tava na fila antes - Diz e todo mundo rir.
— Pega o talarico - Goude diz.
— Cala a boca Goude, na moralzinha - Thiago pede - Bora lá gente.

Um a um fomos nos despedindo do Léo e da Rafaella. Na hora de falar com ela, pensei em toda a raiva que ela me fez no aniversário do Goude e fiquei com vontade de dar um tapa na cara dela, mas eu não ia dar uma de ex surtada aqui, então estendi a mão pra ela que ao invés de apertar, me puxou pra um abraço.

— Eu disse que ele sempre voltava pra mim - Fala baixinho.

Não falei nada, apenas me afastei, mais Thiago estava bem do nosso lado e fechou a cara na hora.

— Fica quieto - Pedi.
— Mas...
— Por favor - Apertei a mão dele.

Assim que Goude se soltou do Léo e pediu tudo que queria que ele trouxesse, foi a minha vez de despedir dele.

—v Tchau - Estendi a mão.
— Nós íamos ser amigos, lembra? - Me encara - Amigos se abraçam.
— Ah, tá bom - Disse meio sem jeito.
— Então eu posso? - Abre os braços.
— Tá bom - Digo.

Cheguei perto dele e então nos abraçamos. Foi involuntário, mas no mesmo instante eu ajeitei minha cabeça no peito dele e fechei os olhos, aquilo era tão bom. Ele passou as mãos nas minhas costas bem devagar como se me pedisse calma. Ergui o rosto e apoiei o queixo no peito dele e o encarei, então ele olhou pra mim e sorriu.

— Ai ai - Krawk diz rindo.
— Vamos então - Me soltei dele.

Demos um tchau geral e então seguimos em direção a saída. Dei uma última olhada pra trás e eles estavam abraçados.

— Eu ouvi, tá? - Thiago diz.
— Ouviu o que? - Noventa pergunta.
— Nada - Falo rápido.
— A Rafaella falou pra Maria que o Léo sempre volta pra ela - Thiago conta.
— Mentira - Krawk para de andar.
— Verdade - Olho pra ele.

Ele entrega a minha mala de mão pro Goude e simplesmente volta em direção a onde nós estávamos.

— Krawk, não - Vou atrás dele.
— Eu tô de saco cheio dessa palhaçada, Léo não ama ela mano, pra que ficar nessa? - Continua andando.
— Eu que terminei com ele - Digo.
— Não interessa Maria, você também ama ele e agora era pra você descer de um avião e entrar no outro pra ir pro Uruguai, mas quem tá indo é ela.
— Deixa eles - Tento alcança-lo.
— Ela não vai ficar debochando de você não, o debochado aqui sou eu.
— Por favor, por mim - Peço.

Ele para de andar e me olha. Segurei na mão dele e dei um sorriso, tentando puxar ele de volta pra fora.

— Que que tá pegando? - Leonardo pergunta.

Quando percebi, estávamos parados bem perto das cadeiras de espera, onde estávamos minutos atrás conversando.

— Nada - Digo - Ele achou que tinha esquecido o celular aqui, mas tá com ele.
— É mesmo? - Me encara.
— Aham - Aperto a mão do Krawk - Tchau.

Não deixei que eles respondessem e saimos de novo. Entramos no carro e logo estávamos a caminho da minha casa, então meu celular vibra indicando uma nova mensagem.

Leonardo Dias 😐

já te falei
você pode mentir pra qlqr um
menos pra mim

𝙨𝙚𝙪𝙨 𝙨𝙞𝙣𝙖𝙞𝙨 🥀• leozin mcOnde histórias criam vida. Descubra agora