Capitulo 9

256 15 2
                                    

 Bem, eu sei que pode ser pedir muito, mas é algo simples e rápido. Eu apenas queria que vocês às vezes comentassem com a vossa opinião ou simplesmente votassem, porque, quer acreditem quer não, às vezes um voto a mais significa muito para nós e eu sei que todas as escritoras sabem ao que eu me refiro. Por fim, espero que gostem deste capítulo.

 

 Por momentos pensei em Harry.

 Isto certamente era um aviso. Certamente aquela sombra veio avisar-me que eu ainda não me livrei dela e que não posso andar na rua durante horas, quando há mais pessoas à minha volta.

 E se isto se tornar mais grave e tiver de me isolar de tudo, novamente?

  “Eu não sou maluca. Eu não sou maluca” digo com as minhas mãos a agarrar em alguns fios do meu cabelo, abanando negativamente a minha cabeça de olhos fechados, de modo a não ter de ver aquilo que me persegue.

 “Não sou” grito o mais alto que posso, batendo com as mãos no colchão e abrindo os olhos, à espera de a ver, mas sem sucesso

 Suspirei, um suspiro que não sabia que guardava. Mas então o som repetiu-se.

 Olhei para a parte de fora do meu quarto. Era de lá que o som vinha.

 Eu sabia a que iria ver, sabia o que iria acontecer, mas e se eu agisse de maneira diferente? Talvez assim também fosse tudo diferente.

 Saí do conforto do meu colchão e movi o meu corpo em direcção à saída do quarto.

 Quando me encontro no corredor, olho para tudo à minha volta. Nada.

 Ouço aquilo novamente. Vinha do lado oposto às escadas.

 Segui então pelo meu lado direito. Os meus pés andavam sobre a longa e áspera carpete vermelha que cobria o chão. Sempre que passava por uma porta, olhava para ela, na esperança de ver algo.

 Quando chego ao final do corredor, fico de frente a uma grande janela e a um pequeno móvel. Perguntava-me onde estaria ela.

 Ouvi novamente o som, vinha de trás de mim. Segui-o e parei na primeira porta do meu lado esquerdo. O quarto dos meus pais. Ou talvez ex quarto.

 Agora percebia o porquê de antes ter ido até ao fundo do corredor, era lá, no móvel, que se encontrava a chave deste quarto. Mas como é que ela sabia disso? Será que ela já me perseguia há mais tempo e eu não tinha reparado?

 Observo tudo ao meu redor. Eu estava realmente assustada e viver sozinha nesta enorme casa não ajudava.

 Fui até ao móvel. Abri a gaveta do meio e, debaixo de vários pepéis, retirei a chave. Tivera-a guardado ali, já que ninguém entrava naquela divisão da casa deste o fim de minha mãe.

 Quando tenho o pequeno objecto de metal na minha mão, fecho a gaveta e coloco-me de novo à frente da porta do quarto. Ponho a chave na fechadura e rodo-a lentamente.

 Ouço o trinco sinalizar que a porta se encontrava destrancada.

 Respiro fundo. Eu não entrava naquele sítio há dois meses, que mais me pareciam dois anos. Eu sabia que quando passasse para lá da porta, eu não iria conseguir conter as minhas emoções.

 Rodei a maçaneta e, hesitante, abri a porta. Deparo-me então com o quarto. Nada mudara, estava exactamente igual à última vez que o vira.

 Dou os meus primeiros passos e aquele som repetiu-se. Guardei as lágrimas que queriam sair ao lembrar-me de todas as lembranças que tinha de mim com minha mãe, e concentrei-me apenas numa coisa. A sombra.

The Shadow-HauntedOnde histórias criam vida. Descubra agora