Capitulo 20

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Após cerca de duas horas, o filme acabara e os meus olhos encontravam-se completamente molhados, podia até senti-los vermelhos de tanto chorar.

  Sempre fora uma pessoa bastante sensível e este filme sempre me fizera chegar ao ponto de soluçar de tanto chorar, apenas no seu final.

  Era tão duro uma pessoa ter de se separar de outra que tanto ama sem ter feito nada de errado durante todos os seus anos de vida, apenas porque tudo era injusto.

  Levantei-me do sofá e caminhei até à casa de banho do mesmo piso.

  Lavei a cara e sequei-a em seguida.

  Era tão estúpida. Estava a chorar por causa de um filme, por causa de algo que não me acontecera a mim mas apenas a pessoas fictícias.

  Encaminhei-me de novo até à sala e olhei para o relógio pendurado numa das paredes do mesmo. Este marcava as 19:15h.

  Não tinha nada para fazer, por isso decidi ir até à cozinha para começar a preparar o jantar.

  Minutos depois, apenas me restava colocar o comer no forno e esperar que este estivesse pronto.

  Programei o forno para que este desligasse 15 minutos depois e fui até ao piso de cima, para puder tomar banho.

  Na casa de banho, liguei a água quente da banheira, à espera que esta aquecesse.

  Enquanto isso, coloquei toda a roupa que me cobria num cesto que se encontrava num dos cantos da divisão, entrando em seguida dentro da banheira.

  Peguei no chuveiro e elevei-o no ar, de maneira a que a água molhasse todo o meu corpo.

  Passei champô e gel de banho nos seus devidos sítios, acabando por me enxaguar.

  Sequei todo o meu corpo e coloquei as toalhas, naquele momento molhadas, no toalheiro.

  Deixei que um robe branco de pelo que se encontrava atrás da porta desliza-se pelos meus braços e apertei-o de modo a tapar-me.

  Sequei o meu longo cabelo e saí da casa de banho, atravessando o corredor até ao meu quarto.

  Aí, vesti o meu pijama e voltei na calçar as minhas pantufas, que deixara na casa de banho.

  Desci as escadas, de novo até ao rés-do-chão.

  Na cozinha, pude observar que o forno já se encontrava desligado. Abri o mesmo e coloquei o jantar numa travessa.

  Coloquei a mesa apenas para uma pessoa, eu, e servi-me, começando a comer.

 Começava a tornar-se quase insuportável viver sozinha numa casa tão grande e até mesmo viver sem ninguém com quem conversar.

  Teria de aprofundar as minhas buscas por uma pequena casa no meio da cidade. Seria ótimo se encontra-se uma perto de Westgate Shopping.

  Após acabar de me alimentar, arrumo a minha louça na máquina de lavar louça e coloco a travessa ainda com alguma comida dentro do frigorifico.

  Saio da cozinha e segundos depois posso encontrar-me entre a sala e a sala de jantar.

  Olhava para o escritório de meu pai e pensei que pudesse procurar por uma casa online.

  Aproximo-me da porta de madeira do local da casa e abro-a, lentamente e até hesitante.

  Lembro-me das poucas vezes que entrara naquele sitio, era aquele em que meu pai se encontrava mais tempo, quando estava em casa.

  A primeira foi com 5 anos, quando queria desesperadamente uma boneca e a minha mãe dizia que não me iria comprar o brinquedo.

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