Capitulo 26

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  Observo um homem vestido de uma maneira em parte clássica, com uma pasta debaixo do braço esquerdo, caminhar na minha direção.  

  “Senhora Morison?” ele pergunta quando se encontra à minha frente

  “Eu mesma” estendo a minha mão e ele aperta-a em cumprimento

  “Podemos ir então até à casa que referiu?”

  “Sim, por favor” sorrio

  “A senhora tem carro ou precisa de boleia?” ele pára o seu caminho, possivelmente até ao carro, talvez por perceber que certamente eu não tinha um

  “Se não se importar, agradecia boleia” sorrio nervosamente

  “Claro” ele retoma o seu caminho, ao que eu o sigo

  No caminho, passamos por uma longa estrada, composta por carros em ambos os lados da mesma em frente a várias casas germinadas, e o veículo pára no fundo da rua. Saímos do mesmo e o homem contorna o carro até estar ao pé de mim.

  “É esta aqui” ele aponta para a casa de esquina

  Andamos até ficar de frente à habitação, ainda na zona do passeio, e posso de imediato ter a visão da mesma.

  Ela era bastante bonita, assim como as fotografias que vira na internet tiveram aparentado.

  À minha frente, havia uma espécie de caminho em castanho claro até à garagem. Ao lado do mesmo, relva preenchia o chão. Havia uma alta árvore, a única na parte da frente da casa, com um pequeno baloiço pendurado na mesma e algumas flores cresciam aqui e ali no verde que coloria aquele espaço.

  A casa era em tijolo castanho claro, apesar de um pouco mais escuro e vivo que o do chão, e era como que partida em duas.

  Do lado esquerdo, havia a zona de entrada, onde quatro colunas brancas seguravam um telheiro em telhas castanhas bem escuras, que davam de cobertura para a mesma. A porta era em castanho escuro, e do seu lado esquerdo estavam duas grandes janelas, que ocupavam quase toda a parede.

  Superiores ao telheiro, estavam mais três janelas e o final do telhado formava um pequeno v ao contrário, bem bicudo.

  Na outra parte, e ao lado da porta de entrada, estava a referida garagem branca, e por cima da mesma, duas janelas diferentes às que se encontravam ao lado. Todas as janelas tinham 8 pequenos quadrados no desenho do vidro das mesmas.

  Duas grandes árvores cobriam as partes dos cantos da casa, na sua parte de trás.

  “Vamos entrar” ouço a voz masculina ao meu lado e começo a andar em direção à porta principal

 

  O homem retira da sua pasta uma chave que serve de abertura para a porta. Ele dá-me prioridade para entrar e eu agradeço.

  Passo por um pequeno hall de entrada quadrangular, que me dá visibilidade para já alguma parte da casa, e no qual se encontra uma escadas à frente da porta, na zona da direita.

  Caminho e entro numa outra divisão um pouco mais rectangular, que calculava ser a sala. Era maior do que o que pensara. Sigo o homem da imobiliária, até a um pequeno corredor que havia atrás da suposta sala.

  Uma porta de vidro, apesar de composta também por madeira castanha escura, no fundo do corredor, é aberta e posso encontrar aquela que era a cozinha, pela bancada que percorria uma das paredes laterais e o fogão eléctrico que aí se encontrava.

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