Capitulo 38

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  Depois de me despedir de Niall, sigo até ao parque de estacionamento onde era habitual deixar o meu carro.

  “Blair” ouço alguém atrás de mim

  Viro-me para trás e posso encontrar Will a correr a pouca distância entre mim e ele.

  “Olá” ele sorri, um sorriso bastante bonito capaz de me mostrar os seus dentes perfeitamente alinhados

  “Olá” sorrio também e cumprimentamo-nos com dois beijos em cada bochecha

  Ele tinha uma camisa azul escura vestida e umas calças pretas justas às suas pernas e com uma dobra no fundo. Usava uma botas também pretas, altas, e no seu tronco tinha ainda um casaco azul, mas ligeiramente mais escuro que a camisa, aberto e do género de cabedal, com uma gola de pêlo preto puxada para cima de forma a tapar o seu pescoço quase todo.

  “Tudo bem contigo?” ele abafa o meu braço e ambos começamos a andar

  “Sim” em parte minto “E tu?” elevo o meu rosto, que encarava os meus pés, de forma a olhá-lo

  “Também” ele vira o seu rosto para mim e sorri-me

  Chegamos ao pé do meu carro pouco depois.

  “Tu queres vir comigo?” pergunto

  “Eu estava a pensar em apanhar um táxi, antes de te ver, mas sendo assim…” ele sorri, assim como eu

  “Entra” abro o veículo e Will passa na frente do mesmo, entrando em seguida

  Passados alguns minutos encontramo-nos em frente a minha casa. Saio do carro, assim como Will, e abro a porta traseira para tirar a minha mala que se encontrava no chão atrás do banco de condutor. Após agarrar a mesma, fecho o carro. Caminho até ao portão e abro-o.

  Já no jardim, espero Will que se encontrava a olhar algo na rua.

  “Vais entrar?” ele olha repentinamente para mim, um sorriso no seu rosto

  “É claro” ele entra, finalmente, sem antes olhar uma última vez para a rua

  Apesar de estranhar o seu comportamento, caminho ao longo da calçada até à porta principal. Ambos entramos dentro de casa. Tiro o meu casaco, colocando-o no bengaleiro, juntamente com a minha mala.

  “Se quiseres podes sentar-te” ofereço enquanto me preparo para acender a lareira

  Após fazer o mesmo, posso ver Will ainda de pé, atrás do sofá e apoiado nesse, enquanto me observa.

  “Está tudo bem contigo?” cruzo os braços

  “Sim. Eu ajudo-te a preparar o almoço” ele ergue-se e estica o seu braço, em forma de apelamento

  Dou de ombros e vou com ele até à cozinha, onde ambos começamos a preparar o nosso almoço.

  “Obrigada pela ajuda” pouso o tabuleiro, que me pesava, sobre a bancada da cozinha

  “Não tens de agradecer” ele acaba de colocar o último copo na mesa

  “Senta-te” ele assim o faz, assim como eu “Eu espero bem que esteja bom” temo enquanto ele leva uma garfada à boca

  Vejo-o mastigar a comida e a minha expressão demostra hesitação. Ele engole.

  “E então?” faço figas e ele ri-se ligeiramente

  “Blair, eu tenho muita pena mas…” eu arregalo os olhos e ele pára “Está ótima parva” ele ri-se e eu rolo os olhos, mas posso ouvir a campainha

The Shadow-HauntedOnde histórias criam vida. Descubra agora