Capitulo 12

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Leiam a nota do fim, é importante! Obrigada.

“É melhor eu ir abrir” a minha voz tremida pela proximidade do meu rosto do de Harry, enquanto falava

 Sinto os seus músculos do maxilar a contraírem-se mas este acaba por assintir, fazendo força com cada um dos seus braços ao lado do meu pequeno corpo, para se levantar.

 Lentamente ergo-me, sentando-me. Encaro Harry, que se encontrava na mesma posição que eu, apesar de este olhar atentamente para a carpete vermelha e preta, com as suas mãos coladas uma à outra apoiadas nos seus joelhos. O que é tinha acabado de acontecer? Foi como se eu não me tivesse apercebido dos meus próprios movimentos e só agora é que me tinha dado conta do que se tinha passado nos últimos minutos. Foi como se tivesse sonhado durante algum tempo. Suspiro e levanto-me do assento do sofá, dirigindo-me até à porta. Decido não ir até ao portão, por não saber de quem se tratava, e uso o interfone, colocando o objecto no meu ouvido.

  “Sim?”

  “Blair, sou eu, o Will. Desculpa o atraso” olho de imediato para Harry. Como é que eu me tivera esquecido do convite que fizera a Will?

  “Oh Will…” começo, tentando ganhar tempo para pensar numa desculpa

  “Posso entrar ou vais-me deixar a apanhar frio?” ouço o seu riso e decido que não tinha escolha

  “Claro, vou já abrir o portão” coloco o telefone no seu lugar e clico no botão do objecto fixo à parede

 Olho para trás e vejo Harry de pé, com as suas mãos nos bolsos das calças. Fico a olhá-lo, tentando arranjar alguma coisa para dizer.

  “Eu vou-me embora” o seu corpo caminha em direcção à porta atrás de mim.

 Quando ele estava prestes a abri-la, passando por mim, coloco a minha mão no seu peito, de forma a pará-lo ao meu lado. Ele roda a sua face, de modo a encarar-me e, mais uma vez, os nossos rostos encontravam-se a uma distância intimidante para mim.

 “Eu não me importo que fiques” a minha voz ainda sem estar no seu estado natural

  “Deixa estar, acho que vais ficar melhor com esse tal Will” ele foge do meu toque e abre a porta, ao qual aparece o Will.

 Rodo o meu corpo de modo a encarar ambas as pessoas ao pé de mim e posso ver o maxilar de Harry a contrair-se, novamente. Will estende a sua mão.

 “Olá, sou o Will”

 “Harry” o rapaz de caracóis diz, passando por ele em seguida e ignorando o seu gesto, tal como acontecera com o psicólogo.

 Will vira-se para ver Harry a caminhar sobre a calçada até ao portão e em seguida olha para mim. Encolho os ombros.

  “Entra” sorrio e dou-lhe passagem

  Fecho a grande porta branca e suspiro, encarando o chão, enquanto me perguntava o que possivelmente teria acontecido se Will não tivesse aparecido.

 “Passa-se alguma coisa?” ouço atrás de mim

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