Capitulo 17

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 O som do meu despertador acorda-me do meu descanso e eu abro os olhos, lentamente. Olho para o objeto de onde provinha a única luz no quarto, e este marcava as 7:30h.

 Marcara o mesmo para essa hora, por, logo depois de ir até ao cemitério, ter de ir para o meu “primeiro” dia de trabalho na SportsDirect.

 Já tomara um banho na noite anterior, de modo a poupar algum tempo.

 Empurrei os cobertores até ao fundo da cama, a muito custo, e levantei-me do conforto do colchão. Abri a janela.

 Espreguicei-me enquanto caminhava até ao guarda-fato, e enquanto isso esfregava os meus olhos devido ao contacto com a luminosidade, provinda das frechas da janela, com que estes se tiveram encontrado.

 Retirei do alto e grande móvel, umas calças de ganga e uma camisola de manga comprida preta. Na ponta da fila de cabides, pude encontrar os meus casacos, e escolhi um diferente do habitual. Era um casaco verde tropa, bastante simples, com dois bolsos, e o capuz era coberto de bastante pelo creme.

  Vesti a roupa que tirara, exceto o casaco, colocando a camisola para dentro das calças. Fui até à minha sapateira e tirei da mesma umas botas pretas, bastante simples também, apenas com algum salto, que me davam mais ou menos pela zona do joelho.

 Fui até à casa de banho. Lavei o meu rosto e penteei o meu cabelo, no qual dei alguns jeitos através do encaracolador. Depois do pequeno-alomoço lavaria os dentes.

 Caminhei até ao piso inferior.

 Enquanto descia as escadas, observava tudo em redor.

 Um enorme sentimento de medo apoderou-se de cada pequena parte do meu corpo. Os meus olhos direcionaram-se para todas as paredes e cantos por que passava, enquanto que a minha cabeça balançava descoordenadamente do primeiro piso para o rés-do-chão, uma e outra vez, à espera de ver aquilo que tanto me assustava e perseguia.

  Mas ela simplesmente não decidia aparecer. Porquê tudo isto? Porquê? Parecia que estas perguntas faziam cada vez mais sentido na minha cabeça.

  Eu começava a entrar num estado desesperado, eu precisava de saber o que era tudo aquilo que acontecia, ultimamente, em torno de mim.

  Coloquei-me, momentaneamente, numa das paredes laterais da sala de jantar, onde podia ter visibilidade de tudo à minha volta. Observei cada pequena, cada pequeníssima parte da casa, cuida e minuciosamente, mas mais uma vez encontrava-me completamente sozinha.

  Andei num ritmo vertiginoso até à cozinha, talvez com medo de que algo se apodera-se de mim, ou fizesse com que eu caísse no chão, tal como hospital.

  Já numa nova divisão, continuei a andar mais encostada à zona das paredes, observando tudo ao meu lado, mas principalmente atrás de mim. Era como se eu sentisse que algo me perseguia, para qualquer sítio que eu fosse.

  Se percorrer a minha própria casa da maneira que eu percorria era algo estranho e até mesmo inepto?

 Sim era, mas para as pessoas que me poderiam estar a observar naquele preciso momento, porque no fundo, aquela era a maneira que eu tinha de me salvaguardar, de fazer com que o meu medo diminuísse de certa forma, por saber que possivelmente nada me acompanhava naquele instante.

  Peguei num dos bancos de frente à bancada, e mudei-o para o outro lado da mesma, onde poderia ter a visão da porta e também de algumas partes do que havia para lá de tal.

  Em vez de comer cereais, decidi fazer uma torrada, acompanhada por algum leite.

  Cerca de dez minutos depois encontrava-me já de estômago cheio. Corri um pouco até ao andar de cima, novamente. Voltava a não tirar os olhos de nada.

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