Capitulo 31

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Leiam a nota final, por favor!Clico no botão ao lado do telefone e abro a grande porta à minha frente.

  O frio gélido da rua embate no meu corpo e eu sinto-me arrepiar instantaneamente. Sem dúvida que uma camisola de alças não era o mais apropriado para a temperatura ambiental em Oxford nesta altura do ano.

  Harry atravessa o caminho em calçada. Ele usava umas calças de ganga justas às suas pernas, uma camisola branca com algo que me parecia uma camisa aos quadrados vermelha e cinzenta por cima, e por fim um casaco curto, castanho e com pêlo da mesma cor mas mais escuro. Umas botas também castanho escuro estavam nos seus pés. Ele usava um colar em forma de cruz e na sua cabeça ele tinha uma bandana também castanha. Porque raio estava ele a usar aquilo? Isso não era propriamente usual num rapaz, mas apesar de tudo, o acessório ficava absolutamente bem a prender os seus longos cachos.

  Ele finalmente entra em casa.

  Consigo perceber que ele iria pousar uma das suas mãos na minha anca e em seguida chocar os seus lábios nos meus, como é habitual, mas eu não aguentava o frio que percorria todo o meu corpo.

 

  “Oh, ok…” ele afasta-se quando eu fecho a porta e ele se encontrava mesmo na entrada da mesma

  Riu-me da sua ação e, apesar de não voltar a ter o calor total em mim, já não era tanto o frio que sentia.

  “Desculpa” desta vez sou eu que coloco ambas as minhas mãos na sua cintura e ergo ligeiramente o meu rosto para o beijar

  “Acho que estás desculpada menina calorenta” ele pára por momentos o beijo, continuando o mesmo em seguida

 

  As suas mãos finalmente descansam em torno de mim e eu sinto mais algum calor percorrer o meu corpo.

  Deixo os seus lábios e agarro na sua mão, puxando-o para a sala.

  “Está realmente bastante calor aqui” ele larga a minha mão, ficando na ponta do sofá a tirar o seu casaco, enquanto eu me sento

  “Sim, eu hoje meti demasiada lenha na lareira por está mais frio que o habitual” explico

  Ele vai até ao hall de entrada onde arruma o seu casaco no bengaleiro e volta para o pé de mim, sentando-se a meu lado no sofá.

  “O que fazes aqui?” encolho-me em mim mesma, virando-me para o rapaz ao meu lado

  “Vim fazer-te um convite” ele sorri mostrando-me as suas covinhas

  “Oh a sério?” arregalo os olhos

  “Sim. Tu convidaste-me para almoçar, eu convido-te para jantares em minha casa. Aceitas?”

  “Aceito” sorrio “E gosto da ideia de ser em tua casa, assim fico a conhecê-la e para além do mais, acho que ultimamente ando a comer demasiado em restaurantes”

  “Ainda bem. Mas agora vai vestir-te ou ainda apanhas uma valente constipação, e para além do mais, eu tenho medo de como a minha casa possa ficar se eu tiver mais de 10 minutos fora” fico confusa com as suas palavras e a minha expressão deve demostrar o mesmo

  “Eu hoje tive companhia… e ela não é propriamente sossegada”

  Calma. Ela? Quem é a “ela” e porque é que ela tinha estado a fazer companhia a Harry?

The Shadow-HauntedOnde histórias criam vida. Descubra agora