Capitulo 34

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  Nice. Após um cansativo voo, de cerca de 2 horas, estava finalmente no meu destino.

  Depois de deixar o aeroporto da cidade, coloco-me na beira de uma estrada, à espera de um táxi, o qual minutos depois aparece. Entro dentro do veículo e dito ao taxista a morada do hotel onde me iria instalar durante aqueles dois dias.

  Meros minutos depois posso então apanhar de novo o ar frio da rua francesa, de frente a um dos hotéis que se situavam mais perto do aeroporto.

  A morte da minha mãe, a coma, ficar a viver completamente sozinha, com tudo por minha própria conta, um ser perseguidor, perguntas, um namorado e agora um fim-de-semana em Nice, pronta a descobrir algo.

  Respiro fundo.

  Os meus pés começam a percorrer o novo chão em calçada do piso da parte exterior do hotel, e as rodinhas da minha mala rolam pelo mesmo.

  Entro dentro do não muito grande edifício e posso observar de imediato a receção, da qual me aproximo e faço o meu check-in. Não escolhera um grande hotel, apenas um sítio onde pudesse dormir, pois aquilo que me trazia a Nice não era algo que necessitava de grande conforto e bens.

 

  Observo o meu redor. Havia um pequeno corredor mesmo à minha frente, onde do meu lado esquerdo se situava a casa de banho e do lado oposto um espelho alto. Mais à frente, chegava então à zona onde estava a cama que, neste caso, era de solteiro. Uma mesa de cabeceira do seu lado direito e um alto mas também limitado guarda-fato do lado esquerdo, junto á parede que fazia uma reta perpendicular à do corredor do lado da casa-de-banho, e ainda uma pequena janela no fundo do espaço, completavam o local.

 Deixo a minha mão da pega da mala. A diferença de horário de Oxford para Nice era de apenas 1 hora, o que não iria interferir nas minhas rotinas.

  Observo, assim, o meu relógio, que marcava as cerca de 23h, o que significava que em Nice eram naquele momento cerca de meia-noite.

  Lembro-me que teria de telefonar a Harry, e por isso apresso-me a fazê-lo.

  “Estou?” ouço

  “Olá. Já cheguei” informo

  “O voo foi bom?”

  “Cansativo, mas sim” respondo

  “Tudo bem. Vais já dormir?”

  “Sim, estou exausta” bocejo

  “Posso ver isso” ele ri e eu faço o mesmo

  “Até amanhã” falo, a minha voz a tornar-se fraca e ensonada

  “Adeus, amo-te”

  “Eu também te amo” sorrio

  A chamada é terminada e eu pouso o meu telemóvel na mesa-de-cabeceira.

  Abro a minha mala e de lá tiro o meu pijama. Troco de roupa e dobro a que me cobria anteriormente, colocando-a em cabides dentro do guarda-roupa.

  Agarro no meu pequeno estojo de objectos pessoais e vou até à casa-de-banho, onde posso lavar os dentes e a cara, acabando por me deitar pouco depois, adormecendo rápida e facilmente.

  A minha visão capta uma ligeira iluminação, algo desfocado. Forço os meus olhos, apesar de lentamente, a abrirem e posso ver que já a luz solar entrava entre as frestas dos estores do quarto.

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