Capitulo 64

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  O meu corpo estava dorido e pesado, quando eu sinto o mesmo cambalear em algum lugar. Quando deixo o meu estado inconsciente, sinto algo sobre os meus olhos, apertado na parte de trás da minha cabeça, assim como nas minhas mãos e pés. Novamente.

  Tinha a parte onde deitava todo o meu peso dorida e ao tentar virar-me para o lado gemo de dor. As dores não eram por um possível longo tempo que estivesse aqui, na mesma posição, mas por tudo aquilo que me posso relembrar acontecer. Sinto um nó no meu coração. Eu fui violada, agredida.

  O veículo está parado quando sinto alguém agarrar o meu corpo para cima. Sou levada pelo mesmo piso que hoje, ou talvez ontem. Podia ouvir mais passos atrás de mim, haviam mais mulheres a vir comigo, não era como da outra vez. Conseguia sentir a luz passar por baixo da fita, nós estávamos na rua, era óbvio. O meu corpo é virado.

  "Desce"

  Descer. Então se nós estávamos na rua e eu acabo de descer escadas, nós eramos aprisionadas... debaixo da terra? Assim ninguém nos conseguiria encontrar, se estivéssemos camufladas. E nós estávamos, certamente que com as árvores que eu senti à nossa volta seria difícil encontrar este lugar no chão.

  O piso é agora o cimento e eu paro, todos os outros corpos parecem fazê-lo. A corda nos meus pés deixa-me, assim como nos meus pulsos e por fim a venda. O meu olhar curioso planta-se nas mulheres a meu redor. Elas estavam com a roupa que usávamos aqui e quando dou por mim também eu estava assim. Algumas mal se aguentavam em pé e estavam marcadas. Então era mesmo isto, elas eram maltratadas por homens como eu fui. Sentia-me também mal fisicamente, todo o meu corpo estava dorido e andar era uma tarefa mais difícil. Agora eu conseguia entendê-las. Um homem agarra-me. Umas para a direita, outras para a esquerda, eu para a frente, sou a única. Esta sala é nova e diferente das outras. O espaço é escuro, apenas a luz de uma espécie de escritório a uns passos, no meu lado esquerdo, consegue iluminar o corredor. As paredes são, porém, de melhor aspeto.

  "Hey" um homem à umbreira da porta do escritório, paramos "Preciso que venhas comigo"

  "Não posso, esta arranjou problemas com o teste" eles descobriram

   "É rápido"

  "Não a posso deixar aqui assim"

  "Chama um segurança" o que está a meu lado assente

  Dirigimo-nos à porta metálica três passos atrás de nós e ele abre-a, chamando alguém. Para um segurança, ele não é tão intimidante quando aquilo que pensava. Era alto, mas não muito robusto. Ainda assim, era um homem de certo forte perante uma rapariga dorida, nunca poderia fugir por mais que quisesse.

  "Pode ir" ele diz e o outro afasta-se

  Encosto-me à parede do lado esquerdo, o homem não me olha enquanto se mantém firme em frente à porta, a olhar o nada à sua frente. Mexo-me um pouco para me confortar e o meu corpo bate ligeiramente em algo. Olho o segurança e ele não me está a vigiar. Um extintor. Eu podia usar isto, eu conseguia sair daqui assim. O meu coração acelera e eu coloco-me mais direita, observando o homem. O meu olhar desvia-se para o meu lado. Eu podia bater-lhe com o extintor na cabeça, isso ia deixá-lo inconsciente, mas antes disso tinha de distrai-lo para ter tempo para agarrar no material pesado. Tinha de usá-lo. O meu braço sobre ligeiramente e eu finjo coçar o meu ombro. Ele olha-me pelo canto do olho e logo volta a desprezar-me. Era agora. Num ápice agarro na mangueira e pressiono o gatilho. O homem vinha já na minha direção mas consigo libertar bastante conteúdo. Ele esbraceja e eu apresso-me a erguer o metal quando o atinjo na cabeça, fazendo-o cair no chão de imediato. Olho para todos os lados. Agora eu estava perto de ficar livre, mas o meu raciocínio parecia ter parado, eu não ia conseguir assim, não ia funcionar. Os homens no escritório, eu tinha de me livrar deles também e podia obter informações no local onde eles estavam.

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