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Senti minha perna se arrepiar no minuto que sua boca encostou na minha. Ele me segurava com força e com vontade e diferente da outra vez não era um beijo calmo, tinha desejo e era como se estivéssemos esperando aquilo a meses.

Ele me puxou mais ainda pra perto do corpo dele. Segurei por trás seu cabelo apertando e senti um sorriso se formar entre nossos lábios. Me pegou no colo colocando minhas pernas em volta do seu corpo e me virou pro lado da parede com força me encostando na parede.

Estávamos ofegantes e tudo que eu queria era que ele me fodesse ali mesmo. Desci de seu colo e ele começou a beijar minha nuca, estava tudo acontecendo tão rápido que eu não conseguia nem falar nada. O certo era interromper isso já que estávamos extremamente expostos.

Ele voltou a me beijar desacelerando o ritmo que íamos entrar. Demos um selinho e paramos.

- Melhor voltarmos, espero que ninguém tenha nos visto e agora é só fingir que nada aconteceu - Brinquei com ele.

- Não precisa fingir, linda, não pra nós - Assenti. - Ah, e sobre isso, contei pro João, sei que dissemos pra não contarmos pra ninguém, mas ele é meu brother - Senti um alívio na hora, não passaria como fofoqueira sozinha.

- Eu contei pra Karine e pra Mari. Agora é só aproveitar esse tempo que nos resta.

- Quem disse que eu quero? - Fiz careta e ele deu uma risadinha me dando um selinho.

Nos soltamos e ele foi na frente pra não deixar suspeitas. O bom disso é que eu não tinha obrigação nenhuma de ficar só com ele e nem de levar isso mais pra frente. Deus me livre, tô fora de rolos. Só em Porto mesmo que eu cometo essas loucuras que são loucuras só pra mim. Adoro uma não responsabilidade emocional.

Esperei uns cinco minutos e voltei também. O efeito do álcool já tinha passado desde o momento que começamos a nos beijar.

Cheguei e o pessoal ainda estava dançando e Mariana e João como sempre aos beijos. Reparei que Pedro não estava ali e quando procurei com o olhar, estava ele com Clara em um canto um pouquinho mais afastado na parede. Pareciam estar discutindo mais do que qualquer coisa.

- Vocês pensam que a gente não repara - Magalhães disse me tirando do meu transe. Karine parou ao lado dele. - O que? - Me fiz de desentendida.

- Você e Pedro - Olhei pra Karine a repreendendo, mas a louca estava fingindo que nem tava escutando. - Relaxa que não foi ela que me contou, eu vi quando fui atrás dele.

- Amiga, eu não pude fazer nada - Ela se defendeu.

- Tanto faz... Vou voltar pra lá. - Eu disse apontando com a cabeça pra Laura logo a frente.

Anunciei minha chegada chegando por trás e assustando Davi. Laura me puxou pra dançar. Eu não era muito fã de danças, mas não conseguia negar quando estou em uma festa com álcool na mente.

Já era final de festa e começaram a colocar músicas aleatórias.

- Safada, como é que tem coragem de falar na minha cara, que só faz comigo o que tu fez lá em casa - Caio cantou no meu ouvido - Tava lembrando de você em cima de mim. - Rocei meu corpo no dele e ele me virou pra um beijo. Só dei um selinho e me soltei.

Dei uma espiada por detrás da gente e notei que Pedro já não estava mais conversando e sim olhando pra cá.

- Ué, não vai me dar um beijo não?

- Poxa Caio, não se satisfaz mais com meu selinho? - Tentei desviar a vontade dele e foi sucesso, porque ele me puxou de novo pra um selinho e desistiu.

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