Meio de festa eu não tinha dado nenhum beijo na boca. Cabeça tonta, falas tortas e a carência batendo na porta. Todas as atrações já tinham tocado, e agora só estava no dj.
As meninas todas mortas, menos eu, Malu e Gabriela que continuávamos intactas. Dançando sem parar. Alguns dos meninos nos acompanhavam também.
— Eu não dei um beijinho na boca hoje! — eu disse fazendo beicinho pra Malu.
— Quer que eu resolva seu problema, amiga? — ela perguntou.
— Não, eu sei fazer minhas coisas sozinhas. — eu disse botando a mão na cintura.
Todos os bocós dos meninos estavam agarrados e o único que tinha me interessado além de estar agarrado ainda era um babaca.
Malu continuou rebolando aquela raba dela até o chão e eu só ficava ao lado me mexendo e sem parar de beber.
— Quer ajuda? — Luan perguntou ajeitando o copo que eu estava quase virando.
— Não quero sua ajuda! — eu disse puxando minha mão rapidamente e derramando bebida em mim. Bufei, e comecei a passar a mão pra secar.
— Mas pelo visto precisa. — ele disse tirando a jaqueta dele e me entregando.
— Você é muito bipolar! — eu falei forçando a vista, estava tudo girando.
Antes que ele pudesse responder Gabriela puxou ele pra um beijo. Continuei esfregando a jaqueta dele na minha blusa e depois amarrei na cintura.
Me joguei no sofá ao lado do Pedro. Sempre quieto e observador. E claro, sem saber disfarçar pra onde estava olhando.
— Ela é linda, né? — eu falei pegando-o de surpresa que levou um susto e disfarçou virando pra mim. — Pode falar, eu guardo segredos. Sendo bem sincera, a questão é que não vou lembrar de nada. — ele riu.
— Ela é, pena que é vacilona. — ele falou.
Não estava nem com forças de contestar nada. Sei que renderia uma bela de uma discussão já que eu a defenderia até o fim.
Continuei sentada olhando ela dançando com os meninos que ainda sobraram pra contar história. Mariana e João tinha desaparecido e todo mundo já sabia o final da história.
— Ó, vou levar essa galera aqui pra casa — ele apontou pras mocorongas e os meninos — Quando João aparecer fala que eu já volto.
- Malu -
— Não levou a mal caráter porque pra casa? — perguntei pro Bruno.
— Por que? Tá preocupada do Pedro ir sozinho com elas? — ele disse me provocando.
— Vai dar meia hora de cu na esquina, vai. — eu falei e ele me abraçou fazendo cosquinha. — Vou gritar, para!
— Acho que vou falar com Sarah. — ele falou.
— Eu como sua prima maravilhosa não posso de forma alguma deixar você cometer uma gafe dessa! — eu falei puxando ele pro canto.
— Por que? — ele me olhou confuso.
— Até agora você estava com Isabela a noite toda, aí porquê ela foi embora você vai atrás da garota? O que que ela vai pensar? — eu disse e ele me olhou pensativo.
— Merda, odeio quando você tem razão. — ele disse e eu mandei uma piscadela pra ele.
— Caralho gente, menos falação e conversas e mais beijos! — eu disse alto pra todo mundo ouvir.
— Beijar quem Maria Luiza? Todo mundo aqui é brother! — Bruno falou e eu dei de ombros. Luan me olhou sem graça, mas eu ignorei.
Virei o resto de whisky que restava no meu copo e fui dar uma volta lá embaixo. Conheci umas meninas e fiquei dançando com elas.
Uma menina se aproximou de mim e eu até preferi nem conversar muito. Ela me beijou e eu retribui de maneira rápida. Estava enjoada já dessa noite.
Larguei a menina, ele tentou puxar um assunto, mas nem dei atenção.
— Quando a vontade bater vou chamar pra foder daquele jeito que tu gosta, te boto de quatro, empina esse rabo, caralho gostosa lá vai piroca... — cantei rebolando até o chão.
Luan pigarreou do meu lado e eu olhei pra ele esperando que ele falasse algo. Dei um tchau pras meninas que eu estava dançando e puxei ele pelo braço.
Enfiei ele dentro do banheiro feminino e a sorte era que o lugar já não estava mais tão cheio e não tinha ninguém com vontade de fazer xixi naquela hora.
— Beijo de brother? — eu perguntei sem nem saber o que eu realmente estava falando. Ele assentiu me empurrando pra dentro de uma cabine.
Começamos a nos beijar. Ele desceu pro meu pescoço beijando e eu suspirei no ouvido dele. Nessas horas o tesão batia com vontade.
— Não podemos fazer isso! — eu falei e ele se afastou.
Ele nem contestou nada e só saiu do banheiro. Lavei meu rosto, dei um tempo de dois minutos e fui logo atrás.
Dei de cara com Pedro. Era só o que me faltava! Ele olhou pra trás como se certificasse de algo e olhou pra mim confuso. Deu uma risadinha debochada e entrou no banheiro masculino.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Coincidências
ФанфикCOMPLETA Classificação +16 Autora: juwebs_ Em uma viagem de formatura sabemos que tudo pode acontecer, a meta era não ter como meta se apaixonar. Sortuda você seria se no meio de muitas pessoas desse certo com alguma. Azarada você seria se no meio d...