Coincidências

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Maratona 3/5

Já acordei com a visão de mundo colorido. Uma mulher apaixonada realmente não quer guerra com ninguém. Os meninos e Karine estavam jogados no sofá conversando, foi só eu aparecer que pararam na hora de falar, estranhei, mas estava tão de bem com tudo que não tinha nem tempo pra confronta-los.

— Bom dia flores do dia! — falei passando pra cozinha.

— Bom dia.. — Karine falou me olhando desconfiada.

— Tá tudo bem com você? — Magalhães perguntou franzindo a sobrancelha.

— Sim, e com vocês? — perguntei sorridente sentando ao lado deles.

— Você tá estranha! — João afirmou.

— Como assim? — perguntei confusa.

— Sei lá... sorrindo, dando bom dia, feliz.. — ele falou.

— Nossa, e isso não é bom? — perguntei rindo.

— É, claro que é, mas com tudo que aconteceu ontem esperávamos que você estivesse no seu pior humor — Lobão disse.

— Ah sim! — deduzi que Pedro não tivesse falado nada com eles — Só resolvi não ligar e viver como se nada tivesse acontecido, apenas ignorando!

Eles assentiram ainda desconfiados.

— Enfim, vocês vão comer no restaurante? — perguntei.

— Hoje resolvemos ficar no chalé mesmo, fazer algo por aqui — Magalhães disse e eu assenti.

— Mas vamos eu e você amiga, ficarmos juntinhas um pouco! — Karine disse me abraçando de lado.

Eu até estranharia, mas como era um costume nosso achei normal. Esperei ela trocar de roupa e fomos pro restaurante. Era engraçado que os monitores legais pareciam celebridades por aqui, todo formando que visse um, já ia correndo falar com ele.

— Vamos ficar aqui no bangalô antes? — ela disse parando na minha frente enquanto andávamos — É que eu queria conversar com você sobre Luan, e não queria ser interrompida.

— Porque você seria interrompida no restaurante? — perguntei desconfiada.

— Você sabe... formandos...

— Hum, tá né! — me dei por vencida.

— Então... sabe que minha relação com Luan é meio confusa, né? — ela começou a falar.

— Mais que a minha e de Pedro com certeza não é — eu ri lembrando da noite passada.

— Pode ser, mas enfim... quando contei pra ele que viria pra cá, ele simplesmente começou a mudar. Primeiro surtou de ciume e depois a agir feito um babaca com mulheres aleatórias — ela falou toda embolada.

— Como assim babaca com mulheres aleatórias? Explica isso direito! — entrei na história.

— Recebendo ligações, mensagens e por aí vai — ela falou olhando pro celular.

— Que isso Karine, porque você não me contou isso antes? Eu nem consigo imaginar isso dele, mas de homem podemos esperar tudo — falei indignada.

— É amiga, mas não quis te encher com meu problema quando você tem o seu — ela disse.

— Me conta mais!

— Não sei muito o que dizer, sabe? A última vez que nos falamos foi no aeroporto vindo pra cá, ele disse pra eu tomar juízo quando na verdade o problema é ele, pelo menos na minha concepção, eu nunca faria nada sem que ele me desse motivo. Tô muito triste porque eu amo esse garoto, e pra não se magoar, sinto que ele está fazendo de tudo pra me magoar primeiro! — ela falou com tristeza nos olhos. A minha vontade era ligar pra ele na hora, mas sabia que eu não tinha que me meter.