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Maratona 3/8

Acordamos tarde e fomos direto tirar o inimigo/amigo oculto pra irmos comprar o presente e depois ir pra cozinha aprontar as comidas. Bruno ficou encarregado de fazer o porco assado, Luan fez um arroz com amêndoas e uma farofa de bacon, Karine fez uma saladinha e eu e Guilherme pegamos os doces. O resto do pessoal foi terminar o resto da decoração no lado externo da casa.

Nos reunimos na sala e tiramos os papeizinhos. Eu acabei tirando meu querido amigo João que eu gostava muito e já tinha uma ideia do que comprar pra ele, isso se eu achasse a bendita loja que vende algo tão inusitado quanto esse que pensei. Combinamos que podia ser o que e no valor que quiséssemos, o que facilitava minha vida.

— Deixei o pudim em banho-maria no forno e vou lá no centro comprar meu presente. Alguém quer ir comigo pra ficar logo livre? — eu perguntei gritando pela casa.

— Eu vou! — Mariana, Lobão e Sarah responderam de volta.

Mari foi dirigindo. Combinamos de nos encontrar em frente a um hotel e fomos cada um pro seu lado, até porque ninguém podia saber o que o outro iria comprar.

Comprei o que eu queria e voltei pra onde o carro estava estacionado. Não dava pra perceber o que nenhum tinha em suas sacolas e essa nossa honestidade em não fuxicar e não tentar adivinhar que fazia a brincadeira ser mais interessante.

Voltamos pra casa, escondi meu presente no meu quarto e voltei pra cozinha pra fazer o que eu tinha que fazer. Quando terminei aproveitei pra passar minha roupa e colocar um biquíni pra aproveitar o sol antes que escurecesse.

Pedro estava encarregado do churrasco e por mais que eu não quisesse me aproximar tanto assim dele, a minha fome falou mais alto e eu tive que apressa-lo.

— Vai demorar muito aí, churrasqueiro? — perguntei tentando descontrair o máximo possível.

— Bom madame, eu tive que ir na rua comprar o presente, então atrasei um pouquinho. Mas já já levarei pra senhora — ele debochou e eu mandei língua virando as costas.

— Dentro do carro, hoje vai ter putaria, senta Malu! — Lobão gritou trazendo o som pra fora.

— Só se for pra valer a pena! — eu disse zoando. Me deitei no chão pra queimar as costas.

— Quem olhar vai levar um mocão — Bruno ameaçou.

— Até você queria olhar garoto, se manca — Mariana disse.

— Eca! — ele fez careta e eu comecei a rir.

Passou um tempo e as carnes já estavam prontas. Servi uma macarronese feita por Luan e enchi meu prato de linguiça.

— Quero ver quem vai ganhar do meu presente, já adianto logo que vai ser difícil! — Mariana se gabou.

— Isso até você ver o meu! — falei rindo só de lembrar. — Vou te falar que nem sei como consegui achar isso por aqui.

— Não vamos estragar a brincadeira, ok? Daqui a pouco já vai estar todo mundo contando quem tirou quem — Karine ordenou e nós fizemos sinal de rendição.

— Adoro como Karine tem o dom de ser a apaziguadora e a estressadinha — Laura disse.

— Que saco! Vão ficar falando de mim sempre?

Terminamos de comer e nos revesamos pra lavar a louça, secar e guardar. Decidi tomar um banho e tirar um cochilo pra estar novinha em folha pra mais tarde. Liguei o ar, coloquei um pijama confortável e apaguei.

Mariana e Karine me sacudiram até ser impossível não dar atenção a elas. Minha cama estava cheia de maquiagem espalhada e o suporte atrás da porta pra pendurar roupa tinha mais do que só a minha roupa.

— Dia especial, então temos que nos arrumar como nos velhos tempos — Karine disse animada.

Dei um sorriso, mas queria matar as duas, até me assustar ao ver que já eram oito horas da noite. Peguei uma toalha seca no meu armário e fui passar uma água no corpo. Vesti meu roupão, fiz minha make e só passei um pouco de chapinha. Vesti meu vestido e já estavamos prontas. Demoramos mais do que eu demoraria sozinha, até porque conversávamos mais do que de fato nos arrumávamos.

Pegamos cerveja pra começar e nos reunimos na sala. Só jantaríamos a meia noite e depois disso só Deus sabia o que iria acontecer. E o nosso inimigo/amigo oculto tinha que ser sério, ou pelo menos um pouco.

— Quem começa? — perguntei.

Tiramos zerinho ou um até sobrar Guilherme e Magalhães pro ímpar ou par.

— Vai Maga , começa!

— Ok! — ele se levantou com o presente que parecia bem pesado por sinal — Eu tirei uma pessoa bem loucona...

— MARIANA! — Lobão gritou.

— Cala a boca Luiz, deixa ele terminar! — Karine falou séria.

— Continuando... essa pessoa eu não tive tanto contato, mas pelos poucos momentos que passei com ela percebi que ela é o tipo de pessoa que topa tudo e que te arranja os melhores roles e as melhoras furadas — ele terminou. Já tinha em mente uma pessoa e se fosse ela, ele estava completamente certo.

— Essa é óbvia — eu falei — É a Laura!

Ele assentiu e eles se deram um abraço. Ela abriu o presente e era um engradado de skol beats com um vale compras de quinhentos reais na my place.

— Tô falando... era pra ter estipulado um preço — Karine reclamou. Nem demos atenção e continuamos o jogo.

CoincidênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora