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Cheguei em casa, não peguei no meu celular, não peguei em nada, só me joguei na cama.
Acordei umas sete horas da noite já correndo indo me arrumar pra jantar com as meninas fora. Mesmo que fôssemos fazer uma despedida amanhã pra Malu, queríamos esse momento só pra nós três.
Tomei meu banho. Peguei uma calça jeans boyfriend e um blusão que coloquei pra dentro pra deixar mais soltinho o resto. Calcei meu all star cano baixo preto e fui aprontar meu cabelo. Não iria passar nada na cara, a não ser um rímel.
Dei uma olhada no resto do wpp, mas tinham tantas mensagens que resolvi não responder nenhuma por agora, e deixar só pra quando eu chegasse.
— Vamos pai, as meninas vão surtar daqui a pouco — gritei apressando ele.
— Desce, já estamos prontos! — ele avisou e eu peguei minha bolsa no cabide e fui.
Ele, Matheus e vovó iriam em um restaurante japonês juntos e eu aproveitei pra pegar carona.
— Meu Deus, tenho que te dar esse carro logo! — disse minha vó entrando no carro.
— Que isso mãe, Karine nem tirou a carteira ainda — meu pai falou fechando a porta.
— Sim Rafael, mas ela vai tirar e com ela morando sozinha no Rio vai ser necessário um carro — minha vó disse e Matheus se remexeu no carro.
Eu entendia que ele iria sentir minha falta, se eu pudesse levaria ele comigo, mas não deixaria meu pai sozinho, e ele também não abandonaria a empresa dele.
A família Paiva sempre foi uma das grandes de São Paulo, tinham inúmeras empresas espalhadas por aí, várias franquias do Mc também, e com isso deram um suporte pro meu pai criar sua empresa de contabilidade. Ele ama tanto ela, que eu nunca ousaria pedir pra que ele se afastasse ou deixasse na mão de outro alguém.
— Pronto, chegamos! — ele avisou e eu dei um beijo na bochecha de cada um e sai do carro.
Fui andando até o outback e as meninas estavam esperando na fila.
— Caralho, que demora! — Malu reclamou e eu sorri dando um abraço nela.
— Calma, dona estressada. Eu estou aqui, não estou? — eu falei calmamente e ela revirou os olhos.
— E aí, vai demorar muito pra entrar?
Perguntei e logo em seguida a moça chamou nosso nome. Colocaram a gente em uma mesa de canto e adorávamos quando acontecia isso.
Pedimos a batata recheada e claro, a costela que não poderia faltar de forma nenhuma.
— Que loucura, né? Ontem estávamos na festa de despedida com toda a galera e agora estamos aqui, sem nem falar com mais ninguém — disse Mariana iniciando o assunto.
— Sim, vocês falaram com alguém? Nem peguei no celular! — eu disse afastando ele pro canto.
— Nem eu, mas sei que tem um monte de mensagem pendente, depois vejo. — Malu falou e concordamos.
— E como você está se sentindo? — perguntei pra ela.
— Ah, sei la né cara, foi uma situação bem tensa. Criei um vínculo com Pedro além de curtição, sabe? Confiamos um no outro ao ponto de eu me abrir sobre coisas que vocês têm noção que eu não abro pra ninguém e ele confiou em mim também em falar coisas dele, e além disso confiou que eu não faria igual aquela Leticia, então sentir que ele talvez esteja decepcionado, ou pior... com nojo, é bem ruim pra mim! — ela soltou tudo de uma vez e eu vi sinceridade nela. Aliás, eu sempre vi. Malu nunca foi de mentir em nada.
Assentimos recebendo o pãozinho que eles ofereciam como entrada.
— Mas também tanto faz... se ele não quis nem ouvir minha versão, azar o dele! — ela disse dando de ombros.
— Tá mais que certa — eu disse cortando outro pedaço do pão.
— Eu e João terminamos a viagem numa boa, vou sentir falta daquele maluco! — Mariana disse.
— Eu até hoje não entendo o porque deles não quererem dar número ou contar sobre a vida deles — eu falei.
— Ah, mas quer saber? Melhor assim. — disse Malu.
— É, mas enfim... vida que segue, foi sensacional, mas acabou. — Mariana disse.
Continuamos conversando sobre diversas coisas. O garçom chegou com nossos pedidos e devoramos tudo aquilo com vontade. Sempre vínhamos no outback. Quase toda semana estávamos aqui, era tradição já.
— Bruno já voltou de viagem? — mariana perguntou.
— Não, só semana que vem! Essa semana a casa é exclusivamente minha! — ela fez uma dancinha comemorando.
— E o amigo dele?
— Ainda está em porto trabalhando pelo o que Bruno falou — assentamos. — Ai gente, vou sentir falta de vocês... — ela disse fazendo voz de fofa.
— Calma, daqui a um mês estamos lá — mariana disse apertando a bochecha dela.
— Eu sei, mas sei lá... — malu falou cabisbaixa.
Pedimos a conta pra pagar e eu determinei que hoje tudo teria sido na minha conta, como Mariana que estava bancando o almoço de despedida pra Malu amanhã, nada mais justo que eu bancar algo também.
Demos uma volta no shopping, mas que não foi de muita utilidade já que as lojas já estavam fechando.
Meu pai buscou a gente e deixamos as duas em casa e depois minha avó. Nossas casas não eram muito longe uma das outras.
— E aí, como foi lá? — eu perguntei sentando no sofá e descalçando o tênis.
— Foi bom, eu amo sushi, você sabe! — disse Matheus pegando uma água na geladeira.
— Sim, e eu odeio! — falei fazendo careta.
— Claro, você puxou o pai, já eu sou totalmente nossa mãe — ele falou bebericando sua água.
Dei um sorriso fraco e peguei meu tênis pra subir pro meu quarto. Tirei a roupa, tomei um banho e vesti meu pijama.
Peguei meu celular e me joguei na cama pra graças a Deus olhar todas as conversar.
Tinha umas mensagens aleatórias do pessoal da sala e eu só fui conversando no embalo. Me surpreendi por Victor não ter me mandado nenhuma mensagem, mas também não criei nenhuma expectativa com ele. Caio me mandou uma pedindo pra Malu responder ele, mas só ignorei.
Continuei conversando com elas e depois desliguei o celular pra dormir.
— Oi filha, boa noite, te amo, tá? — meu pai disse falando da frecha da porta.
— Boa noite pai, te amo! — mandei um beijo no ar e ele fechou a porta.
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Coincidências
FanfictionCOMPLETA Classificação +16 Autora: juwebs_ Em uma viagem de formatura sabemos que tudo pode acontecer, a meta era não ter como meta se apaixonar. Sortuda você seria se no meio de muitas pessoas desse certo com alguma. Azarada você seria se no meio d...