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Maratona 5/8

- Bruno -

Depois do presente da Mariana todo o resto pareceu sem graça. Terminamos de presentear quem faltava e fomos pro lado externo da casa. Fiquei encarregado de levar o trambolho do som pra fora junto com Pedro, e era óbvio que eu não perderia a oportunidade de conversar com ele sobre o ocorrido.

Apesar da brincadeira ter saído um pouco fora do controle, depois que acabou, o resto do pessoal, ficou bem novamente, ao contrário de Pedro e Malu, que pareciam ter visto um fantasma, não abriam a boca nem pra dar um sorriso. Pelo que conhecia dos dois, estavam mais pensativos do que nunca.

— Vai ficar com essa cara de quem comeu e não gostou? Hoje é um dia especial, cara! — eu falei tentando animar.

— Tá falando igual a Karine, passou batom hoje? — ele perguntou.

— Machista! — eu falei fazendo ele rir.

— Viajei na parada, né? Falei mais do que devia — ele disse tirando os fios do som da tomada.

— Ué mano, não tem como voltar no tempo, certo? Então encara de frente o que você fez.— falei.

— Tá tendo aulas com Luan de como ser mais mulherzinha? — ele perguntou.

— Vai se foder vai — eu disse.

Colocamos o som do lado de fora e aproveitei pra pegar mais uma cerveja pra mim. Ficamos conversando, cantando até dar umas dez horas pra comer. Depois que comêssemos o clima familiar desapareceria e ficaria mais pra uma festa entre amigos.

Terminei de servir meu prato e servi uns vinhos pra gente. Hoje seria pra passar mal, misturando todos os tipos de bebidas possíveis. Fizemos um brinde pela noite e começamos a comer. Meu arroz estava sensacional, era pra isso que servia minha faculdade de gastronomia.

— Vocês vão se mudar assim que voltarmos? — Sarah perguntou para as duas.

— Não, só meado de janeiro — Karine contou.

— Ué, porque? — Luan perguntou.

— Porque ainda existem coisas que precisamos resolver em São Paulo antes de ir. Porque? Vai sentir saudade? — Karine perguntou.

— Saudade de ter perturbar com certeza vou — ele disse.

— Volto a dizer o que disse pra Karine... quem muito se odeia, muito se ama! — Laura falou.

— Cuidado, Magalhães vai ficar com ciúme — Mariana disse.

— Sou eu quem pega mesmo — ele se gabou. Karine olhou pra ele com cara de tédio.

Largamos os pratos na pia e guardamos as comidas que sobraram. Ninguém ia perder tempo lavando louça. Peguei o espumante no armário da cozinha e levei pra fora. Pedro pegou a tequila e João as coisas pra fazer caipirinha.

Começamos a preparar as bebidas e aumentamos o som. A festa ia começar!

— Vai com calma Maria, ainda tem muita noite pra se viver! — eu falei vendo ela virar duas doses de tequila.

— Não conheço nenhuma Maria — ela disse virando outra e indo dançar com as meninas. Olhei pro Pedro que riu pra mim, ela parecia estar bem puta mesmo, só não entendia o porque.

— Que que aconteceu com Malu? — João veio na nossa direção. — Me deu maior esbarradão do nada e ainda me olhou de cara feia. Eu hein, essas mulheres estão malucas!

— Mariana também? — Luan perguntou.

— Fui perguntar se você e ela já tinham ficado recentemente e ela saiu andando. Não entendi nada — ele falou olhando pra mim. Todos me olharam esperando uma resposta.

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