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A manhã tinha sido completamente estressante na faculdade, passei o tempo todo tentando mostrar pro professor seu erro na correção da minha prova e ainda tive problemas de boleto com a secretaria. Uó.

A minha sorte era que hoje era aniversário de Bruno e todos íamos nos reunir em casa pra comemorar, porque se não fosse isso meu mau humor iria continuar até que algo de bom acontecesse.

Fui direto pra casa de Sarah pra ver se ela estava bem, mas a bichinha passou a manhã toda na cama de ressaca corporal e principalmente moral, então deixei ela sozinha um pouco e fui pra casa.

Almocei, tomei um banho, fui fazer alguns trabalhos e pesquisas pra faculdade e aproveitei pra tirar um cochilo pra não estar completamente morta mais tarde.

— Malu, Malu — escutei Bruno me chamando e me sacudindo. Queria mata-lo, mas apenas abri os olhos e não falei nada — Vamos comigo no mercado comprar as coisas?

Eu ia mandar ele tomar no cu, mas como era seu aniversário e ele estava com um sorriso lindo no rosto, eu cedi.

— Tá, espera só eu colocar uma roupa! — falei. Ele me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Coloquei um short jeans, uma blusa branca e calcei minha linda havaianas branca.

— Feliz aniversário meu primo lindo, juízo e toda felicidade do mundo pra você. Te amo — falei abraçando ele.

— Obrigada amor! Vinte e três aninhos já, né, se eu não construir um juízo agora já era! — ele falou e eu concordei.

Compramos tudo que se levava em um cozido, que no caso é MUITA coisa, eu nem entendia o porquê dele estar levando isso tudo se só seria nós sete, já que Sarah não apareceria por lá nem pintada de ouro. Levamos também MUITA cerveja e até vinho, ele queria um dia de embriaguez total.

— Você tá triste por Sarah não ir? — perguntei enquanto estávamos no caminho de volta pra casa.

— Tô, mas vou ficar bem. Ela me mandou mensagem pedindo desculpas e me desejando feliz aniversário, foi tão seco que preferi que ela nem tivesse mandado.

— Você também queria demais! — falei, mas sorri pra não parecer que foi em tom de esporro.

Chegamos em casa e ele foi direto fazer a comida, eu até queria ajuda-lo, mas creio que ele é a melhor pessoa pra isso mesmo, e Luan viria pra não deixar o pobre do aniversariante super ocupado.

Dei uma arrumada na casa e fiquei assistindo série.

— Opa, chegamos! — João e Luan anunciaram entrando.

Luan foi direto pra cozinha, enquanto João só se deu ao trabalho de mudar de sofá e ver televisão na minha casa.

— Cadê Pedro? — ele perguntou.

— Sei lá, sou mãe dele agora? — perguntei.

— Não ignorante, mas você mora com ele e está dando uns pegas, pode saber de alguma coisa — ele falou me dando um empurrão.

— Sei de nada. Mas e Mari? — perguntei.

— Sou pai dela agora? — ele perguntou e eu retribui o empurrão — Brincadeira, ela tá vindo, foi buscar Karine na facul.

— Ué, que que Karine tá fazendo lá a essa hora?

— Aí você quer demais de mim.

— Deve estar lá se atracando com o tal do Samuel — Luan gritou da cozinha.

— Olha o ciúme! — gritei de volta.

As lindas chegaram e Pedro também veio logo depois. Esperamos ele tomar um banho e já fomos abrindo algumas cervas.

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