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- Malu -

Chegamos e sentamos em um barzinho na Olegario. Pedimos um chopp pra começar tranquilas.

— Porque tá tão quietinha, amiga? — perguntei pra Karine.

— Ah, você não sabe? Luan, óbvio! — Mariana disse sendo a mesma inconveniente de sempre.

— Chata, deixa ela. Se for isso, ele só tá confuso amiga, ele disse pra mim, é muita coisa pra pensar, se põe no lugar dele. — falei.

Ela assentiu mostrando compreensão.

— Mariana que tá toda risonha, tô nem entendendo.

— Vocês acreditam que João ficou pelado na sua cama me esperando sair do banho? O auge — ela falou quase que berrando.

Arregalei os olhos.

— Na minha cama? — perguntei incrédula. Ela assentiu.

Fiz careta. — Vou matar esse garoto!

— Mas vocês transaram? — Karine perguntou.

— Não, tô fora desse garoto! — Mari disse se benzendo.

Olhei por trás dela e a galera toda lá de casa estava descendo de um carro.

— Vish, acho que ele não tá tão fora assim não... — eu falei apontando com a cabeça.

Ela olhou e virou rápido pra mim. Eles foram cumprimentar um pessoal em outra mesa e foi o tempo das duas começarem a se desesperar.

— Puta que pariu, que que esse filho da puta tá fazendo aqui? Queria ficar tranquila, conhecer alguém novo. — Mari reclamou.

— Já não basta eu ver Luan quase todo dia, agora quando eu saio sozinha ele vem atrás também? Eu mereço! — Karine acompanhou.

— Vocês duas estão igual duas velhas, parem de palhaçada! — falei — Já estão com saudade? — brinquei quando se aproximaram.

— Sim, pode não? — Sarah falou e eu assenti.

— Vieram porque? — Mariana perguntou.

— João quis te ver né, existiria algum outro motivo? — Bruno falou puxando uma cadeira pra mesa.

— Para de palhaçada, fala sério! — ela insistiu.

— É verdade ué, algum problema? — João falou sentando ao lado dela.

Mari ficou pianinha depois disso. Os meninos pediram dois baldes de bud e eu e as meninas pedimos mais dois. Iríamos ficar de boa, mas com esses moleques não dava.

Karine tratou de fechar a cara e Luan não estava diferente, pelo visto pra tirar o clima ruim desse casal iria demorar bons dias. Sarah e Bruno estavam no maior love, nem eu estava entendendo, mas também não iria me meter.

Continuei bebendo minha cerveja e entrando no papo deles, como sempre falando de festas, bebidas e planejando carnaval.

— Eu acho que não vou não, quero ficar de boa esse ano! — falei.

— Cê tá brincando, né? — Luan perguntou.

Eu neguei. — Sério, tô desanimadona e sem dinheiro.

— Ahhh, tu acha que isso é problema? Você vai sim, tá maluca! — ele disse e eu neguei mais uma vez.

— Malu aceitar ser bancada completamente? Se você conseguir essa proeza, eu banco tu e ela juntos — Bruno disse enquanto bebia.

— Eu acho que vou ficar de boa também! — Karine disse.

— Isso amiga, fica comigo no RJ, a gente curte um ou dois bloquinhos e fica lá em casa na piscina de boassa! — falei.

CoincidênciasOnde histórias criam vida. Descubra agora