— Me contem mais sobre a convivência de vocês! — a mãe da Malu perguntou.
— É legal, sempre fazemos coisas juntos, mas como existem casais ás vezes dá problema, tem que ter paciência — Bruno falou.
Eu ri vendo a cara de nervoso da Karine, com certeza ela estava morrendo de medo de alguém falar sobre nós dois.
— Casais? — o pai da Malu perguntou confuso.
— É pai, como Mari e João, Karine e Luan... — ela já foi se antecipando pra ninguém citar ela com Pedro, esperta.
— Você não né minha filha? — ele perguntou.
Ela negou olhando de rabo de olho pra gente.
— Então Karine tá sim namorando com o rapaz! — dona Adelcina falou animada.
— Sim, ela só não quer admitir! — falei ignorando ela me fuzilar com o olhar.
— Um moço tão bonito, não sei pra quê a negação — dona Marly, avó de Malu, falou.
Eu concordei.
— Vamos parar, por favor? — ela pediu.
— Deixem ela, mas se você conseguir fazer ela aceitar serei seu sogro com muito prazer! — o pai dela disse estendendo a mão pra mim. Apertei sua mão e mandei uma piscadinha pra ela que bufou.
- João -
Eu estava sofrendo por dentro com os olhares desconfiados que o pai de Mariana dava pra mim, mas estava tentando desviar de quaisquer contato visual.
— Dona Camila, se vocês quiserem podem ficar lá em casa, tem quartos sobrando dá pra dormir você e seu marido e colocar as crianças em outro — ofereci quando percebi que as gêmeas já estavam querendo dormir.
— Tem certeza? — Mari perguntou pra mim. Eu assenti.
Camila olhou pro Fernando esperando ele dar o veredito, mas ele só ficava me encarando com os olhos semicerrados.
— É melhor amor, amanhã a gente fica em algum hotel! — ela falou.
— Você decide! — ele falou.
— Muito obrigada mesmo João, se você puder me levar lá, porque as meninas já estão enjoadinhas. Eu ia trazer a babá delas, mas achei bom passar esse tempo livre com elas — ela disse.
— Levo sim! — levantei.
— Se seu pai e sua avó quiserem podem se acomodar por lá também, tem mais um quarto extra e é bom que fica todo mundo perto! — Luan ofereceu pra Karine.
— Não, eles ficam lá em casa mes...
— Eu até que gostei da ideia querido, vamos ficar! — dona Adelcina disse — É bom que já vou esticar minhas pernas.
— Assim está ótimo, vou ficar por aqui mesmo na Malu, então amanhã podemos todos nos encontrar aqui pra ir pra praia! — dona Luiza falou.
As mulheres foram se acomodar pra dormir, enquanto os pais das meninas continuaram bebendo conosco. Resolvemos assar umas carnes que tinham sobrado do churrasco e abrimos o vinho que Bruno tinha comprado.
— Tá gostando de morar com tua prima? — o pai de Bruno perguntou.
— Sim, ela é gente boa — ele respondeu bagunçando o cabelo da Malu.
— Quem é o outro cara que mora com vocês? Você? — Ricardo apontou pra mim.
— Não pai, é ele — Malu apontou pro Pedro que deu um sorriso antipático, ele não era de muitas palavras.
— E você trata bem minha filha? Respeita ela?
— Claro, ela que me maltrata — ele disse fazendo ela corar.
— E quando você se muda pra casa das meninas?
— Vou começar a ver isso de mudança semana que vem — Malu falou.
— Você não disse que ia se mudar — Pedro falou olhando sério pra ela.
Todo mundo sentiu um clima meio tenso no ar, mas no fim era só um mau entendido, que claro seria resolvido depois.
— Mas e você Dr. Paiva, gostou daqui? — perguntei pra cortar o clima ruim entre eu e ele e a tensão entre Pedro e Malu.
Fernando ficou me encarando sério, analisando todo meu rosto sem mostrar nenhum tipo de expressão facial, eu não sabia o que tinha feito pra merecer tamanho desespero. Ele se levantou vindo na minha direção e de repente o João machão ficou com o cu que não passava nem sinal de wifi.
Ele começou a gargalhar e a bater nas minhas costas como se eu tivesse sido um grande idiota, eu comecei a rir também pra agradar a fera, mas eu não estava entendendo nada. As meninas se olharam como se quisessem começar a rir também, e os moleques não se deram nem o trabalho de esperar, já estava se escangalhando antes mesmo de pensar na vergonha que eu estava. Otários.
— Não precisa me chamar de Doutor seu idiota, eu só estava brincando — ele falou recuperando o fôlego e apertando minha mão.
Antes me falavam do pai da Mariana como se o cara fosse um Deus. Falavam dele como um cara sério, que todo mundo respeitava e que não tinha tolerância com nada, mas agora o que me parece é aqueles tios chatos que faz piada imbecil no natal. Eu odiava esse cara.
Ficamos conversando a noite toda e bebendo, as meninas nem pareciam que eram as mais cachaceiras de nós. Tive que aguentar o pai dela brincando comigo e batendo forte nas minhas costas o tempo inteiro.
Não fomos dormir muito tarde já que era apenas uma segunda-feira e tínhamos afazeres no dia seguinte. Mariana decidiu dormir comigo pra ficar mais perto da família, eu até quis expulsa-la porque com certeza ela falaria do pai e eu teria que fingir que estava tudo bem, mas não consegui depois de ver que ela estava super feliz com todos se conhecendo.
— Se você soubesse o quanto eu fiquei nervosa por esse momento... — ela disse suspirando ao se deitar do meu lado — Faz muito tempo que minha família não tem um momento como esse, eles só vivem pro trabalho e nunca estão envolvidos de fato no que acontece comigo, por isso sempre fui muito independente...
A interrompi. — E ogra também.
Ela riu.
— É, pode ser... mas enfim, tô super feliz que vocês se deram bem, ele é demais, né? — ela perguntou com um sorriso de orelha a orelha.
Dava pra ver que ela admirava muito o cara, nunca que eu estragaria com isso.
— É, amor! — falei dando um sorriso falso.
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Coincidências
FanficCOMPLETA Classificação +16 Autora: juwebs_ Em uma viagem de formatura sabemos que tudo pode acontecer, a meta era não ter como meta se apaixonar. Sortuda você seria se no meio de muitas pessoas desse certo com alguma. Azarada você seria se no meio d...