Destinos Cruzados 🕸 TOM HOLLAND

Capítulo 63

POR MELIE GIGLIO
Decidi contar a verdade de uma vez. Aquilo não ia se sustentar por muito tempo e eu não podia mais fingir, usei meias palavras com Tom até aqui, mas já chega. Eu não podia mais mentir pra ele, ainda mais ali com a família dele, afinal qual o propósito de continuar nos desgastando? Drª Davies ficaria orgulhosa da minha decisão, então interrompi o discurso desenfreado do Holland. Respirei fundo.
- Thomas, você me conhece há muito tempo e conhece a imprensa. Eu não tenho nada com o Sean O'pry, ele está com a Louise.
Ele ficou estático por um tempo, como se tentasse entender o que eu acabei de dizer
- Louise e Sean? - disse perplexo
- Eu apresentei os dois pouco tempo depois daquelas fotos dos paparazzis, foi uma conexão imediata... Sean sempre foi muito discreto e Louise não queria essa exposição toda. Pelo menos não depois de acompanhar a nossa, o nosso relacionamento...- exemplifiquei sem pensar- então apenas nos calamos...- suspirei - você sabe como isso funciona...nós trabalhamos juntos com o Giorgio, então os boatos só se intensificaram cada que vez que nos viam juntos e nunca nos demos o trabalho de desmentir ... - me silenciei por uns instantes pensando no que mais eu poderia dizer, se eu deveria dizer - confesso que isso também tem um pouco a ver com você ... - ele me encarou curioso - eu fiquei enciumada com aquilo ...
- com o quê? - questionou
- seu date com Olívia - afirmei meio envergonhada  - eu estava naquele festival com uns amigos e isso incluía o Sean também... enfim, o que quero dizer é que Sean não é uma ameaça, nunca foi. Ele é Louise vão casar... e eu tenho sido infantil e insegura desde que voltei, mas você não facilitou em nada indo lá no escritório me provocar. - Tom me olhou desacreditado, não sei se por eu ter confessado que ainda sentia ciúmes ou por ter dito que ele não tem facilitado em nada
- Melie...
- não precisa me explicar nada, já foi. - respirei fundo - Vamos começar de novo, ainda podemos ser amigos, não é? - propus, Thomas se aproximou e colocou a mecha que estava escapando do meu cabelo atrás da minha orelha, um arrepio subiu minha espinha e aqueles olhos me prenderam de novo, meus batimentos aceleraram e era disso que tinha medo de como meu corpo ainda reagia à ele - Tom... - disse quase como um sussurro
- você sabe que não podemos só ser amigos, Melissa...
Ele deu um passo mais perto, podia sentir sua respiração próxima, era como anos  atrás. É, era mais do que óbvio que não poderíamos só ser amigos, ainda existia muita paixão entre nós dois. Tom roçou a ponta do nariz no meu, estávamos a milímetros um do outro e eu não era capaz de resistir e por impulso o beijei. Seus lábios eram do jeito que lembrava, senti Thomas me apertar contra seu corpo, afoito. Seus braços estavam firmes a minha volta. Era estranho como depois de tanto tempo parecia que nada tinha mudado, era como se tivéssemos voltado a última vez que o beijei, antes de tudo acontecer.

POR TOM HOLLAND
Aqueles olhos castanhos estavam brilhantes e receosos como da primeira vez que a beijei, a tensão entre nós só crescia até que, pra minha surpresa, ela se antecipou e eu pude sentir aqueles lábios macios nos meus mais uma vez. Tê-la em meus braços depois de anos era a melhor sensação do mundo, ainda mais depois de saber que nunca houve nada entre ela e Sean. E que Louise iria casar com ele. Essas últimas semanas foram um desperdício de energia, meias palavras e joguinhos disfarçados. A quem queríamos enganar? Eu ainda a amava e ao que tudo indica ela também. Melissa acabara de confessar que sentia ainda sentia ciúmes e era só isso que importava agora.
[...]
- Eu senti tanto a sua falta, Melie - dizia enquanto ela tirava minha camiseta. Existia algo pegando fogo entre nós dois. A distância? Os anos? Não sei dizer, mas isso fez com que Melissa me ligasse na madrugada.
"Tom, desculpa a hora, mas eu ... - suspiro longo - eu não consigo dormir...
- eu também não - confessei
Silêncio.
- aquele beijo... eu não quero ficar sozinha...
Aquelas palavras me agitaram, mas esperei o próximo passo dela, afinal quem sempre esteve no comando foi ela
- eu quero você. Hoje. - afirmou de maneira muito objetiva
Isso foi o suficiente pra eu pegar o carro as 2 da manhã e ir a casa dela."
Assim que cheguei ao seu novo apartamento, Melie me puxou porta adentro. Era um comportamento muito diferente do qual estava acostumado, mas essa noite nada iria me importar. Eu a queria do mesmo jeito que ela também me queria.
[...]
Sentir sua pele na minha, estava me deixando louco. Estávamos tão sedentos um pelo outro que não me lembro direito de como fomos parar na cama. Quase não havia espaço entre um beijo e outro, Melissa puxava meu cabelo, me fazendo querê-la mais ainda
- senti falta disso - afirmou
Sorri com o comentário- eu também.
De repente ela desceu a mão pela minha nuca, e deixou leves arranhões em minhas costas, parando no cós da minha calça (sim, ainda tínhamos algumas peças de roupa) e sussurrou em ouvido - eu quero você, Holland. Agora. - um arrepio passou por meu corpo, no mesmo instante que ela me empurrou, me deixando confuso. Melie de alguma maneira mudou nossas posições, me deixando a mercê dela. Assim que fez isso, a garota se livrou da lingerie que estava.
Reencontrar o amor da sua vida pode ser muito intenso.
[...]
- eu te amo, Melissa Giglio.