Dezesseis

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Gustavo narrando

Ataquei os lábios de Julia com voracidade, lhe fazendo soltar suspiros. Desci minha boca pelo seu maxilar, explorando seu pescoço através de beijos lentos e torturantes. Parei por alguns segundos para olhar o caminho e com a pouca claridade que vinha da televisão, peguei a morena no colo e lhe joguei na cama, me deitando por cima logo depois.

Julia mordia o lábio inferior e volta e meia eu ouvia seus gemidos reprimidos, quando cheguei no seu colo, puxei sua blusa para cima, podendo assim observar seus seios. Perfeita pra caralho.

Chupei e mordisquei seus peitos, logo fui descendo com beijos lentos e molhados pela sua barriga. Quanto mais eu descia, mais sua respiração se acelerava. Beijei sua virilha e fui descendo sua calça lentamente. Não resisti em apertar meu membro dolorido por cima da calça ao vê-la apenas de calcinha. Subi minhas mãos da metade de suas coxas até a cintura dando apertos leves, então puxei a calcinha para baixo. Abri suas pernas e meti meu rosto entre elas. Julia soltou um gemido alto ao sentir minha língua se movendo contra a sua intimidade, suas mãos foram até o meu cabelo, que logo foi puxado, mordisquei seu clitóris em resposta. Enquanto a chupava, penetrei dois dedos dentro dentro dela, que arqueou as costas. Senti seu corpo estremecer e parei repentinamente os movimentos, fazendo com que me olhasse com raiva.

Ela me puxou pelos ombros, me fazendo sentar na cama com as costas apoiadas na cabeceira e se sentou no meu colo. Iniciou um beijo cheio de fogo que me deixou ainda mais excitado, se é que aquilo era possível. Suas mãos pequenas se dirigiram até a barra do meu moletom e o puxou para cima, logo fez o mesmo com a minha camiseta. Julia correu os dedos pelo meu peito, contornou minhas tatuagens e arranhou os meus ombros, me fazendo morder o lábio. Desceu os dedos até o fecho da minha calça, abriu o botão e o zíper, então a tirou de mim também. Gemi baixo quando ela apertou meu membro por cima da cueca, que já estava bem marcada.

Julia introduziu a mão na minha cueca e começou a me acariciar, relaxei os ombros tensos soltando um suspiro. Lhe senti puxando minha roupa íntima para baixo, abri os olhos rapidamente ao notar algo a quente e mordi o lábio com força ao ver seus lábios descendo e subindo no meu pau. Segurei seus cabelos que pareciam a incomodar e gemi baixo, sentindo meu corpo ficar mais tenso. Olhei para o seu rosto antes de fechar o olhos fortemente quando meu orgasmo se aproximava. Porém, inesperadamente, Julia parou de me chupar e eu senti toda aquela boa sensação ir se esvaindo aos poucos. A encarei puto como nunca enquanto ela carregava um sorriso malicioso no rosto. Suspirei, peguei o controle e aumentei o volume da TV.

Joguei ela por baixo de mim e lhe penetrei quando menos esperava, sentindo suas unhas irem direto para as minhas costas e deslizarem de forma cruel, me fazendo arquear o corpo. Beijei e chupei seu pescoço enquanto me movimentava, ouvindo ela gemer meu nome baixo. Ela puxou os cabelos da minha nuca e eu fiquei louco, apertei sua bunda e acelerei bastante os movimentos. O barulho dos nossos corpos batendo um contra o outro misturado com nossos gemidos e suspiros era como música para os meus ouvidos.

Quanto mais rápido eu ia, mais Julia tentava se controlar, mordendo o lábio ou até mesmo meu ombro. Levantei meu corpo e segurei suas coxas, penetrando mais fundo. Minha testa suava e eu acho que nunca fiquei tão ofegante na vida. Enquanto arqueava o corpo ela apertava o travesseiro debaixo da sua cabeça, e eu tive a certeza que estava prestes a gozar. Reduzi drasticamente a velocidade dos meus movimentos e vi seus olhos se abrirem, aqueles que estavam escuros como nunca. Ela abriu a boca em um círculo perfeito e, mesmo sem soltar som algum, se desmanchou sobre a cama. Meu membro se deslizava com mais facilidade para dentro do seu corpo por conta do fluído que ela estava liberando e aquilo foi o suficiente para me fazer despejar meu gozo dentro dela. Caí ao seu lado na cama exausto e tentando regular minha respiração.

Que inferno de mulher.

Olhei para a televisão, que reproduzia os créditos de algum filme qualquer, depois olhei para Julia, que tinha os olhos fechados e sua respiração estava se acalmando aos poucos. Seus lábios eram perfeitamente desenhados e carnudos, as bochechas rosadas como maçãs e ela tinha uma puta cara de ingenuidade. Não existe ironia maior que essa. Esperei um pouco até ter certeza que ela estava dormindo e me levantei. Vesti a cueca, a calça e a blusa, então saí pela sacada novamente. Acho que posso ter esquecido a porta aberta, mas foda-se, nenhum bandido que ame a própria vida vai invadir a casa mais chique de um condomínio de luxo.

Fui de moto até minha casa, já devia ser umas 04:30 da manhã, estacionei na garagem e entrei sem fazer barulho. Quando cheguei no meu quarto, apenas consegui deitar na cama e dormir como uma pedra. Acordei umas 12h, levantei, fui ao banheiro, tomei banho, me vesti e mandei uma mensagem pro Tulio. Saí do meu quarto, indo em direção a cozinha, onde Alexa e meu pai se divertiam cozinhando.

— Gustavo, onde você tá indo? – Ela perguntou.

— Casa do Túlio. – Respondi rápido, pegando uma banana e comendo com pressa.

— Peraí, o almoço tá quase pronto. – Meu pai pediu.

— Não, valeu. – Terminei de comer a banana em 3 mordidas e voltei para o meu quarto.

Escovei os dentes e logo estava na minha moto, chegando na casa do Tulio. Ele já deveria estar me esperando. Abri a porta da frente e ele veio da cozinha com uma colher na mão.

— E aí. – Me cumprimentou.

— Coé, o que cê tá fazendo?

— Meu almoço. Terminando já, fi.

— Que bom, tô morto de fome. – O acompanhei até a cozinha. Me sentei no banco alto de frente ao balcão e o olhei misturando uma panela.

— Fala logo o que tu fez. Você só aparece na minha casa do nada quando faz merda. Brigou com a Jéssica de novo?

— Não, mano, foi outra coisa.

— Então fala, irmão. – Batuquei com os dedos no apoio ao meu lado e suspirei.

— Transei com a Julia de novo. – Ele parou de mexer a panela e me olhou com as mãos na cintura.

— Gustavo, você não cansa de ser babaca não?

— Agora foi a última vez, papo reto. – Ele soltou um suspiro.

— Desde quando você fode 2 vezes com a mesma mina?

— Isso não importa.

— Importa quando ela é sua prima. – Voltou a mexer a panela. – Gustavo, isso é sério, eu não ligo, mas o resto da sua família com certeza liga. Quanto tempo você acha que consegue esconder essa fita deles?

— Relaxa, é que ontem ela tava lá, gata pra caralho, e eu tive uma... recaída. – Dei de ombros.

Eu sei que tô errado, e não deveria ter ido atrás dela, mas não consigo sentir arrependimento. Sinto uma pontada de culpa, pela Jéssica, mas arrependimento... não. Algo me faz pensar que eu deveria.


ai Gustavo, você tem um caráter duvidoso, mas eu te amo tanto 😞

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