Gustavo narrando
Eu estava entediado, sem sono e com vontade de beber, então quando o Thiago chegou me convidando pra festa de um boyzinho eu não tive como negar. Tomei um banho de gato, vesti uma roupa bonitinha, passei perfume, peguei dinheiro e acompanhei ele. Foda que o moleque resolveu carregar aquela amiga dele, a Samira. Não tenho nada contra, ela é legal, mas gosta de mim. É bonitinha, mas é uma criança ainda. Quando chegamos na casa do cara lá fiquei foi surpreso com o tanto de moleque. Na porta eu vi um cara vendendo droga. Esses boy não sabem nem traficar direito.
Mais pra frente, achei o que eu queria – um freezer de bebidas. Tinha um barman fazendo aqueles drinks coloridos, mas eu odeio, peguei uma latinha de Brahma e tava no ponto, geladinha. Passamos por várias mina linda, na moral, tudo paty. Infelizmente paramos perto da mais chata da festa. Meu irmão trocou umas saliva com aquela magrela que ele pega, enquanto eu encarei Julia, que tinha os braços cruzados e uma feição emburrada.
— Priminha! – Sorri falso, levantando a cerveja. A olhei de cima a baixo e não contive a risada ao ver a bebida derramada em sua blusa. – Gostei da estampa. – Ela revirou os olhos e beijou a bochecha da Samira, me ignorando.
— Oi, tudo bem? – Cumprimentou. Já falei que odeio a forma que ela trata todo mundo bem, menos eu?
— Julia, não sabia que você estaria aqui.
— Eu conheço o aniversariante. – Deu de ombros.
— Ih, é um aniversário?
— Relaxa, ele mesmo não conhece nem metade de quem tá aqui.
— Acho que isso me deixa menos envergonhada. – Riu. – O que aconteceu com a sua blusa? l
— Esbarrei num garoto e ele derramou bebida. – Negou com a cabeça, aparentemente irritada.
— Mina lerda, tio. – Comentei, rindo e depois dei um gole na minha cerveja.
—Vai procurar outra pessoa pra irritar, eu hein. – Revirou os olhos. Segunda vez já.
— Ué, tá bolada por quê?
— Você me irrita. - Bufou.
— Você é um amorzinho. – Mandei beijo. Ela revirou os olhos pela terceira vez.
— Então, Samira, vou no banheiro, outra hora a gente se fala, tá? Não tô gostando muito desse ambiente.
— Tá bom. – Respondeu, rindo. Minha prima acenou e saiu pisando duro, eu adoro provocar ela. – O que vocês dois tem?
"Tensão sexual", pensei.
— Ela é uma chata do caralho, cheia de frescura, grossa, intrometida, nojenta, vive me enchendo o saco.
— Ah não, Gustavo, ela é super gente boa.
— Com você. – Enfatizei.
— Mas se você tratar ela bem, vai ser tratado da mesma forma. – Neguei com a cabeça.
— Quero que ela se foda.
Continuei bebendo e olhando o movimento. Começou a tocar funk e o povo ficou animado, uma loira maravilhosa passou e piscou pra mim, em outra ocasião, eu iria atrás, mas 1°, não tô com cabeça pra isso e 2°, só tem criança aqui, ela também deve ser sub15. Quero só ver se os vermes aparecerem, o lugar tá entupido de droga e menor de idade. Continuei conversando com a Samira, por mais que eu soubesse que ela gostava de mim, nunca falou nada diretamente, e isso é bom. Só que também é muito amiga da Jéssica.
Ela sabe que eu já traí minha namorada. Todo mundo sabe, pra falar a verdade. Mas acho que a Samira não se sente culpada em furar o olho dela, já peguei várias amigas da Jéssica, com certeza ela ficou sabendo disso, mas acho que nem ligou.
Minutos depois só vi o vulto da minha prima a arrastando pra dançar. As duas cantavam alto e riam, depois dançavam e cortavam todo cara que se aproximava. A mesma loira que piscou pra mim parou do meu lado, bateu um papo comigo, mas eu cortei ela, falei que namorava. Acho que é a primeira vez que eu uso isso como desculpa na vida. Não tô afim de ficar com ninguém esses últimos dias.
Thiago deu um perdido com a mina dele, na real, tô feliz que ele conheceu uma pessoa boa. Eu fico zoando e tal, mas esse é meu jeito, é que meu irmão sempre foi muito tímido em relação a essas coisas. Eu sempre fui putão descarado mesmo, desde moleque vivia dando em cima de tudo quanto é rabo de saia.
Peguei o celular e chequei se Tulio tinha respondido minha mensagem, o filho da puta nem recebeu. Se pá tá pegando alguma mina, mas tô achando ele muito estranho esses dias. Some do nada, se eu digo alguma coisa sobre, responde com "tava por aí". Suspirei, bloqueei a tela do celular e dei mais um gole na minha brahma. Que festa chata. Esses boy não serve pra nada mesmo. Passei meus olhos ao redor e os foquei na minha prima, que rebolava com uma habilidade, nossa senhora, o pai dá nota 10. Ela descia, subia, quicava, mano, na moral mesmo, pode fazer isso no meu pau, nem precisa de música. Mordi o lábio inferior olhando sua bunda se movendo em câmera lenta, quando olhei para o seu rosto vi que ela me encarava com um sorriso cínico de lado. Ri, negando com a cabeça e Julia passou as próprias mãos pelo corpo, me fazendo sentir o desejo de estar em seu lugar. Odeio o quão provocativa ela consegue ser.
Lhe encarei enquanto se afastava, caminhando entre as pessoas, até sumir por um corredor.
Essa vai ser a última vez.
Terminei minha latinha em um gole só e fui atrás dela quase correndo, empurrei uns pivetin que entravam no meu caminho e segui pelo corredor, a procurando. Abri algumas portas e tive a visão desagradável de casais se pegando e uma garota vomitando no banheiro. De repente, senti a gola da minha camisa ser puxada para dentro de algum cômodo e logo depois a porta batendo.
— Procurando alguma coisa?
Sorri ao ouvir sua voz e nem precisei acender a luz para perceber seu corpo se aproximando do meu. Puxei sua nuca e lhe beijei com voracidade, enquanto ela arranhava meu pescoço. Julia desceu os beijos para o meu pescoço e minha respiração foi ficando descontrolada. Com a pouca iluminação que vinha da janelinha, identifiquei o local como algum tipo de "armazém", cheio de móveis velhos e produtos de limpeza. A coloquei sentada em cima de uma mesa velha e logo arranquei minha camisa, fazendo o mesmo com a sua.
Julia me puxou pelo cós da calça, me deixando entre suas pernas. Roçou seus lábios nos meus me fazendo ansiar em desejo. Apertei suas coxas com força, ouvindo um gemido abafado. Ela desabotoou minha calça, abriu o zíper e enfiou a mão dentro da minha cueca, massageou meu membro lentamente, me torturando, afundei meu rosto no seu pescoço e dei uma mordida leve.
Já impaciente, tirei o seu short.
— Coloca a camisinha. – Lembrou.
— Você não toma anticoncepcional?
— Não. – Bufei. – Coloca logo!
Apalpei meus bolsos, tirei minha carteira e suspirei aliviado ao encontrar uma. Rasguei a embalagem e a coloquei. Arrastei sua calcinha para o lado e lhe penetrei com força, a fazendo cravar as unhas nos meus ombros. Fiz movimentos rápidos, enquanto ela gemia contra o meu ouvido. Apertei os olhos, sentindo um chupão ser depositado no meu pescoço. E mais um. E mais um. Puta merda, vai deixar tanta marca.
— Mais forte... – Sussurrou.
A deitei em cima da mesa e ela prendeu suas pernas ao meu redor, então eu acelerei mais ainda os movimentos, a vi apertando os próprios seios em extremo prazer. Eu adoro essa intensidade.
Eu preciso me afastar dessa garota.
∆
chega de hot, a partir de agora vai ter treta, babado e confusão, se preparem! 💃🏻
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Marginal
Teen Fiction[+16] Julia nasceu em berço de ouro. Literalmente. Filha de um cardiologista e uma nutricionista, nunca precisou chorar por não ter algo. Seu pai, ao contrário, passou anos lutando para ter a fortuna que conseguiu construir. Marcelo nasceu na favela...