Na beira da lareira
Gilbert:
Anne cantarolava animada durante a viagem de carro e sorria olhando para mim, fazendo-me desviar a atenção do trânsito para olhar para ela.
A garota mais linda que já pisou na Terra. Aquela para qual toda a minha admiração é direcionada, para ela e somente ela.
O tráfego não estava pesado na estrada, os caminhos estavam quase praticamente livres, se não contarmos o restinho de neve que bloqueava alguns caminhos.
Nossa jornada até a praia não durou muito, e chegamos na cidade na hora exata em que eu havia calculado que chegaríamos. Como nada tinha sido pensando antes de simplesmente entrarmos no carro e partir sem mais nem menos, não tínhamos um lugar para ficar.
Todavia, disse para Anne que conhecia um lugar ótimo e isso era verdade. Apenas nos restava torcer para que lá ainda tivesse alguma vaga sobrando.
Peço para que a ruiva digite no gps o endereço que lhe digo e ela o faz, assim ficando mais fácil de nos guiar até o local.
Não ficava perto da orla da praia, pelo contrário, se localiza na parte mais alta da cidade. Tendo assim uma vista divina e resplandecente.
Anne se apaixonou pelo lugar assim que estacionei o carro, ela saiu correndo e parou na entrada, rodando o olhar e observando os detalhes.
─ Gil, eu amei demais! ─ exclama admirada.
─ Isso porque você ainda não viu o interior, vem comigo. ─ seguro sua mão e firmo meu toque no seu.
O hotel era puxado para uma cabana, feito primordialmente de madeira escura e em seu ambiente o aquecedor funcionava no máximo.
Inicio uma conversa com a moça da recepção e sendo simpático, do jeito que sabia muito bem ser, consigo para nós o quarto que tinha acabado de ficar vago. Era uma suíte, com sacada para a bela vista e lareira no costado da cama.
Anne só faltou pular de alegria, e o fato de que ela havia gostado de nosso passeio assim, no início, me deixava extremamente bem. A felicidade dela é a minha felicidade.
A garota se senta no sofá de couro da recepção e eu volto para o carro, buscando sua mala e a minha também. Nosso quarto ficava no térreo, todos ficavam aqui, já que o hotel era um espaço amplo sem andares.
Anne arrastava sua maleta e vinha logo atrás de mim, fui andando na frente, procurando o número indicado de nosso quarto.
Passo o cartão pela fechadura e a porta automaticamente se abre. O ambiente era aconchegante e transmitia uma áurea de paz, a cama era espaçosa e perto dela havia uma estante de livros. Da passagem para o banheiro se entrava no cômodo, onde uma banheira ocupava sua maior parte. E de frente para a cama estava a prometida lareira, essa que Anne já se aprontava em acender, mas sem muito sucesso.
Largo as bagagens em um canto ele abaixo para ajudá-la, usando algumas das madeiras que ficavam ali a disposição.
Anne se joga cama e deita de bruços, espalhando os braços e as pernas pelo lençol branco e afundando a cabeça no amontoado de travesseiros. Eu a acompanho e chegando mais perto de sua face lhe beijo com carinho, deslizando a ponta dos dedos por sua macia bochecha.
Ela ri, soltando o ar pelo nariz e me aproveitando disso coloco as mãos em sua barriga e começo a fazer cócegas, o que resulta em um onda de altas gargalhadas. Um dos melhores sons do mundo, de verdade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐇𝐀𝐓𝐄 & 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 ─ SHIRBERT
Fanfiction⛸️ | 𝐇𝐀𝐓𝐄 & 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 Anne Shirley é uma patinadora que faz de tudo para vencer e para continuar no topo, sendo sempre extremamente competitiva. Mas quando Gilbert Blythe, um novo rival à altura chega na cidade, seus objetivos viram de cabe...