Capítulo 31

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Véspera ansiosa

Anne:

O grande dia se aproximava, estava com meus nervos a flor da pele e me sentia mais nervosa do que nunca.

Mal tive tempo livre nos dias que passaram durante essas três semanas, foi tudo muito alvoroçado e agitado. E com isso, o tempo que meu relacionamento demandava ficou reduzido consequentemente.

Minha sorte era que Gilbert é meu parceiro no esporte e me acompanha em tudo. Todas as horas presos no ginásio, com os pés ardendo e os músculos exaustos de tanto se exercitar, ofegantes e necessitando de um descanso.

Além disso tínhamos as outras coisas que envolviam esse processo. Hoje mesmo, por exemplo, ele havia passado a noite em minha casa para repor a saudade e agora acordavamos praticamente atrasados para a última ida na costureira.

Nosso vôo para a Itália saía amanhã de tarde e nesse momento nsosa corrida era contra o tempo, para ajeitar todos os pequenos detalhes restantes.

─ Gil, você viu meu celular? ─ grito para ele que entrava no banheiro.

─ Está debaixo da cama, amor, você deixou cair ontem. ─ explica, me dando uma luz.

─ Obrigada. ─ agradeço e abaixo à procura do aparelho, passo a mão pelo chão e o encontro com facilidade.

A bateria havia acabado, isso era óbvio. Então pego o carregador e conecto por alguns minutinhos na tomada. Agora que éramos considerados "famosos" não queria deixar nada passar. Com o decorrer dos dias o número de fotos nossas saindo em sites de fofoca tinha crescido, eu apenas ria e mostrava para Gilbert. Era inevitável, teríamos que nos acostumar com aquilo sendo recorrente.  

Logo depois de Gil deixar o banheiro livre corro para lá e tomo um banho veloz, enquanto isso ele se arrumava e ao mesmo tempo aprontava nosso desjejum. Era como se fôssemos casados e tivéssemos uma rotina própria, e sinceramente, essa ideia não me parecia nem um pouco ruim.

Primeiro visto uma roupa confortável para o dia e depois me sento à mesa para comer o que Gil havia feito. Dessa vez eram torradas com manteiga e o café de sempre para acompanhar, não precisava de mais nada.

Quando finalmente nos aprontamos ele pega a chave de seu carro, pronto para sair, mas eu o impeço ficando na ponta dos pés e tomando a chave de sua mão, lhe dando um singelo beijinho.

─ Hoje eu dirijo, não quero que minha carteira de motorista fique sem uso pra sempre. ─ sorrio com o canto dos lábios e ele semicerra os olhos.

─ E precisa ser com o meu carro? ─ indaga, atuando uma feição de indignado.

─ Exatamente. Prometo que ele voltará sem nenhum arranhão, agora vamos, senhor pé no saco.

─ Odiei esse apelido. ─ reclama, seguindo-me pelo corredor.

─ Eu sei e por isso vou usar mais ele de agora em diante, aguente. ─ rio maléfica e ele bufa, franzindo os lábios.

Destranco o carro e sento no banco do motorista, claramente me sentindo poderosa. Blythe senta ao meu lado e ri quando começamos o caminho, ele era mesmo um chato.

𝐇𝐀𝐓𝐄 & 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 ─ SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora