Capítulo 32

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Itália, chegamos

Gilbert:

O avião era suposto de partir dentro de alguns segundos. Anne e eu já estávamos dentro a aeronave, sentados nos lugares distribuídos para nós, na parte do meio do avião. Stacy estava sentada a alguns bancos de distância e se concentrava em um livro.

A ruiva batia com sua perna, sem parar. Colocava a unha na boca e me olhava totalmente apreensiva. Com um ato na tentativa de lhe transparecer calmaria, pego em sua mão e entrelaço nossos dedos com apego.

─ Vai dar tudo certo. ─ sussurro, movendo seu cabelo para trás da orelha.

─ Obrigada. ─ profere com um sorriso meigo.

─ Pelo quê? ─ alargo os lábios e solto um riso nasal.

─ Por ser assim como você é. Apenas por isso. ─ e falando essas palavras se deita em meu ombro, contraindo os olhos e respirando fundo.

O avião decola com uma leve turbulência e me aperto no banco, Anne faz o mesmo. Quando já pairavámos sobre o ar pude notar que ela estava mais calma, agora escutando música com a cabeça atirada para trás.

Viro o rosto para a janela e admiro a vista das nuvens. Nosso mundo é surrealmente lindo, com todas as suas belezas.

Procurando mais contato com Anne a puxo para mais perto de mim, queria seu calor e sua pele enconstando na minha. Começamos a assitir um filme do catálogo mas não foi de muita serventia, pois passamos a maior parte do tempo conversando distraídos.

A aeromoça traz a primeira refeição e nos explica as opções, essas que escolhemos e logo estávamos servidos e satisfeitos. O resto do vôo passou rápido e de forma calma.

Assim que adentramos o terminal, pegamos nossas bagagens e rumamos para a saída. Um táxi foi mandado para nós, como já suspeitavamos que aconteceria. O motorista nos guiou até o hotel temporário, nessa cidade apenas celebrariamos a cerimônia de abertura e amanhã, bem cedo, seguiriamos para uma cidade vizinha.

Lá, era onde seriam sediados os jogos que envolvem pista de gelo, no caso, o nosso, patinação artística. A pista era a parte principal no esporte e sem dúvidas, a desse ginásio seria enorme, maior do que qualquer uma que já treinamos antes. Afinal, estamos nas olimpíadas e não em uma simples competição do interior como havíamos ficados acostumados por tanto tempo.

Até agora, a maior competição que Anne foi, foram as nacionais do Canadá. Essa cujo eu me apresentei também, essa em que conseguimos primeiro lugar e começamos a ficar reconhecidos por nosso talento. Já faz anos, mas me lembro como se fosse ontem.

Não éramos assumidos nessa época, nenhum de nós tinha contado um para o outro sobre o que sentia e por isso certas confusões aconteceram. Mas cada complicação valeu a pena, sempre vale. Se o caminho até a felicidade fosse fácil demais, no final não teria graça.

Descarrego as malas de Stacy e Anne primeiro, depois pego as minhas e as ajudo a entrar no hall de entrada. O hotel era luxuoso, isso era visto. A boca de Anne se abre e ela arregala os olhos, e olha que esse não era nem o lugar de nossas estadia fixa das próximas semanas.

─ Uau. ─ diz Stacy, se agrupando perto de nós. ─ Dá pra acreditar que estamos mesmo vivendo isso?

─ Não, eu ainda não consigo crer que é real. Caraca, estamos mesmo nas olimpíadas. ─ a ruiva declara, colocando a mão sobre o peito e soltando um riso abafado.

𝐇𝐀𝐓𝐄 & 𝐃𝐄𝐒𝐈𝐑𝐄 ─ SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora