Capítulo 57

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Boa leitura!

Russel

Eu disse tudo o que eu tinha para dizer, mas ela simplesmente não aceitou. Pela primeira vez eu disse o que estava me incomodando, eu me senti bem em colocar tudo para fora, mas esse sentimento foi embora quando eu olhei em seus olhos e percebi que a resposta que eu teria não seria boa.

Hoje é a sua consulta e eu não sei se vou comparecer, talvez ela não me queira por perto e eu preciso respeitar isso, não é?

Dês daquela conversa não a vi mais andando pela casa, acho que ela continua me evitando, pelo menos essa é a sensação que eu tenho.

Suspiro terminando de tomar o último gole de whisky, está de madrugada e eu estou me preparando para tomar um banho e tirar o cansaço do meu corpo, a dias eu não durmo direito e isso também está me afetando.

Tiro a camisa social e sapatos, me viro na intenção de ir em direção ao banheiro até que escuto um choro agoniado vindo do quarto ao lado, franzo o cenho e vou conferir como Ruslan está. Adentro o quarto ao lado e ele se encontra sozinho, confiro a babá eletrônica, mas a mesma parece estar quebrada.

- Calma garotão, o que houve? – pergunto me aproximando.

Toco sua bochecha delicadamente e sinto seu rosto mais quente que o normal.

- Merda! – resmungo o pegando no colo meio desajeito- Desculpe por isso garoto- sussurro em seu ouvido.

Passo minhas mãos pelo seu pescoço e testa conferindo sua temperatura.

O garoto está fervendo!

O desespero começa a tomar conta, pego sua manta, algumas roupas limpas, fraudas e mais algumas coisa, caminho até meu quarto novamente e o deito na minha cama tirando seu macacão azul e sua frauda com toda delicadeza do mundo.

Céus, parece que ele vai desmontar- penso.

Ele volta a chorar manhoso e eu sigo até o banheiro pegando o termômetro em uma das gavetas.

- Tudo bem Russel, você consegue, é só um bebê- repito para mim mesmo.

Meço sua temperatura e lá está a febre alta.

O que eu faço agora? – me pergunto.

Olho para o banheiro e volta a olhar para o pequeno em seguida.

Tiro minha calça ficando apenas de cueca e me aproximo pegando seu corpo minúsculo nos braços outra vez, caminho até o lavado e ligo o chuveiro na água morna, coloco seu corpo aos poucos embaixo da água para ele ir se acostumando, ignoro a dor latente dos pontos no meu abdômen e ombro, e continuo massageando suas costas junto a água até ele se acalmar.

- Isso garoto...- sussurro enquanto passo as mãos molhadas em seu cabelo ralo.

Depois de alguns minutos sua respiração parece mais calma, ele prende sua mãozinha em seu peito e suspira.

- Russel? – escuto a voz de Luka no quarto.

- Banheiro! – digo e ele logo aparece na porta.

- O que houve? – pergunta encarando o bebê em meu colo.

- Eu não sei, mas ele está com febre alta. Chame o médico e mande ele vir o mais rápido possível- digo desligando o chuveiro aos poucos.

- Tudo bem, vou chamar a Marta para ajudar.

- Não precisa, deixa ela descansar- digo pegando o toalha- Ela fica com ele o dia todo, precisa de umas horas de descanso.

- Ok, já volto- diz se afastando.

Russel Rurik - Chefes da máfia Onde histórias criam vida. Descubra agora