Boa leitura!
Russel
Eu disse tudo o que eu tinha para dizer, mas ela simplesmente não aceitou. Pela primeira vez eu disse o que estava me incomodando, eu me senti bem em colocar tudo para fora, mas esse sentimento foi embora quando eu olhei em seus olhos e percebi que a resposta que eu teria não seria boa.
Hoje é a sua consulta e eu não sei se vou comparecer, talvez ela não me queira por perto e eu preciso respeitar isso, não é?
Dês daquela conversa não a vi mais andando pela casa, acho que ela continua me evitando, pelo menos essa é a sensação que eu tenho.
Suspiro terminando de tomar o último gole de whisky, está de madrugada e eu estou me preparando para tomar um banho e tirar o cansaço do meu corpo, a dias eu não durmo direito e isso também está me afetando.
Tiro a camisa social e sapatos, me viro na intenção de ir em direção ao banheiro até que escuto um choro agoniado vindo do quarto ao lado, franzo o cenho e vou conferir como Ruslan está. Adentro o quarto ao lado e ele se encontra sozinho, confiro a babá eletrônica, mas a mesma parece estar quebrada.
- Calma garotão, o que houve? – pergunto me aproximando.
Toco sua bochecha delicadamente e sinto seu rosto mais quente que o normal.
- Merda! – resmungo o pegando no colo meio desajeito- Desculpe por isso garoto- sussurro em seu ouvido.
Passo minhas mãos pelo seu pescoço e testa conferindo sua temperatura.
O garoto está fervendo!
O desespero começa a tomar conta, pego sua manta, algumas roupas limpas, fraudas e mais algumas coisa, caminho até meu quarto novamente e o deito na minha cama tirando seu macacão azul e sua frauda com toda delicadeza do mundo.
Céus, parece que ele vai desmontar- penso.
Ele volta a chorar manhoso e eu sigo até o banheiro pegando o termômetro em uma das gavetas.
- Tudo bem Russel, você consegue, é só um bebê- repito para mim mesmo.
Meço sua temperatura e lá está a febre alta.
O que eu faço agora? – me pergunto.
Olho para o banheiro e volta a olhar para o pequeno em seguida.
Tiro minha calça ficando apenas de cueca e me aproximo pegando seu corpo minúsculo nos braços outra vez, caminho até o lavado e ligo o chuveiro na água morna, coloco seu corpo aos poucos embaixo da água para ele ir se acostumando, ignoro a dor latente dos pontos no meu abdômen e ombro, e continuo massageando suas costas junto a água até ele se acalmar.
- Isso garoto...- sussurro enquanto passo as mãos molhadas em seu cabelo ralo.
Depois de alguns minutos sua respiração parece mais calma, ele prende sua mãozinha em seu peito e suspira.
- Russel? – escuto a voz de Luka no quarto.
- Banheiro! – digo e ele logo aparece na porta.
- O que houve? – pergunta encarando o bebê em meu colo.
- Eu não sei, mas ele está com febre alta. Chame o médico e mande ele vir o mais rápido possível- digo desligando o chuveiro aos poucos.
- Tudo bem, vou chamar a Marta para ajudar.
- Não precisa, deixa ela descansar- digo pegando o toalha- Ela fica com ele o dia todo, precisa de umas horas de descanso.
- Ok, já volto- diz se afastando.
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Russel Rurik - Chefes da máfia
RomanceRussel Rurik, um dos chefes da máfia russa, foi criado para governar um império sem remorso ou compaixão. Temido e respeitado por todos ao seu redor, ele sempre mantém o controle de tudo. No entanto, quando uma jornalista curiosa demais entra em seu...