Lar

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Kakashi pov

Me sinto em paz depois dos acontecimentos das últimas semanas, contei sobre minha cicatriz para a Sakura, não do jeito que eu gostaria, mas foi importante ela saber. Sakura, eu e Obito nos assumimos como um trisal, nada que todo mundo já não soubesse, mesmo assim, é importante para nós. Sasuke se assumiu bissexual, o que foi um choque, porém todos nós conseguimos entender um pouco das motivações para o comportamento dele, não era justificável de forma alguma, mas se a Sakura o perdoou quem não iria?

Agradeço pela vibe da República ter voltado a ser o que era, a energia positiva e nossos laços estão mais fortes do que nunca. As festas da república sempre são surpreendentes e posso dizer que de todas as formas possíveis. Eu vi na hora que o moreno de cabelo grande chegou e o jeito que a Sakura reagiu, eu sei o quanto conversamos sobre liberdade, amor livre e como nosso relacionamento funciona e estou bem com isso, juro que estou, mas o ciúme as vezes me domina. Chamei o Obito, ele colocou a música para tocar no automático e fomos até o bar para chamar a Sakura para dançar, ela veio até o meio do jardim com a gente e estávamos nos divertindo dançando até o Obito não se segurar e perguntar.

— Quem era o moreno conversando com vocês?

— Eu...não gostei muito do jeito que ele estava olhando 'pra você. — Mas eu também não me aguentei.

— Ele é primo da Hina. — Cerrei os olhos a encarando. — Eu já transei com ele se é isso que estão se perguntando. — Ela colocou a mão na cintura e arqueou a sobrancelha. — Vocês não estão com ciúmes, estão? — A gente balançou a cabeça negativamente que nem dois idiotas. — Eu conheço vocês. — Ela bufou claramente irritada. — Vou buscar uma cerveja. — Ela se distancia da gente indo até o bar. Dou um tapa na cabeça do Obito.

— Porra! Tinha 'pra que você perguntar agora?

— Você também não precisava ter falado nada! — Ele me repreende e bom, ele tem razão. Estalei a língua. — Não me venha com essa, está com tanto ciúmes quanto eu. — Ele cruzou os braços.

— Não vou admitir, mas também não vou negar. — Torci os lábios. — Você viu como ela ficou? Nunca vi ela desse jeito com ninguém.

— Sim, eu vi e confesso que me incomodou. — Obito também percebeu, não estou louco. — Mas, depois conversamos com ela sobre isso, lembre-se do que concordamos.

— Conversar sobre tudo que incomodar, eu sei. — Dei um gole em minha cerveja.

— Vou voltar para o som. — Segurei ele pelo braço. — O que... — O virei para frente. — Puta merda... — Sakura e Ino estão aos beijos no bar, não demora muito para loira puxá-la casa a dentro. — Nossa... e você já teve as duas na sua cama. — Ele me olhou sacana.

— Bom, não foi na minha cama... — Sorri sem graça.

— Você entendeu. — Ele estreitou os olhos. — 'Tô indo... — Ele se distancia fazendo um sinal de paz acima da cabeça. Vejo Itachi vindo em minha direção.

— Parece que fomos abandonados pelas nossas namoradas. — Ele ri debochado.

— Ah, elas também são namoradas. — Dei de ombros.

— Não estou reclamando...

"Ele está com uma cara esquisita."

— O que houve? — Ele ficou hesitante me olhando. — Desembucha, Itachi.

— Acho que acabei de marcar um... ménage. — Quase engasgo com a cerveja e olho para ele com os olhos arregalados. Segunda vez que isso acontece com a mesma palavra, só mudou o liquido em minha boca.

República da Folha - ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora