República da Folha - Reescrevendo

Extra 1 - Sakura e seus dois maridos

Sakura pov

Eu até podia não ligar para isso, mas aqui foi o primeiro lugar que moramos juntos, a primeira cama que dividimos, o primeiro banheiro a ter três pias, perfeito para nós. Contudo, os garotos já iam fazer quatro anos, nós precisávamos de espaço, uma casa maior e conseguimos, algumas reformas foram feitas, como juntar dois dos quatro quartos do andar superior, afinal, somos três. Aumentar o banheiro e colocar as nossas três cubas, dois chuveiros e claro que iria levar minha banheira vitoriana. Os meninos dividiríam o quarto até atingirem uns dez anos, era aconselhado por psicólogos e seguiríamos isso.

Me despedir desse lugar não está sendo fácil, mas isso também vai ajudar no trabalho do Kakashi e do Obito. Eles têm recebido muitos clientes e o estúdio do térreo está se tornando pequeno, então vamos reformar a parte de cima para transformar em um estúdio de fotografia, com camarim e banheiro. Coloquei Takashi e Hideki nas cadeirinhas, no banco de trás do carro e eu fui para frente, sentando ao lado de Kakashi que estava dirigindo.

— Está tudo bem? — O prateado perguntou e eu suspirei. — O galpão ainda é nosso, amor.

— Eu sei, vai ficar tudo bem. — Acariciei o braço dele. — Não se preocupe. — Dei um pequeno sorriso e selei nossos lábios antes dele dar a partida.

Fomos em direção a nossa nova casa, onde Obito já estava arrumando as caixas que foram mais cedo com o caminhão de mudança. Chegamos na casa e nossos filhos correram pelo jardim quando avistaram o pai na porta de entrada. Abracei o Hatake de lado e ele apertou a minha cintura contra o corpo dele, beijou o topo da minha cabeça e eu sabia que tudo ficaria bem, eu estava com eles, afinal. Olhei para trás ao escutar uma buzina e vi Ino, Itachi e Yuna, eu sorri com a cena, claro que eles viriam ajudar. Abracei a Yamanaka dando um selinho nela, em seguida, abracei Itachi fazendo o mesmo. Afaguei os cabelos da criança e apontei para os meus filhos, quando ela os viu, saiu correndo.

— Mãos na massa, então? — O Uchiha falou e eu sorri.

— Vamos buscar umas cervejas antes, não vou trabalhar sem um combustível. — Kakashi riu. — Avise o Obito, amor. — Assenti e os dois entraram no carro.

— Vamos? — A Yamanaka sorriu e concordou.

Depois de muitas caixas serem desfeitas, objetos serem colocados nas estantes e prateleiras, pratos, copos e talheres nos armários e gavetas da cozinha, finalmente paramos. Fomos sentar no jardim, já que tinham três crianças exaustas dormindo no sofá. Sentamos na varanda próximo a piscina, tomávamos umas cervejas enquanto esperávamos as pizzas chegarem. Em cinco foi fácil colocar tudo no lugar, agradeci demais ao casal por vir ajudar. Agora seríamos vizinhos e Ino estava eufórica que poderia me ver mais vezes, afinal, estávamos apenas há três quadras de distância.

— A escolinha da Yuna é ótima, Haruno!

— Eu sei que sim, mas não custa eu dar uma olhada — falei e bebi um gole da cerveja antes de continuar: — Você sabe que me preocupo.

— Eu sei, mas eles não vão ter nenhum problema, eu garanto. — A loira sorriu acariciando minha mão. — Caso tenha, eu mesma vou quebrar tudo. — Rimos com a afirmação dela.

— Segunda-feira iremos lá.

Eu tinha medo do que eles poderiam enfrentar por ter dois pais, como explicariam isso? São gêmeos, mas têm dois pais e uma mãe. Já me dava dor de cabeça só em imaginar como as outras crianças os tratariam. Eu até podia estar sendo paranóica, entretanto, crianças podem ser cruéis. Após uma deliciosa pizza, conversamos mais um pouco e não demorou muito para Yuna fazer birra. Sono, estávamos todos cansados, precisávamos dormir, principalmente eu. Teria um plantão no dia seguinte começando às três da tarde. Depois de colocar os meninos para dormir, fui direto para o quarto e me joguei na cama.