Responsabilidade emocional

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Sakura pov

Com certeza aquele fim de semana vai ficar na memória, por uma noite vi Itachi se soltar, confesso que foi surpreendente. Todos eles agora sabiam quem éramos, sabiam dos nossos fetiches e não ser julgada por isso é libertador, definitivamente são nossos amigos e são confiáveis. A intimidade entre nós na república só crescia, estávamos perto de sermos uma família, isso me aquecia o coração, todo o amor e cuidado que tínhamos um com os outros era notável. Acho que eu não sabia o que era ter uma família, minha família sempre foi a Ino, era ela que estava comigo em todos os momentos da minha vida, meus pais nunca foram os melhores pais do mundo, tentavam preencher a falta das suas presenças com presentes caros e dinheiro ao longo dos anos. Não era isso que eu queria, afinal, amor não se compra.

Eu já tinha saído com Obito umas três vezes essa semana, não tínhamos transado ainda e eu comecei a me cobrar, não posso dar falsas esperanças, eu tinha que deixar bem claro para ele o que eu queria e que definitivamente não era um relacionamento. Faltavam dois dias para festa na república e o Obito vai, então eu preciso falar com ele antes disso, saí do meu projeto de pesquisa da professora Kurenai e resolvi mandar uma mensagem para ver se ele ainda estava no campus, precisava conversar com ele e colocar as cartas na mesa.

Você ainda está no campus?

Obito: Oi linda, não, estou no meu estúdio.

Preciso falar com você.

Obito: Quer que eu te encontre?

Posso ir até aí, me passa o endereço. :)

Obito: Em frente ao Uearatanomori park do lado

esquerdo, é um galpão, número 16.

Chego em 20 minutos :*

Eu posso ser indecente, pervertida e qualquer outra coisa que as pessoas queiram me rotular, mas eu não engano ninguém sobre minhas reais intenções. Entrei no meu carro e segui o caminho até o local indicado por Obito, cheguei em frente ao galpão e avisei que cheguei. Logo ele abriu a porta sorrindo, não me canso de notar o quanto ele é realmente bonito, saí do carro e atravessei a rua.

— Oi linda. — Ele me deu um selinho. — Você estava na faculdade até agora?

— Sim, estava no grupo de pesquisa. — Sorri para ele.

Entrei no galpão e vi algumas fotos coladas nas paredes de tijolos aparentes, duas mesas com computadores, um sofá e uma mesa de centro de madeira com alguns livros em cima. Poltronas espalhadas pelo lugar, uma em especial me chamou atenção, o veludo azul marinho com uma moldura em um tom de amarelo ouro e tudo que penso é que com certeza gostaria de tirar fotos nela. Fui caminhando ao longo do ambiente e vi ao fundo uma parede totalmente branca, algumas luzes e refletores, ao lado direito tinha uma estante com alguns objetos de decoração e algumas câmeras. O lado esquerdo continha um grande tapete estampado com algumas almofadas em tons de cinza e preto.

"Gostei do lugar."

— Nossa, aqui é realmente... lindo.

— Gostou? — Ele sorri.

— É... inspirador e diferente, eu gostei. — Me sentei na poltrona azul e o fitei olhando para mim. — Precisamos conversar.

— Não gostei muito do seu tom. — Ele desviou o olhar e mordeu o lábio. "Nervoso. Droga, não era essa minha intenção." Ele senta no sofá.

— Desculpe, não queria te deixar nervoso. — Me inclinei na cadeira e toquei sua mão. — Ei. — Obito me encarou. — Só quero deixar claro o que estamos fazendo... — Tentei pensar na melhor forma de falar isso para ele, Obito não parece ser do tipo que consegue manter uma relação de apenas sexo. — Eu não quero um relacionamento, Obito. Então não quero enganar você ou dar falsas esperanças.

— Tudo bem, eu entendo. — Ele acariciava sua própria perna. — Eu não tinha essa esperança, Sakura. — Com certeza isso me pegou de surpresa. — Eu sei que você é livre demais 'pra se manter presa a algo, não que estar em um relacionamento seja estar preso, mas você não é do tipo que quer se envolver profundamente com alguém. — Parece que não fui só eu que analisei a situação.

— Você descobriu tudo isso em duas semanas? — Eu soltei um riso e ele riu comigo. Me levantei e sentei em seu colo. — Então podemos dar o próximo passo? — E nossa, jamais esperei pela malicia que brotou em seus lábios.

Senti suas mãos estacionarem na minha cintura e subir delicadamente até minhas costas, um toque simples, suave, mas magnético. Seus lábios molhados encontraram meu pescoço e minha mão, seus cabelos. Tombei minha cabeça para trás sentindo suas mãos descerem para as minhas coxas e subindo novamente, dessa vez por dentro do meu vestido, ele o sobiu até a peça de roupa deixar meu corpo. Beijos foram deixados por todo meu colo e seios. "Sim eu sou safada e tirei o sutiã assim que entrei em meu carro, caso o desfecho da conversa fosse esse em que estamos agora, ótimo se não, paciência." pensei comigo mesma.

Apertei seus ombros ao sentir a sugada em meu mamilo que já estava enrijecido, as mãos dele, tão quentes, passeavam pelo meu corpo me deixando totalmente envolvida. Ele me levantou e me deitou no sofá, desceu beijos pela minha barriga até o meio das minhas pernas, tirando minha calcinha e começou a me chupar como nenhum outro homem fez, meus gritos deixavam a minha garganta como súplicas por mais.

— Você é uma delícia, Sakura. — Os dedos marcavam minha pele e meu gemido de prazer máximo soou pelo ambiente.

Obito me pegou no colo, envolvi sua cintura com minhas pernas e meus braços circularam seu pescoço, enquanto nossas línguas enrolavam, ele me deitou no tapete e começou a tirar a blusa. Meus olhos miraram a tatuagem de uma fênix alçando voo que vai do seu peito esquerdo até o ombro me deixando surpresa. Ele tirou o resto da roupa, colocando o preservativo e eu puxei ele pelos ombros dando a entender o que eu queria, senti o seu pau me preencher e nossos gemidos se misturaram, o jeito que ele me penetrava era diferente, cheguei a perceber sensações novas em meu interior, ele beijava meus seios, meu pescoço e o ápice dele chegou um pouco depois do meu segundo orgasmo, que foi no mínimo extasiante. Ele deitou ao meu lado no tapete me abraçando e me acariciou com sua mão, definitivamente ele é romântico. — Você só tem essa tatuagem? —Ele deslizou os dedos pela minha costela.

— Sim. — Sorri me virando para ele. — Qualquer dia talvez eu conte a história dela 'pra você. — Ele sorri e nos cobriu com uma manta. Com certeza, essa é uma das poucas vezes em que fico abraçada com um cara que acabei de transar. 

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